Mulheres que seguem a trilha do Terceiro Setor

Por: Aline Moura
01 Março 2003 - 00h00
Tornou-se comum falar sobre a participação das mulheres nos diferentes setores da sociedade. É fato que nos últimos 30 anos, inegáveis avanços foram conquistados pelos movimentos organizados ou pela luta diária de cada mulher contra a violência e a discriminação, em busca do seu espaço na sociedade. São elas deputadas, governadoras, ministras, cantoras, empresárias, profissionais liberais, executivas. Mas se ainda representam uma minoria em diversos setores e continuam a ganhar salários mais baixos em relação aos homens, destacam-se numa área promissora no País: o Terceiro Setor.

Segundo o Relatório Nacional Brasileiro, divulgado em 2002 e elaborado pela Convenção sobre Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher, 17,2% das mulheres que estão no mercado de trabalho atuam na área social, perdendo apenas para atividades agrícolas e prestação de serviços. Em compensação, somente 3,9% dos homens economicamente ativos participam do setor.

Os números e os exemplos mostram que as mulheres têm tido uma participação decisiva quando o assunto é acolher os mais necessitados, voluntariar-se, ajudar ao próximo, praticar benemerência. São os olhares sensíveis de mães e esposas, acostumadas à doação voluntária de carinho e cuidados, que têm dirigido a maioria das organizações do Terceiro Setor, o que contrasta com a pouca presença da mulher dirigente nos outros dois setores (governo e privado). Um exemplo dessa corrente é o da empresária e psicóloga educacional Milú Villela, 54 anos, que poderia ter se tornado mais uma socialite preocupada em promover festas para a alta sociedade paulistana. Optou por outro caminho: utiliza-se de sua figura forte e conhecida para estimular as pessoas a se voluntariar. Milú aposta na multiplicação da informação para conscientizar as pessoas sobre o voluntariado. “Acho que a melhor ferramenta para incluir a solidariedade na cultura brasileira é a comunicação. As pessoas acham que é muito difícil ser voluntário e com a mídia mostramos casos de voluntários em todas as áreas”, explica.

Para capacitar e orientar as pessoas sobre como ser voluntário, Milú criou, em 1997, o Centro de Voluntariado de São Paulo. Em 2001, a empresária comandou o Comitê Brasileiro do Ano Internacional do Voluntariado, evento instituído em 123 países pela Organização das Nações Unidas (ONU). Sem recorrer a recursos governamentais, o comitê conseguiu reconhecimento da ONU como a experiência mais bem sucedida do mundo. “O reconhecimento foi tamanho que, em novembro passado, fui convidada a apresentar um relatório de avaliação do Ano Internacional do Voluntariado e uma proposta de continuidade das ações do Ano Internacional na ONU”, orgulha-se Milú. Seu principal envolvimento hoje é o projeto Faça Parte, que pretende mobilizar jovens através do trabalho voluntário, realizando parcerias com as escolas. “O programa pretende atingir cerca de 80 milhões de brasileiros com menos de 25 anos de idade”, afirma. Além dessas atividades, Milú Villela é presidente do Instituto Itaú Cultural e do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), ambos revitalizados e abertos gratuitamente ao público. Quando questionada sobre o papel diferenciado da mulher no Terceiro Setor, Milú concorda com a idéia de que a mulher possua mais sensibilidade às causas sociais, mas sentencia: “Homens e mulheres, todos temos com o que contribuir. O lado social encanta mais a mulheres do que homens, devido à sua sensibilidade, mas todos trabalham pela causa”.

Infelizmente, a sensibilidade da mulher pode ser confundida com fragilidade. É o que mostra a deputada Rosemary Corrêa (PMDB), que foi a primeira delegada titular da primeira delegacia da mulher existente no mundo, criada em 1985, em São Paulo. Policial há 30 anos, Rosemary já sentiu na pele a discriminação de gênero, principalmente por ser uma mulher dentro da polícia. “Eu me lembro que no meu tempo, tinha investigador que se recusava a sair numa viatura com uma investigadora”, conta. Entretanto, os maiores exemplos de discriminação e covardia Rosemary viu quando atuou na delegacia da mulher. Segundo ela, no dia seguinte à inauguração, amplamente divulgada pela mídia, havia uma fila de 500 mulheres na porta da delegacia. E a procura aumentou na medida em que a mulher tomou consciência de seus direitos. “A mulher tomou consciência de que apanhar não era uma coisa natural”, afirma Rosemary. “Até a delegacia da mulher, era muito comum que as mulheres esperassem que saísse sangue, porque senão elas achavam que não deveriam fazer queixa, que não era caso de delegacia”, conta a delegada. Rosemary considera a delegacia da mulher (que já soma 325 em todo o país, sendo 125 no Estado de São Paulo) uma grande revolução do final da década de 80 para o combate à violência da mulher.

