Voluntariado no Brasil: história e evolução

Por: Silvia Naccache, Roberto Ravagnani
02 Setembro 2022 - 00h00

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O voluntariado faz parte da história do Brasil. Evoluiu, inovou e ocupa todos os espaços de nossa sociedade. Uma pesquisa pioneira foi realizada em 2001, no Ano Internacional do Voluntário, e, dez anos depois, na comemoração da Década do Voluntariado. Repetindo-se agora em 2021, os dados confirmam a valorização da atividade voluntária, com um salto para um quadro em que mais da metade da população brasileira já praticou o serviço voluntário. Qual o perfil do voluntário no Brasil? Em quais atividades ele atua? Como a pandemia realmente influenciou na atuação dessas pessoas? Quais as causas que mais recebem atenção do trabalho voluntário? São essas as questões a que a pesquisa Voluntariado no Brasil 2021 procurou responder. Em sua terceira edição, os achados apontam resultados positivos: 56% da população adulta diz fazer ou já ter feito alguma atividade voluntária na vida. Em 2001, esse número representava 25% da população e, em 2011, apenas 18%.

Comemoramos neste 7 de setembro o bicentenário de nossa Independência. Uma celebração especial que inspira o reconhecimento das muitas maneiras pelas quais o país se uniu, ao longo de várias gerações, para lutar por liberdade e oportunidade — enriquecido por visitantes e imigrantes, objetivando a consolidação dos valores fundamentais da democracia e da garantia de direitos para todos e para o alcance de uma sociedade saudável, sustentável, segura, próspera e inclusiva. A celebração do bicentenário e do voluntariado brasileiro é um grande lembrete de que a história pode ser usada como inspiração para o futuro.

Uma terrível pandemia global exigiu esforços para ajudar e apoiar cidadãos. Apesar das desigualdades históricas em nosso país, vivemos tempos de reconstrução, e a participação cívica e solidária dos voluntários está registrada na pesquisa Voluntariado no Brasil 2021: somos 57 milhões de voluntários. Motivados pela solidariedade, brasileiros com mais de 16 anos atuaram em 2021 como voluntários e doaram 12 bilhões de horas. São eles que legitimam o voluntariado e a construção de um Brasil melhor, no presente e para as próximas gerações.

Em 28 de agosto, acontecem as festividades do Dia Nacional do Voluntariado, instituído pela Lei nº 7.352, de 1985. É uma data especialmente dedicada a reconhecer e destacar o trabalho de pessoas que, “motivadas por valores de participação e solidariedade, doam seu tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea e não remunerada para causas de interesse social e comunitário”.

A proximidade dessas tão significativas comemorações reforça a importância do voluntariado e do engajamento e mobilização de toda a sociedade para mitigar os desafios e diminuir as desigualdades sociais, para que o Brasil se torne um país com forte desenvolvimento econômico e justiça social para cada cidadão.

Trata-se de números importantes, que trazem felicidade e esperança para o voluntariado brasileiro, mas este é um processo longo de revitalização, de reconhecimento, de ativação e fortificação do trabalho voluntario brasileiro. As organizações da sociedade civil (OSC), com toda a razão que a história nos mostra, ainda têm receios com o trabalho voluntário, precisam se preparar melhor para recebê-lo e fazer a gestão de suas atividades.

O voluntário brasileiro, por não ter essa atividade como cultura, ainda precisa aprender a ser, além de solidário, responsável, pois a responsabilidade é uma das habilidades necessárias e primordiais para o exercício do trabalho voluntário em uma OSC.

De forma geral, empresas, OSC, universidades, escolas e governos têm que se unir em prol de um voluntariado mais preparado, mais reconhecido e mais incentivado. Isso porque, apesar de números crescentes e animadores, temos oscilações muito fortes — como em 2001, Ano Internacional do Voluntariado (ONU), quando toda a mídia, governos e escolas falavam sobre o tema, e agora, em 2020 e 2021, motivados pela pandemia.

Mas a linearidade é o ideal, quando o tempo todo se incentiva essa atividade em todas as faixas etárias e em todos os seus mais diversos modelos e práticas, pois um país com imenso número de voluntários tende a ser mais fraterno, menos violento, mais alegre. Atenção: eu disse tende, não há uma garantia, mas acreditamos que sim.

Grandes organizações percebem o valor do voluntariado; empresas sentem a mudança em seus colaboradores com o exercício dessa prática; universidades e escolas veem seus aluno motivados a transformar o mundo com essa atuação; e os poucos governos que a utilizam veem a sociedade se aproximar de uma forma amigável do poder público e colaborar efetivamente no desenvolvimento das cidades, afinal é aí que a sociedade vive e se desenvolve.

Temos, portanto, muito a ganhar e a aprender com o trabalho voluntário, desde que o utilizemos como ferramenta de desenvolvimento em todos os campos de nossa vida.

Que sejam tempos de celebrar e festejar o voluntariado no Brasil, mas também de mobilizar e engajar mais pessoas para práticas voluntárias comprometidas, responsáveis e contínuas.

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