Um Brasil mais pardo, com maior longevidade e famílias cada vez menores. Estas são algumas das conclusões da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo IBGE, em setembro, que analisa as características gerais do país, como: população, migração, educação, trabalho, famílias, domicílio e rendimentos, entre outros.
Neste ano, a boa notícia ficou por conta do trabalho infantil, que apresentou uma queda acentuada entre a faixa de 5 e 13 anos. Além disso, o brasileiro viu sua renda aumentar 1,7% acima da inflação.
No entanto, em pleno século 21, há ainda 9,2 milhões de residências que dependem de poços, nascentes, carros-pipa ou da água da chuva para atividades simples do dia a dia, como tomar banho, por exemplo. E mesmo com tantas campanhas sociais, 2,2 milhões de casas ainda não possuem nenhum tipo de escoamento para o esgoto.
Veja, abaixo, alguns resultados da publicação, que entrevistou cerca de 150 mil domicílios brasileiros.
Analfabetismo
A taxa de analfabetismo do país apresentou ligeira queda; ainda há 14,2 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais. Segundo a Pnad, um em cada dez brasileiros com 15 anos ou mais não consegue ler ou escrever um bilhete simples. Dos 14,2 milhões, 95% têm 25 anos ou mais, sendo que mais da metade dos analfabetos do Brasil vive no Nordeste (7,5 milhões), seguida pelo Norte.
O número de analfabetos funcionais, pessoas que sabem ler, mas não conseguem usar a leitura, a escrita e o cálculo para levar adiante seu desenvolvimento, apresentou uma ligeira queda. No entanto, ainda há 21% de pessoas com mais de 15 anos com menos de quatro anos de estudo completo, sendo 10,2% homens e 9,8% mulheres.
Trabalho infantil
Já o número de crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos que trabalham apresentou queda significativa de 20% em um ano. Cerca de 4,5 milhões de crianças entre 5 e 17 anos trabalham no Brasil, sendo a maioria com trabalho doméstico. Segundo a legislação brasileira, nenhum tipo de trabalho é permitido para menores de 14 anos.
A pesquisa mostra, ainda, que as crianças e adolescentes que trabalham têm um salário pequeno, ou até mesmo trabalham de graça. A média salarial foi de R$ 269 mensais. Segundo o Ministério do Trabalho, mais de 90% dos casos de trabalho infantil não são remunerados. Apenas 9,7% possuem carteira de trabalho assinada.
Migração
A região Centro-Oeste, que engloba os Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, é um dos principais polos migratórios do país. Segundo a pesquisa, mais da metade da população é não-natural do município, e 35,6% é oriunda de outros Estados. Na região Norte, a segunda com residentes nascidos em outros Estados, o percentual é de 21,9%.
A maioria das pessoas que migram para a região é de São Paulo e do Paraná, atraída pela falta de mão de obra qualificada. Já os nordestinos realizam trabalho de baixa qualificação, como o plantio da cana-de-açúcar.
Segundo especialistas, os migrantes são atraídos para a região por questões econômicas, visto que há mais incentivo fiscal e o número de sindicatos é reduzido.
Raça
Em um ano, a população brasileira viu desaparecer 450 mil brancos e 1 milhão de negros, enquanto ganhou 3,2 milhões de pessoas que se declaram pardas, tanto na população masculina como na feminina.
Para especialistas, como a noção de raça é uma construção social, os dados podem estar ligados a questões subjetivas, como o preconceito ou a incerteza sobre a identidade negra. O que espanta, no entanto, é o aumento do número de pessoas brancas que se autodeclaram pardas.
Enquanto no Norte e no Nordeste há mais de 70% de pessoas que dizem ser predominantemente pardas ou negras, na região Sul, 78,7% dos entrevistados se declaram brancos. A diferença de etnias no campo e nos centros urbanos também é expressiva: 60,4% de pardos ou negros trabalham no campo, enquanto 50,3% de brancos trabalham na cidade.
Emprego
O Brasil viu o índice de trabalho com carteira assinada aumentar de 33,1 para 34,5% em um ano, sendo a região Norte o maior destaque, com um aumento de 2,1 pontos percentuais.
Também houve um crescimento do rendimento médio mensal dos funcionários, estimado em R$ 1.034 em 2008, e do número de trabalhadores com carteira assinada.
Segundo a pesquisa, grande parte do desemprego atinge os jovens entre 18 e 24 anos, e uma possível explicação para o fenômeno é a exigência de não apenas o nível de escolaridade, mas de qualificação técnica para certos empregos.
Habitação
Segundo a Pnad, a rede de abastecimento de água cresceu 0,7 ponto percentual entre 2007 e 2008, sendo a região Nordeste a maior beneficiária do aumento. A região Norte tem apenas 58,3% das casas com água encanada e os três Estados com as redes mais precárias: Rondônia, Pará e Acre.
A situação não é diferente na coleta de esgoto. Enquanto o Distrito Federal trata 96,8% do esgoto residencial, o Tocantins trata apenas 32,1%, e o Mato Grosso do Sul, 24%.
Segundo o IBGE, a coleta de lixo cresceu 0,6 ponto percentual em um ano. O Sudeste tem 95,3% do lixo recolhido, enquanto o Nordeste tem apenas 24,6%, configurando o pior quadro.
Link
http://downloads.uol.com.br/windows/educativos/pnad2008sintese.jhtm
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