Levantamento do Dieese revela que é alarmante a situação dos negros no mercado de trabalho: eles ocupam menos cargos executivos e de chefia e ganham, em média, 30% menos que os brancos. Esta taxa era de 36% em 2014. Ainda segundo a pesquisa, as taxas de desemprego aumentaram mais entre a população negra e os negros continuam recebendo rendimentos menores que os não-negros.
Além disso, eles têm menos acesso a empregos com direitos trabalhistas e previdenciários garantidos. A situação das mulheres negras é ainda mais agravante: homens brancos têm rendimentos 60% superiores aos das mulheres negras e ocupam menos de 11% dos cargos de direção e executivos e tem a menor taxa de índice empregabilidade.
Na última década, houve avanços nas políticas afirmativas para a população negra. Entre elas, a instauração de cotas para o ingresso na universidade e nos concursos públicos (20% para negros nos concursos federais). Contudo, o mercado privado tem avançados a passos lentos para diminuírem estas diferenças. No último “Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 maiores empresas do Brasil e Suas Ações Afirmativas”, lançado pelo Ethos e pelo BID em 2016, foi possível perceber que apenas 3,6 das empresas tem políticas para inserção de afrodescendentes no quadro de colaboradores.
Um cenário que precisa ser mudado urgentemente com a colaboração dos mais diversos setores da sociedade. “Os negros são 4,7% nos cargos executivos e as mulheres negras apenas 0,6%. Há uma tendência de crescimento, mas nem todos estão conectados neste sentido. A resposta das empresas está muito abaixo de nossa visão do que é contemporâneo, de entender a diversidade como algo fundamental para avançarmos como sociedade”, acredita o diretor-presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão.
Com este desafio colocado, o Instituto Ethos vai lançar, em dezembro, o Guia Temático dos Indicadores Ethos – CEERT para Promoção da Equidade Racial, uma parceria do instituto com Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (CEERT). O Guia Temático tem como objetivo estimular a diversidade racial, oferecer orientações para a incorporação de medidas que colaborem para a diminuição das desigualdades raciais, além de identificar boas práticas já existentes no mercado. Antes de ser finalizado, o Guia Temático foi aberto para consulta pública e após, aprimorado para abordar as recomendações dos participantes desta construção colaborativa.
Além desta medida, o Ethos lançará, em 2017, o Fórum Empresarial Nacional de Equidade de Gênero e Raça – iniciativa liderada pelo Ethos e CEERT, apoiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e financiado pelo Fundo Newton do governo britânico – que se propõe a ser um movimento indutor para implementação e aprimoramento de políticas públicas e práticas empresariais, em um esforço coletivo para superar a discriminação de gênero e raça nas empresas.
Fonte: Instituto Ethos
Imagine como seria maravilhoso acessar uma infinidade de informações e capacitações - SUPER ATUALIZADAS - com TUDO - eu disse TUDO! - o que você precisa saber para melhorar a gestão da sua ONG?
Imaginou? Então... esse cenário já é realidade na Rede Filantropia. Aqui você encontra materiais sobre:
(certificações, prestação de contas, atendimento às normas contábeis, dentre outros)
(remuneração de dirigentes, imunidade tributária, revisão estatutária, dentre outros)
(principais fontes, ferramentas possíveis, geração de renda própria, dentre outros)
(Gestão de voluntários, programas de voluntariado empresarial, dentre outros)
(Softwares de gestão, CRM, armazenamento em nuvem, captação de recursos via internet, redes sociais, dentre outros)
(Legislação trabalhista, formas de contratação em ONGs etc.)
Isso tudo fica disponível pra você nos seguintes formatos:
Saiba mais e faça parte da principal rede do Terceiro Setor do Brasil: