Tony Kanaan

Por: Elaine Iorio
01 Fevereiro 2006 - 00h00

Rubens Barrichello é um veterano das pistas de corrida. Aos 33 anos, ele coleciona diversos títulos no Kart, Fórmula Opel, Fórmula 3, entre outras categorias, além de dois vice-campeonatos na tão prestigiada Fórmula 1. Tony Kanaan, 32, é outro brasileiro que brilha na alta velocidade. Foi campeão no Kart, na Fórmula Alfa-Boxer Italiana e na Indy Lights, obteve excelentes resultados na Fórmula 3, Ford, Chevrolet e na Cart e se tornou ídolo na Indy Racing League, ao conquistar o campeonato em 2004.

Amigos inseparáveis fora das pistas e ídolos nacionais, além da paixão pelas corridas os pilotos dividem um grande sonho: ajudar a transformar a sociedade em um ambiente melhor e mais justo. Em busca desse ideal, eles fundaram em dezembro de 2005 o Instituto Barrichello Kanaan (IBK), entidade sem fins lucrativos que oferece apoio técnico e financeiro a organizações do Terceiro Setor ligadas à família, com foco no desenvolvimento social de crianças, adolescentes, jovens e idosos. Entre uma corrida e outra, Barrichello e Kanaan contaram por e-mail à Revista Filantropia sobre as primeiras realizações do projeto e da satisfação pessoal em colaborar com o setor social.

Revista Filantropia: Por que vocês decidiram se aliar neste projeto?
Rubens:
Somos amigos fora das pistas, e como essa empreitada no Terceiro Setor foi idéia do Tony, topei de imediato. Não poderia ter encontrado parceiro melhor.
Tony: O Rubens é uma pessoa de muita garra, o que considero um ingrediente fundamental para qualquer atividade, especialmente no Terceiro Setor, em que há muito trabalho a fazer e recursos escassos. Nós achamos que há enormes carências na nossa sociedade. Não podemos ficar de braços cruzados esperando que o governo faça tudo.

Filantropia: Como está sendo o processo de concretização do instituto?
Tony:
Enfrentamos burocracia para conseguir o CPNJ. Tanto que nosso primeiro parceiro, a empresa G5, chegou antes do título de Oscip. A partir de agora, o apoio de pessoas jurídicas poderá se reverter em benefícios.

Filantropia: Quais as fontes de recursos do instituto?
Rubens:
Temos parceiros nos apoios técnicos, que oferecem conhecimento e experiência em suas áreas de atuação. A organização Atletas em Ação, por exemplo, nos auxilia com sua expertise nas clínicas e maratonas esportivas. Com relação aos recursos, somos os principais doadores, mas estamos em busca de mais empresas que tenham interesse em nos apoiar financeiramente.
Tony: Atualmente a G5 Blindagens Especiais e a Audemars Piguet são nossos apoios financeiros. Como o Rubens disse, buscamos a colaboração de empresas que acreditam na nossa causa e que queiram se unir a nós na busca pela melhoria de qualidade de vida de tantas pessoas.

Filantropia: Quais as primeiras realizações e conquistas do projeto?
Tony:
Já estamos apoiando o Projeto Sol e a Casa do Zezinho, que juntos beneficiam 1.500 crianças e jovens carentes. Também iniciamos uma parceria com duas escolas em Interlagos, para que juntos possamos ajudar a comunidade local por meio de cursos e oficinas para jovens e idosos. Acho que é um bom começo para uma instituição tão jovem!

Filantropia: Comente algum momento marcante do projeto.
Rubens:
Foi na semana do Natal, quando distribuímos presentes na ONG Projeto Sol. Foi uma ação pontual e totalmente assistencialista, o que é bem longe a missão do IBK. Mesmo assim foi muito bacana ver o rosto da criançada. Esse contato é fundamental para termos noção dos efeitos do nosso trabalho.

Filantropia: Vocês consideram positiva a participação de pessoas de destaque em campanhas e projetos no Terceiro Setor?
Rubens: É um sonho antigo meu e do Tony que se torna realidade. Acreditamos que as pessoas públicas têm de dar bons exemplos, justamente pela exposição, às vezes até exagerada, que sofrem. Precisamos reverter essa exposição em mobilização para que a sociedade se conscientize que a criança do farol é problema dela também.
Tony: Há muitos brasileiros que se espelham em seus ídolos, seguem o exemplo deles, e a participação ativa no Terceiro Setor é uma forma de os ídolos incentivarem seus fãs a auxiliarem na mudança da desigualdade que o Brasil ainda sofre.

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