Troca de experiências

Por: Thaís Iannarelli
01 Maio 2012 - 00h00

Nos dias 15, 16 e 17 de dezembro aconteceu a terceira edição de feira ONG Brasil, no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento, realizado pela UBM Brasil com apoio do Centro de Voluntariado de São Paulo (CVSP) e conteúdo da Revista Filantropia, reuniu 500 organizações de 21 Estados brasileiros e de seis países da América Latina.

Durante os três dias, as ONGs tiveram a oportunidade de expor seus trabalhos num espaço de 15.000 m2, além de trocar experiências, vender artigos e conseguir parcerias. Além do espaço da feira, foram realizadas palestras gratuitas, minicursos voltados para gestão do Terceiro Setor, e também o congresso de voluntariado realizado pelo CVSP para celebrar a década do voluntariado, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU). Temas atuais, como os recentes escândalos envolvendo ONGs e governo, foram debatidos por especialistas, assim como assuntos ligados à responsabilidade social, permeados pela ISO 26.000.

Instituições de áreas de atuação diversas, como meio ambiente, saúde, proteção aos animais, geração de renda, profissionalização e assistência social estavam presentes no evento, que foi aberto ao público no dia 17 de dezembro. Além das apresentações culturais realizadas pelas próprias instituições, o evento também contou com a entrega do Prêmio Uma Boa História Mobiliza, realizado pela Revista Filantropia e pela Resource Alliance, com apoio da Associação Brasileira de Captadores de Recursos. Na ocasião, o prêmio 2012 foi lançado.

Outra novidade da feira foi o lançamento e a entrega da primeira edição do Prêmio Personalidade ONG, que tem como objetivo premiar pessoas que fazem história quando se trata de ação social. Quem elege os vencedores são também empreendedores sociais e pessoas que atuam no Terceiro Setor. O primeiro vencedor foi Wellington Nogueira, fundador do Doutores da Alegria. Confira a entrevista com o ganhador.

Revista Filantropia: Como foi, para você, ganhar o Prêmio Personalidade ONG?
Wellington Nogueira:
Tenho estado fora deste circuito de prêmios há algum tempo, porque acho legal o reconhecimento, mas não trabalho para ganhar prêmios, trabalho para o público. Porém, quando fui contatado em relação a este prêmio e soube que a votação tinha sido feita pelos meus colegas de trajetória, isso me tocou e me emocionou muito. Então, fiquei muito feliz, pois este reconhecimento dos colegas muito especial.

RF: A feira ONG Brasil 2011 reúne várias instituições que têm a atuação similar à Doutores. Qual é a sua opinião sobre isso?
WN:
Fico muito contente de ver quantas organizações estão aqui que nasceram inspiradas no Doutores, que receberam nosso apoio. Nós criamos um programa chamado Palhaços em Rede, exatamente para compartilhar conhecimento e experiência gratuitamente com os programas semelhantes. Em vez de vê-los como concorrência, vimos que a nossa concorrência é com a falta de um profissional bem treinado para trabalhar com a criança. Então, começamos esse programa baseado em ética e qualidade, e nossa intenção é fazer disso uma condição de profissão de futuro, que seja uma escolha de carreira para o jovem que quer ser artista. Em um país onde faltam supostamente espaços de cultura, temos de usar nossa criatividade e fazer esse movimento em direção ao público, ou seja, de tornar espaços inusitados em espaços de arte e cultura. Nós sabemos o impacto que isso tem, socialmente falando.

RF: Quais cuidados devem ser tomados ao lidar com as crianças no hospital?
WN:
No Doutores, temos a prerrogativa de conhecer e fazer muitas visitas aos hospitais para conhecermos exatamente como são os lugares, quem são os responsáveis, qual é o objetivo daqueles espaços. Esse processo leva de 3 a 6 meses, dependendo do hospital, mas vamos construindo tudo juntos para que todos possam fazer parte e saber que, a partir daquele dia, uma dupla de besteirologistas estará lá, participando, atuando. Então, quando colocamos os palhaços dentro do hospital, já trilhamos todos os caminhos, sabemos as preocupações para não colocar em risco a criança que a gente visita, nem o artista que está indo visitar.

RF: Que impactos são percebidos depois da atuação dos Doutores?
WN:
Estamos aprofundando esta pesquisa, porque fizemos a primeira em 1993, quando vimos que a criança se mostrava mais disposta ao tratamento e desenvolvia expectativas afirmativas. Ou seja, no dia que o palhaço vinha, ela se alimentava melhor para esperá-lo, tomava banho. Havia também uma mudança no olhar do profissional de saúde em relação a si mesmo. Ele não se via mais como alguém que levava a dor, mas como um profissional que podia interagir com uma criança. Em 2008, esta pesquisa foi feita, e além de reforçar essas questões, também trouxe dados novos. Mostrou uma mudança na equipe de trabalho, pois os profissionais viram que a constância da nossa presença abria um melhor espaço de comunicação entre os profissionais, uma mudança no olhar, ou seja, eles não olham mais as crianças só como pacientes, mas como crianças. E isso para nós foi uma grande mudança, pois quando você muda o olhar, a relação muda completamente.

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