O programa de voluntariado empresarial, segundo a Business for Social Responsability, é um “aliado importante para muitas empresas que querem demonstrar compromisso com as comunidades onde atuam”. O Projeto de Voluntariado deve ser construído por cada empresa de acordo com a sua realidade e cultura, pois não existe um modelo único que sirva para todas as empresas. Alguns aspectos devem ser observados, tais como: ter o envolvimento da direção da empresa; estar de acordo com a missão e valores da empresa; ser atividade espontânea e que tenha em um de seus objetivos gerar transformações na comunidade, entre outros. Muitos aspectos devem ser levados em consideraçäo e um planejamento deve ser feito antes da implantação do programa. Quem realiza a gestão do programa? È muito importante que todos saibam quem procurar para participar e saber mais sobre o programa. Muitas empresas buscam representantes de diversas áreas da empresa e formam um comitê mobilizador e gestor do programa. Algumas áreas da empresa devem ser envolvidas: comunicação, jurídico, recursos humanos e certamente a área de responsabilidade social e investimento social privado. A alta gestão deve participar também, e as estratégias para o envolvimentos de gerencias e chefias serão fundamentais. Não podemos nos esquecer: voluntariado é atividade espontânea, individual. O papel da empresa é ser um facilitador, um apoiador e orientador das ações: não é atividade ligada a políticas de encarrreiramento na empresa.
Para que as ações aconteçam de forma organizada é preciso planejar como serão as capacitações e treinamentos. Esses encontros devem acontecer dentro da empresa, e é necessário espaço, acolhida simpática e amorosa. Um Programa de Voluntariado precisa de identidade e excelência na comunicação. Por isso é fundamental planejar quais serão os instrumentos de comunicação a serem usados, tanto para construção da política e premissas do programa quanto para mobilizar voluntários e, principalmente, reconhecer e valorizar essas ações. Deve haver um orçamento, apoio financeiro da empresa para a realização das atividades voluntárias: apoio na compra de material necessário para a realização das atividades voluntárias, deslocamento, alimentação, camiseta ou boné para as equipes etc.
É muito comum que as empresas associem voluntariado com ações sociais e campanhas. Voluntariado pode ir além dessas ações se bem planejado e gerenciado. Fundamental definir onde os voluntários poderão atuar: em que área (saúde, educação, meio ambiente, defesa de direitos, geração de emprego e renda, profissionalização, assistência social, esporte, cultura, lazer), com que público (crianças, jovens, adultos, idosos, pessoa com deficiência), se as atividades irão acontecer em entidades sociais, escolas, espaços culturais, hospitais. É preciso definir também se haverá escolha e definição de projetos ou apenas mobilização e reconhecimento de boas práticas de voluntariado. Muitas empresas adotam uma pesquisa de interesse junto ao público interno. É uma prática bem interessante, desde que as expectativas dos interessados em voluntariado possam ser não só escutadas mas atendidas.
E finalmente, é importante criar uma política de reconhecimento e valorização das ações. O Voluntariado hoje substitui o assistencialismo pela promoção da cidadania, substitui o amadorismo pela profissionalização. Incentiva a ação de voluntários comprometidos e responsáveis e reconhece a capacidade transformadora dos indivíduos.
Sugestão de roteiro para a construção de manual ou cartilha do Programa de Voluntariado Empresarial