O poder de transformação do voluntariado corporativo na comunidade

Por: Martinha Endo
02 Setembro 2021 - 00h00

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Em um primeiro momento, o voluntariado pode até ser algo que nasce do engajamento de pessoas físicas e que se desdobra em iniciativas realizadas individualmente ou em grupos. Mas um movimento que vem crescendo muito nos últimos anos é a realização de ações sociais voluntárias por parte de empresas e organizações, que passaram a usar de seus conhecimentos e recursos corporativos para desenvolver projetos voltados à comunidade.

A prática do voluntariado surgiu no Brasil no século XVI, muito ligada ao trabalho filantrópico realizado pela igreja, quando surgiram as primeiras Santas Casas de Misericórdia do país. Mas foi só nas últimas décadas que esse tipo de trabalho cresceu e começou a conquistar seu espaço dentro do mundo corporativo.

O desejo de contribuir com o desenvolvimento social e a busca pela geração de valor nas localidades em que estão inseridas abriram espaço para as ações voluntárias orquestradas por empresas. Além disso, o voluntariado corporativo foi alavancado pela disseminação de conceitos de responsabilidade social, da sustentabilidade e, mais recentemente, pelo ESG (Environmental, Social and Governance) nas organizações.

Nesse contexto, e com olhar voltado para o desenvolvimento de pessoas e a transformação de vidas, em 2002, o Instituto Algar começou sua jornada no Investimento Social Privado (ISP). E, já em 2003, o Programa de Voluntariado do grupo Algar deu seus primeiros passos.

Depois de vários estudos e reflexões sobre quais iniciativas voluntárias seriam adotadas, chegou-se à conclusão de que a educação seria seu norteador. O processo de construção foi muito rico e repleto de ideias, que envolveram rodas de leitura, trocas de cartas, matemática, uso de mídias e muitos outros temas que vieram ao longo dos anos. Mas, muito além de um tema e de uma metodologia, era necessário o envolvimento dos associados Algar nas iniciativas voluntárias.

Essa clareza de que nada seria concretizado se não tivéssemos os voluntários para colocar as ações em prática sempre existiu. Por isso, foi necessário todo um processo de conscientização, comunicação e criação de uma cultura de voluntariado.

Por muito tempo, o trabalho voluntário no grupo Algar foi representado por formiguinha, não só porque a mudança do mundo é feita por partes e por muitos, mas também porque para o Instituto Algar foi um processo árduo e contínuo de construção e demonstração de valor das ações voluntárias.

Hoje, 18 anos depois, são mais de 2.600 voluntários, 68 líderes e colíderes sociais, 34 comitês de voluntariado em 24 cidades do país e em outros 3 países. Um trabalho que cresceu e se fortaleceu porque trouxe resultados reais, tendo muito zelo e preocupação em garantir uma gestão organizada e que facilitasse a criação de novas oportunidades para quem está lá fora sem causar prejuízos para o negócio, muito pelo contrário, sempre mostrando que com uma equipe forte de voluntários, teríamos também uma equipe de associados imbatível. A cada dia, o programa de voluntariado se mostra mais alinhado ao propósito do grupo Algar, que é de ser “gente servindo gente”.

A maturidade e a estruturação também foram fundamentais para enfrentar toda a mudança de cenário que a pandemia da Covid-19 trouxe. Mesmo com tantas incertezas e dificuldades, o programa de voluntariado conseguiu se adaptar e, ainda assim, causar impactos positivos na comunidade. Em 2020, ficou ainda mais claro que os líderes e colíderes sociais, responsáveis pelo programa em cada localidade, são os motores que impulsionam e ajudam a manter viva a cultura do voluntariado. Em harmonia e de forma colaborativa, voluntários se uniram a outras organizações, movimentos sociais e pessoas para que o bem pudesse continuar se espalhando. Um momento marcado por inovação e muita força de vontade, que fez com novas iniciativas nascessem: as ações educacionais foram reinventadas; o encontro de voluntários foi totalmente on-line; e as mobilizações não pararam.

E todo esse sentimento de pertencimento e acolhimento que os voluntários têm ficou ainda mais nítido em um momento de mundo tão perturbador quanto o que tem sido vivido desde que a pandemia começou. Esta situação, tão atípica, também foi uma oportunidade para que os comitês pudessem olhar para dentro de si mesmos, buscando todas as suas potencialidades.

Outro ponto importante quando o assunto é voluntariado corporativo é saber que as ações podem cumprir um papel que vai muito além de uma comunidade em específico. Por meio do voluntariado, a empresa e os voluntários também contribuem, por exemplo, para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). É ser parte de um processo e de um trabalho coletivo que rema rumo ao mesmo lugar e garante mais efetividade ao trabalho social.

Falar de voluntariado corporativo é falar de algo em que todos os envolvidos (comunidade, empresa e voluntários) são beneficiados. A comunidade, que é muitas vezes representada pelas organizações sociais, está sedenta e necessita de apoio. Todo investimento e contribuição têm grande valor, especialmente aqueles que acontecem de forma qualificada e organizada. Os voluntários têm a oportunidade de desenvolver novas habilidades e competências diante de situações que, diversas vezes, não fazem parte de seu cotidiano. As empresas se beneficiam com o aumento da satisfação de seus colaboradores, com a melhoria do clima organizacional e, com certeza, com a construção da marca empregadora, além de ser uma ótima alternativa para potencializar a empatia e diversidade da equipe.

Por fim, vale ressaltar que, para o Instituto Algar, os programas de voluntariado corporativos são grandes catalisadores das potencialidades que cada associado, colaborador e funcionário tem. Por meio deles é possível descobrir talentos, melhorar resultados e, acima de tudo, criar oportunidades reais de transformação na vida de quem os cerca e da comunidade.

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