No dia 17 de agosto, uma entidade exemplo de ação inclusiva em Florianópolis, Santa Catarina, esteve em festa. Nessa data, o Instituto Guga Kuerten (IGK) completou 5 anos de apoio a projetos nas áreas de educação e integração de pessoas com necessidades especiais e de desenvolvimento integral de crianças e adolescentes por meio do esporte.
Responsável pela popularização do tênis, Gustavo Kuerten é hoje espelho para milhares de meninos e meninas do Brasil. Haja vista a quantidade de crianças improvisando uma partida de tênis em campinhos de terra, tradicional palco do futebol.
Guga é um dos principais atletas da história do tênis nacional. Conquistou três Grand Slam em Roland Garros (1997, 2000 e 2001), entre outros títulos, além de ter chegado à posição de n° 1 do mundo.
Graças ao sucesso do tenista, a família Kuerten conseguiu mobilizar parcerias para a criação do IGK e, assim, ampliar as ações sociais já praticadas pela mãe de Guga, a assistente social Alice Thümel Kuerten. Presidente do instituto, Alice sempre esteve envolvida com o trabalho social, atividade intensificada com o nascimento do primeiro filho Guilherme, portador de deficiência física e mental.
Em entrevista à Revista Filantropia, Guga fala mais sobre o instituto, responsável pelo apoio a 184 instituições de educação especial em Santa Catarina, atendendo 13.850 alunos.
Revista Filantropia: Como foi criado o Instituto Guga Kuerten?
Guga: Antes mesmo de eu ganhar Roland Garros pela primeira vez, minha família já ajudava os outros, principalmente por infl uência da minha mãe. Então, fundar o instituto foi uma atitude natural, uma maneira que a gente encontrou de usar meu nome e imagem para algo muito importante. Começamos do zero mesmo. Minha mãe pesquisou como tudo funcionava, visitou instituições, buscou parceiros e conselheiros, escolheu as formas de atuação e fomos crescendo aos poucos.
Filantropia: Quais são os meios utilizados para captação de recursos?
Guga: O IGK atua na área do esporte com projetos como Ilha da Criança e Campeões da Vida, para os quais temos patrocínio direto. Já os recursos para a área de integração de pessoas com necessidades especiais vêm do Fundo de Apoio a Projetos Sociais (Faps), formado por parceiros, que a cada seis meses distribui a verba entre instituições de Santa Catarina.
Filantropia: Quais as realizações mais importantes do instituto até agora?
Guga: Logo no ano de fundação do IGK [2000] demos início a um projeto para auxiliar todas as Apaes de Santa Catarina. Também já mapeamos um bom pedaço do estado, chegando a cidades que eu nem sabia que existiam. Esperamos alcançar todas em 5 anos. Mas uma das coisas que mais me deixa feliz é saber que, a partir do auxílio do IGK, outros cidadãos passaram a ajudar também, aumentando, e às vezes até dobrando, o valor que a gente já havia dado. É o que eu sempre quis: não fi car dependente de uma pessoa ou instituição, mas propiciar o efeito de que uma coisa puxa a outra. O brasileiro é um povo solidário.
Filantropia: Como você vê a participação de personalidades em ações sociais?
Guga: Acho muito importante pelo exemplo, por levar os outros a fazer o mesmo. Às vezes, você comenta com um amigo, que acha a idéia boa, e desencadeia um mutirão. Há muitas estrelas e ídolos no tênis, que podem ajudar de diversas maneiras. Desde o começo do ano, por exemplo, todos esses atletas se uniram e a cada evento profi ssional de tênis, em qualquer lugar do mundo, sempre acontece uma ação benefi cente. E o valor que vem sendo arrecadado está surpreendendo todos os envolvidos.
Filantropia: Qual a sua relação com o IGK?
Guga: Hoje em dia minha mãe se dedica em tempo integral ao instituto, ela abraçou mesmo a causa. E eu, já com quase 10 anos de carreira profissional, consigo administrar bem o meu tempo para poder participar mais ativamente do IGK e contribuir com ações sociais nos torneios em que jogo.
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