A Gestão De Recursos Humanos E O Mercado De Trabalho: Um Desafio Para O Terceiro Setor

Por: Instituto Filantropia
07 Maio 2015 - 21h40

gestao-recursos

A gestão da área de Recursos Humanos, também conhecida pela sigla RH, envolve um aglomerado de habilidades, métodos, políticas e práticas pré-definidas com a finalidade de administrar os comportamentos e desempenhos internos, e, assim, potencializar as habilidades dos funcionários. Trata-se de um objetivo claro: selecionar, gerir e conduzir os funcionários na direção correta rumo aos propósitos e metas da instituição.

O RH também lida com estratégias, relações sindicais entre a organização e o funcionário, relações de trabalho e técnicas específicas como seleção, treinamento, planos de carreira, salários, avaliação de desempenho e incentivos. Muito dessa temática envolvida com a gestão de funcionários deriva da psicologia e da sociologia, que diz respeito às expectativas e às atitudes relacionadas ao trabalho, à motivação, à liderança, à qualificação e à produtividade.

Pode-se considerar que o modelo de gestão de recursos humanos mais praticado ultimamente tem grande respaldo na Administração Científica de Taylor e na Escola das Relações Humanas. O sistema de gestão dos funcionários é dividido em:

  • Abastecimento de recursos humanos;
  • Execução de recursos humanos;
  • Recompensar pessoas;
  • Administração dos recursos humanos;
  • Desenvolvimento de recursos humanos;
  • Monitoração dos recursos humanos.

Existem diversos modelos de gestão de pessoas, e o principal utilizado é o da Gestão de Competências. Sua característica principal é fornecer ao campo de recursos humanos e de administradores de empresas ferramentas para gerir e desenvolver os funcionários de maneira clara, com foco e critérios bem estabelecidos. Tais ferramentas estão associadas à distribuição dos cargos e funções de cada organização.

O MERCADO DE TRABALHO E AS ÁREAS DE ATUAÇÃO

O mercado de trabalho relacionado à área de Recursos Humanos tem grande potencial de desenvolvimento, uma vez que possui diversas ramificações. Vale lembrar que a graduação do profissional de RH o capacita para desenvolver qualquer uma das habilidades listadas a seguir. São elas:

1-recrutamento RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
Nesta área, o profissional participa e faz todo o processo de seleção de um candidato, podendo ser desde a divulgação da vaga até a contratação. No curso de graduação, aprende técnicas para avaliar se o perfil do candidato se adapta ao da empresa. No momento da entrevista, é responsável por aplicar as dinâmicas, conversando com os candidatos e avaliando suas competências.



2-treinamentoTREINAMENTO
Neste ramo se desenvolvem as competências dos funcionários, e é aqui que eles trabalham suas deficiências. O profissional deve organizar treinamentos que possam auxiliar neste processo de conhecimento técnico e de comportamento. Também irá realizar pesquisas para observar a assiduidade dos funcionários ou se há alta taxa de rotatividade na empresa.



3-funcoesFUNÇÕES, REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS
O gestor deve sempre estar atento aos pisos salariais de cada cargo específico, e verificar se estão sendo cumpridos. Este departamento também deve sugerir que a empresa traga outros benefícios aos funcionários (como assistência médica e plano odontológico). Trata-se de uma área de extrema importância, uma vez que monitora o cumprimento dos direitos e evita problemas trabalhistas.



4-departamentoDEPARTAMENTO PESSOAL
Este setor tem como responsabilidade coordenar os processos e atividades da folha de pagamento, folha de ponto e faltas. Também deve averiguar se benefícios como Vale-Alimentação e Vale-Transporte estão sendo recebidos corretamente. O responsável pelo cumprimento destas ações é o departamento financeiro, entretanto, é função do RH supervisionar tais tarefas.



5-planoPLANO DE CARREIRA
Quando uma empresa procura profissionais cada vez mais capacitados, ela investe em cursos para o desenvolvimento dos funcionários, podendo ser até a possibilidade de realizar uma graduação ou pós-graduação e subir de cargo. Ações como essa incentivam a aprendizagem e motivam os funcionários a se desenvolverem, tanto no âmbito pessoal como no profissional.



6-saudeSAÚDE E SEGURANÇA
Este setor organiza eventos de prevenção contra acidentes de trabalho. Também é responsável por organizar exames admissional e demissional, pelos quais todos os funcionários devem passar.




7-relacoesRELAÇÕES TRABALHISTAS
O gestor de Recursos Humanos deve ser o elo entre o funcionário, a organização e o sindicato regente da categoria. Toda a equipe de RH deve estar à par dos líderes sindicalistas, das leis, direitos e deveres, tanto da empresa quanto do funcionário.



É fato que a profissão de gestor de Recursos Humanos tem espaço garantido no mercado de trabalho, uma vez que a busca das instituições pela melhoria no desempenho dos funcionários é constante.

A GESTÃO DE RH NO TERCEIRO SETOR

As instituições do Terceiro Setor expandiram muito sua área de atuação na década de 1990, e isso aumentou a competitividade por financiadores que contribuíssem para a continuidade de suas atividades. Práticas de gestão tiveram de ser corrigidas e processos foram implementados, assim como ações que gerassem resultados mensuráveis.

Assim como a gestão de recursos humanos é realizada em empresas privadas, ela também precisa acontecer em instituições sociais. Trabalhar em uma ONG é um projeto para quem gosta de desafios. Para a diretora de Cidadania e Voluntariado da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Heloisa Coelho, o Terceiro Setor possui grande importância na sociedade. “O grande atrativo do Terceiro Setor é oferecer possibilidades de desenvolver ações que transformam não só a sociedade, mas a própria pessoa”, revela Heloisa. Dentre os aspectos positivos de se trabalhar na área destaca-se o desenvolvimento de certos conhecimentos específicos, habilidades e atitudes, difíceis de serem exercidos no desempenho de funções no primeiro ou no segundo setores. “As atribuições da área de RH em governos e empresas são muito delimitadas e burocráticas, deixando pouco espaço para a criatividade e a inovação que o Terceiro Setor oferece”, esclarece a diretora.

