Muito se tem discutido sobre o papel das empresas na solução de problemas sociais no Brasil. O que normalmente se ouve é que a iniciativa privada pode contribuir muito para a solução (ou amenização) de alguns dos problemas, já que dispõe de forte poder econômico, mão-de-obra qualificada e grande capacidade de influência.
O conceito de responsabilidade social empresarial reforça essa idéia: se a corporação deve ser responsável pelo impacto de sua atividade econômica em relação a todos os stakeholders com os quais interage, ela passa a ter não só o poder, mas o dever de investir em ações que beneficiem a preservação do meio ambiente e a melhoria das condições de vida nas comunidades onde atua.
Como as ações sociais têm foco muito diferente da atividade econômica principal, diversas empresas acabam optando pela criação de um instituto ou de uma fundação. A entidade seria seu “braço” de investimento social, permitindo a manutenção do foco e aumentando a eficiência do investimento realizado em prol da comunidade.
Desde que foram fundados, os institutos de corporações vêm trabalhando com bastante sucesso, conseguindo, na maioria dos casos, gerar impacto real positivo. Só que os problemas são tantos, que logo se nota que o investimento precisa ser aumentado para gerar um resultado mais significativo naquela comunidade.
Se o instituto leva o nome da empresa, a comunidade passa a entender sua existência como parte da instituição e, dessa forma, é sua responsabilidade manter os níveis de realização e atender às expectativas dos beneficiários. Por mais importantes que sejam as ações sociais da empresa, seu orçamento não é tão flexível assim e a manutenção dos institutos, muitas vezes, já representa alto custo.
A primeira resposta que surge é a estruturação de um sistema de captação de recursos de terceiros que aumente a disponibilidade de capital a ser investido nos programas selecionados.
A formação de parcerias é uma conseqüência natural do processo, se for considerado o fato de que um investimento social traz benefícios não só para a empresa que o criou, mas para todas as outras que atuam na mesma região. Ao ratear o investimento com outros parceiros, é possível aumentar sua abrangência e, ao mesmo tempo, evitar a sobreposição de ações na mesma comunidade.
O governo local, instituições financiadoras (nacionais e internacionais), outras empresas e a comunidade local são parceiros em que pensamos imediatamente, mas o instituto também deve cogitar em como envolver outros stakeholders da empresa. Muitas vezes funcionários e fornecedores podem se interessar em contribuir para o projeto desenvolvido na comunidade.
O desafio que se apresenta aqui é como formar e administrar as parcerias. Assim como em qualquer ação de captação de recursos, cada parceiro terá necessidades, desejos e estruturas de atuação diferentes, e todos precisam ser satisfeitos. No caso dos institutos de empresas, no entanto, a formação de parcerias pode ser um processo ainda mais difícil do que no caso de organizações de base. Haja vista que:
Mobilizar recursos exige empenho e especialização. É uma atividade que precisa ser planejada com muito rigor, para que não haja surpresas desagradáveis depois que o projeto for implantado.
Isso não significa, no entanto, que um instituto não possa ter muito sucesso na captação de subsídios. Segundo James Austin, em seu livro The Collaboration Challange, existem sete aspectos que precisam ser levados em consideração para que uma parceria tenha sucesso:
Como toda aliança estratégica, trata-se de um processo e, dessa forma, as ações desenvolvidas em conjunto precisam ser avaliadas e revistas periodicamente para garantir seu sucesso, a satisfação de todos os parceiros e, conseqüentemente, o impacto na comunidade.
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