Segundo ela, as delegacias de defesa da mulher trabalham apenas com policiais femininas na parte de atendimento, o que faz com que as vítimas se sintam menos constrangidas para contar detalhes das agressões, principalmente as sexuais. “Por melhor que seja o atendimento dentro de uma delegacia normal, é muito constrangedor para uma mulher que sofre de violência sexual falar, dar detalhes que, muitas vezes, podem ajudar até na identificação desse estuprador”, avalia. Além de poder contar com uma defesa à sua suposta fragilidade, as mulheres, na opinião da delegada e deputada, progrediram muito na área da educação. “Porque hoje as mulheres são as que se formam em maior número nas universidades”, comemora. Em relação à saúde, Rosemary acredita que nos últimos anos, foram criados inúmeros programas específicos para a saúde da mulher que, há pouco tempo, não existiam. Sua maior queixa é em relação à diferença de salários, que ainda persiste no mercado de trabalho disputado entre homens e mulheres. “Essa é uma luta que a gente tem há muito tempo. Por que o homem tem que ganhar mais que a mulher?”, questiona-se. “Estamos caminhando a passos lentos, mas o importante é estarmos caminhando e não pararmos no tempo”, conclui.

Parar no tempo parece não ser mesmo a vontade das mulheres, que alargam seus passos históricos rumo ao pioneirismo, tomando a dianteira de muitas lutas. Talvez seja uma insatisfação, uma urgência de mudar o mundo que tem levado as mulheres a trilhar caminhos alternativos. E elas não lutam apenas em causa própria. Foi também com passos lentos, mas certeiros, que a psicóloga Eliane Trezi Nascimento concretizou, e ainda luta para solidificar, o seu projeto profissional. Foi por causa de uma insatisfação que a psicóloga resolveu inovar. Cansada de ver seus pacientes psiquiátricos reincidirem em internações e crises, Eliane partiu para a humanização do atendimento em saúde mental. Há oito anos, quando o assunto terceiro setor ainda era uma novidade, ela iniciou um projeto que, hoje, é referência no atendimento de saúde mental no Estado de São Paulo. Auto-sustentável, o projeto Papel de Gente foi criado para ensinar aos pacientes psiquiátricos a arte de reciclar papéis e produzir algum tipo de material a partir dos mesmos, como cartões, porta-retratos, agendas, convites. Trabalhando com quatro linhas de atuação (reciclagem, preservação ambiental, saúde mental e design), Eliane já devolveu a muitos pacientes a razão de viver. “Existia uma discussão sobre o processo de humanização em tratamentos psiquiátricos e o Papel de Gente efetivou isso. A gente é referência em política pública de saúde mental e somos o maior produtor, enquanto instituição, em papel reciclado de São Paulo”, orgulha-se a idealizadora.

Eliane percorreu o caminho contrário de muitas empresas que se tornam socialmente responsáveis depois de consolidadas. O Papel de Gente nasceu para atuar socialmente e acabou se tornando uma empresa que dá lucros, revertidos para os próprios pacientes - que recebem remuneração quando começam a produzir - e para investir na instituição. “Hoje, nós atendemos empresas bem interessantes, como BankBoston, Credicard, Gessy Lever”, conta Eliane. E os resultados terapêuticos, segundo ela, são positivos. Os pacientes atendidos pelo Papel de Gente, portadores de psicose e neurose grave, geralmente saem de lá para recomeçar a vida profissional ou para construir uma nova. “A gente tem casos de esquizofrênicos que voltaram a estudar e construíram um novo espaço social. Têm também arquitetos, contadores, que retomaram seus trabalhos”, afirma. E o principal segredo para o sucesso da reabilitação parece ser a convivência entre pacientes e público em geral, já que as oficinas são abertas a qualquer pessoa que tenha interesse em aprender a arte de reciclar papéis. “É um jeito de todo mundo questionar o quanto pode ser importante a diversidade. A proposta do Papel de Gente é de sociabilização, de participação social”, explica a psicóloga. Segundo Eliane, sua satisfação é fazer o que gosta, independentemente das dificuldades enfrentadas. Atualmente, o Papel de Gente está sem sede, pois o local antigo, que era alugado, foi solicitado às pressas pelo proprietário. “Nós conseguimos um terreno na prefeitura, mas o proprietário precisou do espaço e exigiu a saída antes que tivéssemos nosso espaço construído”, lamenta. Mas ela não desiste e corre atrás de auxílio para iniciar as obras. “Me sinto cumprindo minha parte como profissional, buscando criativamente uma solução para uma questão. É gratificante”, conclui Eliane, uma das tantas mulheres que escreve sua história no caderno da solidariedade.