Devido a seus reduzidos orçamentos, infelizmente ainda não é comum encontrar em algumas organizações sociais áreas ou departamentos voltados exclusivamente para o RH. Um dos principais desafios a serem ultrapassados é o da eficiência, que envolve a falta de preparo de gestores das organizações do ramo. Um dos principais papéis do gestor de recursos humanos em ONGs é o de estabelecer critérios sobre como coordenar os funcionários e voluntários envolvidos no projeto. Muitos modelos de instituições sem fins lucrativos no Brasil partiram do princípio de que para diminuir gastos era preciso empregar mão de obra barata e desqualificada, e isso impactou negativamente nos resultados em curto prazo da organização.

Dentro de uma organização, o gestor também terá a oportunidade de fortalecer habilidades distintas e o convívio em equipe. “Numa ONG, o profissional de RH fortalecerá sua capacidade de trabalhar em equipe, melhorará seu nível de comunicação com outras pessoas e consolidará valores éticos. Tudo de maneira informal, no simples exercício de seu cargo ou função” relata Heloisa. A realidade da organização de uma ONG é diferente das entidades privadas e demandam habilidades, atitudes, valores e capacitação específica para que seja possível geri-la. O profissional deve estar ciente de seu papel e consciente dessas diferenças quanto ao propósito, valores, obtenção de recursos, resultados e, principalmente, sobre o perfil do trabalhador. Institutos e fundações empresariais vêm, nos últimos anos, expandindo o mercado de trabalho de RH neste setor. Heloisa explica que isso ocorre por conta da maior ênfase na especialização dos colaboradores. “Com orçamentos maiores e foco em gestão, eles percebem a importância de contarem com profissionais especializados nesta área, com vistas ao atingimento de seus objetivos nas áreas de responsabilidade social empresarial, investimento social privado, entre outros”.

Para Heloisa, é imprescindível que o profissional tenha em mente os objetivos e a organização necessários para gerir o projeto. “Neste momento, por exemplo, o Comitê Rio 2016 está com processo de recrutamento e seleção aberto para diversas áreas, inclusive RH. Para avaliar o desempenho de voluntários, o profissional de RH deve estabelecer, com a organização social e os próprios voluntários, as metas a serem atingidas por meio de suas ações, definir os indicadores, monitorá-los, avaliar os resultados e, em seguida, reformular as ações, fechando o ciclo de gerenciamento de voluntários iniciado com o recrutamento e seleção” destaca.

Tudo o que você precisa saber sobre Terceiro setor a UM CLIQUE de distância!

Imagine como seria maravilhoso acessar uma infinidade de informações e capacitações - SUPER ATUALIZADAS - com TUDO - eu disse TUDO! - o que você precisa saber para melhorar a gestão da sua ONG?

Imaginou? Então... esse cenário já é realidade na Rede Filantropia. Aqui você encontra materiais sobre:

Contabilidade

(certificações, prestação de contas, atendimento às normas contábeis, dentre outros)

Legislação

(remuneração de dirigentes, imunidade tributária, revisão estatutária, dentre outros)

Captação de Recursos

(principais fontes, ferramentas possíveis, geração de renda própria, dentre outros)

Voluntariado

(Gestão de voluntários, programas de voluntariado empresarial, dentre outros)

Tecnologia

(Softwares de gestão, CRM, armazenamento em nuvem, captação de recursos via internet, redes sociais, dentre outros)

RH

(Legislação trabalhista, formas de contratação em ONGs etc.)

E muito mais! Pois é... a Rede Filantropia tem tudo isso pra você, no plano de adesão PRATA!

E COMO FUNCIONA?

Isso tudo fica disponível pra você nos seguintes formatos:

  • Mais de 100 horas de videoaulas exclusivas gratuitas (faça seu login e acesse quando quiser)
  • Todo o conteúdo da Revista Filantropia enviado no formato digital, e com acesso completo no site da Rede Filantropia
  • Conteúdo on-line sem limites de acesso no www.filantropia.ong
  • Acesso a ambiente exclusivo para download de e-books e outros materiais
  • Participação mensal e gratuita nos eventos Filantropia Responde, sessões virtuais de perguntas e respostas sobre temas de gestão
  • Listagem de editais atualizada diariamente
  • Descontos especiais no FIFE (Fórum Interamericano de Filantropia Estratégica) e em eventos parceiros (Festival ABCR e Congresso Brasileiro do Terceiro Setor)

Saiba mais e faça parte da principal rede do Terceiro Setor do Brasil:

Acesse: filantropia.ong/beneficios

PARCEIROS

Incentivadores
AudisaDoação SolutionsDoritos PepsicoFundação Itaú SocialFundação TelefônicaInstituto Algar de Responsabilidade Social INSTITUTO BANCORBRÁSLima & Reis Sociedade de AdvogadosQuality AssociadosR&R
Apoio Institucional
ABCRAbraleAPAECriandoGIFEHYBInstituto DoarInstituto EthosSocial Profit
Parceiros Estratégicos
Ballet BolshoiBee The ChangeBHBIT SISTEMASCarol ZanotiCURTA A CAUSAEconômicaEditora ZeppeliniEverest Fundraising ÊxitosHumentumJungers ConsultoriaLatamMBiasioli AdvogadosPM4NGOsQuantusS&C ASSESSORIA CONTÁBILSeteco Servs Tecnicos Contabeis S/STechsoup