Pesquisa da organização Énóis Inteligência Jovem indica que o espaço público é o ambiente mais citado por jovens mulheres como local em que não há segurança ou em que elas se sentem mais desrespeitadas como mulheres. Realizada com jovens de 14 a 24 anos, a consulta foi divulgada no dia 21, durante o 1º Seminário Internacional Cultura da Violência contra as Mulheres, em São Paulo. De acordo com a entidade, cerca de 94% das entrevistadas relataram que já foram assediadas verbalmente nas ruas e 77% relataram que o assédio foi físico, desde estupro até o toque ou beijo forçado na balada.
O estudo mostrou também que nove em cada dez mulheres já deixaram de sair à noite ou usar determinada roupa por medo da violência. “As mulheres conquistaram muitas coisas, mas, infelizmente, na infância e na adolescência, ainda temos uma educação muito machista, que impede e tolhe a liberdade dessas meninas. Quando se fala que 'isso não é coisa de menina', a consequência é direta no desenvolvimento, na carreira que ela vai escolher, na vida sexual e na vida afetiva.”
Entre as entrevistadas, 41% revelaram ter sofrido agressão física por homem. Segundo o Énóis Inteligência Jovem, 51% dessas agressões foram praticadas por algum familiar, 38% por parceiros e 23% por amigos. A pesquisa indicou ainda que 47% das mulheres consultadas já foram forçadas a ter relações sexuais com seus parceiros.
Denominada #Mulherpodetudo - como o Machismo e a Violência contra a Mulher Afetam a Vida das Jovens das Classes C,D e E, a pesquisa ouviu 2.285 jovens de 370 cidades brasileiras, com idades entre 14 anos e 24 anos e renda familiar de até R$ 6 mil.
Segundo Érica Teruel, a pesquisa foi feita em duas etapas. Na primeira, 20 jovens de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Belém e Porto Alegre foram entrevistadas de forma mais aprofundada. “Com base nessas entrevistas, desenvolvemos um questionário publicado online e convidamos para participar meninas de diversas partes do Brasil. Nossa intenção era entender como a violência contra a mulher e o machismo afetam a vida das jovens.”
A pesquisa será publicada em um e-book a ser lançado pela organização. O 1º Seminário Internacional Cultura da Violência contra as Mulheres, no Sesc Pinheiros, foi elaborado pelos institutos Vladimir Herzog e Patrícia Galvão, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República, a ONU Mulheres e a Fundação Ford. O objetivo do evento é estimular um pacto global de não tolerância à perpetuação da cultura de violência contra as mulheres.
Fonte: Agência Brasil
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