mulher ingressou no mercado de trabalho, venceu provas esportivas, tomou decisões políticas, comandou experiências científicas, realizou viagens espaciais, dividiu o tempo entre as tarefas do trabalho e da casa, foi esposa e mãe. E continua sendo mulher. E continua lutando para abolir a burka, para acabar com a violência doméstica, para afastar a condição de submissão nas religiões e de todo preconceito machista. E essa luta contínua só foi possível, e torna-se cada vez mais abrangente, por conta das inúmeras associações, entidades, institutos que congregam mulheres conscientes, munidas da única arma capaz de combater injustiças: a união. Conheça alguns exemplos de uniões que fizeram e fazem a força feminina no mundo:

Marcha Mundial das Mulheres

É o movimento feminista internacional engajado na luta contra a pobreza e a violência. Sua primeira atuação foi em 2000, numa campanha entre 8 de março e 17 de outubro daquele ano, com adesão de 6.000 grupos de 159 países e territórios. Na época, entregou-se à Organização das Nações Unidas (ONU) um abaixo-assinado com cerca de 5 milhões de assinaturas em apoio às reivindicações da Marcha. No Brasil, a Marcha Mundial das Mulheres juntou setores como o movimento autônomo de mulheres, movimento popular e sindical, rural e urbano, e levou as mulheres para as ruas. A Carta das mulheres brasileiras, uma plataforma nacional do movimento, exige terra, trabalho, direitos sociais, autodeterminação das mulheres e soberania do país.

Associação das Mulheres Muçulmanas

Zainab al-Ghazali foi a fundadora dessa entidade. Nasceu no Egito em 1917 e foi membro da União Feminista Egípcia. Aos 18 anos, em 1936, fundou a Associação das Mulheres Muçulmanas, a fim de organizar as atividades femininas, de acordo com as normas e propostas islâmicas. Esta organização prestou serviços inestimáveis aos pobres, órfãos e desvalidos. Em 1965, Zainab foi presa sob alegação de conspirar contra Gamal Abdel Nasser e seu governo, sendo libertada em 1971. Enquanto aguardava o julgamento na prisão, foi submetida às mais terríveis e desumanas torturas. Numa entrevista concedida em 1981, Zainab disse: “O Islã concedeu tudo tanto a homens como a mulheres. Deu tudo às mulheres - liberdade, direitos econômicos, políticos, sociais, direitos públicos e privados. As mulheres podem falar de liberação nas sociedades cristã, judaica ou pagã, mas na sociedade islâmica é um grave erro falar da liberação das mulheres. A mulher muçulmana precisa estudar o Islã e, assim, ela saberá que foi o Islã quem lhe concedeu todos os direitos.” Zainab al-Ghazali acredita que o Islã permite às mulheres uma participação ativa na vida pública, trabalhar, entrar na política e expressar suas opiniões. Ela crê que o Islã permite que elas tenham seus próprios bens, façam transações comerciais e que possam ser o que queiram a serviço da sociedade islâmica.

