Uma pesquisa realizada pela agência de comunicação ÉNóis Inteligência Jovem, em parceria com o Instituto Patrícia Galvão e o Instituto Vladimir Herzog, mostrou que o preconceito ainda está presente nos lares de muitas jovens brasileiras.
A proposta do relatório é compreender como é ser menina no Brasil, sob a ótica do machismo e da violência contra a mulher, quais são os tipos de violências que essas garotas foram expostas e também o que elas consideram agressividade. Ao todo foram feitas entrevistas em profundidade com 2.285 jovens brasileiras de 14 a 24 anos, com renda familiar de até R$ 6.000.
O estudo identificou que as garotas ainda são criadas em um ambiente com machismo velado e diferenças drásticas na divisão de tarefas domésticas entre meninos e meninas, além de expor relatos de mulheres de 370 cidades do país, que já passaram por situações de extrema violência.
Resultados gerais
A pesquisa apresentou dados com marcadores específicos para entender com profundidade os constrangimentos que as brasileiras têm passado nesses últimos anos. Um exemplo disso é que 74% já sentiram tratamento diferenciado dentro de casa, por ser mulher. 86% delas não se sentem representadas pela mídia, e 77% acham que o machismo afetou seu desenvolvimento.
41% disseram que já sofreram agressão física por homem, desse total 51% foram agredidas por algum familiar, 38% pelo parceiro, 23% por um amigo ou colega e 3% pelo professor ou superior da escola, as agressões verbais, representam 84% do total de garotas que já passaram por essa situação.
Um total de 77% declararam que já foram assediadas sexualmente, deste número 72% contaram que foram por desconhecidos em espaços públicos, 10% por familiares, 6% pelo parceiro e 9% por um amigo ou colega.
Outro dado alarmante que mostra o desrespeito às mulheres é que 94% delas já sofreram assédio verbal. Questionadas se elas consideram esse tipo de “cantada” ou elogio, feito por desconhecidos, um tipo de violência 73% apontaram que sim, 22% relataram que depende do caso, enquanto, apenas 5% disseram não.
Para conferir a pesquisa na íntegra: https://goo.gl/f6NfqB
Fonte: Setor 3