O planejamento estratégico, hoje, é uma ferramenta muito utilizada no Terceiro Setor, fator que garante que as questões sociais ganhem mais profissionalismo com atividades, metas e indicadores concretos. Outro fator importante do planejamento estratégico é que, dependendo de como for mediado, pode incluir todos os envolvidos no projeto nas decisões a serem tomadas. Quanto mais pessoas pensantes, menos erros o planejamento pode incorrer.
Essas características também podem ser levadas para um Programa Empresarial de Voluntariado (PEV), especialmente se for encarado como um projeto social da empresa e de seus colaboradores. Um dos principais argumentos para os colaboradores participarem de um PEV é que um voluntário pode impactar mais na sociedade se sua ação for coletiva, com os colegas de trabalho, por exemplo. Assim, encará-lo como um projeto social, no qual os colaboradores avaliam o que fizeram, definem temas e públicos a serem trabalhados, as metas, atividades e indicadores possibilita que o programa seja concreto, fazendo os colaboradores se comprometerem com todo o processo e empoderando-os para as questões sociais.
Entretanto, a metodologia do planejamento estratégico precisa ser bem definida, dando voz e possibilidade de decisão ao grupo de colaboradores. A interferência da empresa pode existir, mas mediante a troca de ideias, sem imposição. Um planejamento pode conter: avaliação dos resultados, análise das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, desafios e questões para serem trabalhadas, macro e microestratégias, plano de ação e indicadores.
Essa é uma boa maneira de fazer com que o programa fuja de ações puramente assistencialistas e promova atividades de alto valor de impacto social.
Os voluntários devem ter a possibilidade de se tornarem empreendedores sociais, aproveitando a força do conjunto e mobilizando novos colegas.
O início do ano é o momento ideal para quem fomenta um programa de voluntariado – um momento no qual os sonhos e a solidariedade estão na pauta da vida de muitos colaboradores. Nada melhor que os desejos de viver em uma sociedade mais justa possam ser discutidos para, organizadamente, serem colocados em prática.