Geledés – Instituto da Mulher Negra

Tem por missão institucional o combate ao racismo, ao sexismo e a valorização e promoção das mulheres negras em particular e da comunidade em geral. Nos seus 11 anos de existência, já impulsionou o debate político sobre a necessidade de adoção de políticas públicas inclusivas para a realização dos princípios de igualdade e oportunidade para todos. Além de chamar a atenção da sociedade para a problemática da mulher negra, o Geledés enfrenta o problema da marginalização dos jovens negros. Combate o racismo e a discriminação racial juridicamente atendendo a indivíduos, vítimas dessas práticas sociais, e acionando juridicamente empresas e veículos de comunicação, flagrados em atos de preconceito e discriminação racial. Por meio de suas ações, já foram condenados policiais militares por homicídio, médicos por atos de negligência, e realizado atendimento às famílias de presos mortos no massacre do Carandiru, conseguindo a indenização de vítimas de racismo e violência sexual. Na área da saúde, luta-se pelos direitos das vítimas de doenças epidemiológicas como a AIDS e promove-se a formulação de políticas públicas específicas para o atendimento de doenças genéticas ou de maior incidência na população negra. Geledé é originalmente uma forma de sociedade secreta feminina, de caráter religioso, existente nas sociedades tradicionais yorubás, que expressam o poder feminino sobre a fertilidade da terra, a procriação e o bem estar da comunidade. O culto Geledé visa apaziguar e reverenciar as mães ancestrais, para assegurar o equilíbrio do mundo.

Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão

A Revolutionary Association of the Women of Afghanistan (RAWA), na sigla em inglês, é uma entidade formada por duas mil mulheres que vivem na clandestinidade dentro e fora do Afeganistão. A Rawa foi fundada em 1977, em Cabul, por um grupo de intelectuais afegãs lideradas por Meena (para proteger os familiares, elas não usam o sobrenome), com o objetivo de lutar contra a invasão soviética. Dez anos depois, Meena, com apenas 30 anos, foi assassinada por agentes da KGB, a polícia secreta da União Soviética. Atualmente, a Rawa, que transferiu a sua sede para Quetta, no Paquistão, representa a única força de oposição aos homens do Taliban. A principal tarefa da Rawa é atender os 2,6 milhões de refugiados afegãos. Nos campos de refugiados, a Rawa mantém hospitais e escolas para meninas e meninos. Mesmo sob a intensa vigilância Taliban, a entidade atua secretamente no Afeganistão. Escolas clandestinas para meninas e assistência médica para mulheres nas áreas mais remotas do país são as principais ações dessas bravas guerreiras.

Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Reprodutivos e Direitos Sexuais

Completou dez anos em 2001 e reúne 113 instituições – entre grupos de mulheres, organizações não governamentais, núcleos de pesquisa, organizações sindicais/profissionais e conselhos de direitos da mulher – além de profissionais de saúde e ativistas feministas, que desenvolvem trabalhos políticos e de pesquisa nas áreas da saúde da mulher e direitos sexuais e reprodutivos. A atuação da Rede segue os seguintes princípios: fortalecimento do movimento de mulheres no âmbito local, regional, nacional e internacional, em torno da saúde e dos direitos sexuais e direitos reprodutivos; reconhecimento dos direitos sexuais e direitos reprodutivos como direitos humanos; reconhecimento da violência sexual, racial e doméstica como uma violação aos direitos humanos; defesa da implantação e da implementação de ações integrais de saúde da mulher, no âmbito do Sistema Único de Saúde; e descriminalização do aborto.

Articulação de Mulheres Brasileiras

Foi criada por iniciativa de militantes e fóruns estaduais de mulheres em 1994 e tornou-se um espaço de articulação de ações coletivas entre fóruns e movimentos de mulheres brasileiras com vistas à ação comum na luta feminista pela igualdade e defesa dos direitos humanos. Seu foco de atuação tem sido a incidência sobre a política externa brasileira no âmbito dos direitos humanos nas Conferências Internacionais da ONU, e o monitoramento, no Brasil, do cumprimento dos acordos e tratados dos quais o Brasil é signatário. É parceira da Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Reprodutivos e Direitos Sexuais nos debates e ações nacionais e internacionais em torno dos direitos reprodutivos; foi parceira dos movimentos e redes de mulheres negras na Conferência Contra Todas as Formas de Discriminação em Durbam; é parceira do Observatório da Cidadania que monitora, entre outras, a Plataforma decorrente da Conferência de Desenvolvimento Social. Integra a Articulação Feminista Marco-Sur, que monitora os impactos sobre os direitos humanos e das mulheres dos processos do Mercosul.

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