A dificuldade em desenvolver um modelo de negócios estruturado, a falta de compreensão de terminologias do mundo dos negócios, a inexistência de investimento semente para testar modelos inovadores, e, sobretudo, o risco (e medo) de se desvirtuar da missão são alguns dos desafios enfrentados por organizações sociais e empreendedores sociais de negócios de impacto. Estes resultados fazem parte da pesquisa Lições da prática: reflexões sobre os elos entre OSC e negócios de impacto socioambientais, realizada pelo Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats), da Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), em parceria com o Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) e a Ashoka.
Conduzido pelas professoras Rosa Maria Fischer e Graziella Comini, da FEA/USP, o estudo constata que existe um ambiente propício para implementação de iniciativas de mercado no âmbito das OCSs. Para chegar a tal conclusão, foram realizadas 12 entrevistas em profundidade, um workshop e o mapeamento com 50 lideranças de OSCs de diferentes setores que já haviam implementado algum tipo de experiência de geração de receita em suas organizações. De acordo com o estudo, seja qual for o modelo adotado pela organização, a missão institucional da organização deve sempre nortear as ações e inovações.