Dorina Nowill

Por: Elaine Iorio
01 Setembro 2007 - 00h00

A idéia partiu da assessoria de imprensa da organização. Um e-mail tímido, colocando à disposição para entrevistas a professora Dorina Gouvêa Nowill, fundadora e atual presidente emérita vitalícia da Fundação Dorina Nowill para Cegos. A assessora, porém, não imaginava a alegria da reportagem com a oportunidade oferecida. Admiração e respeito são apenas alguns dos sentimentos normalmente cultivados por esta famosa senhora, que tanto fez pela integração do deficiente visual na sociedade brasileira – sendo hoje exemplo dentro e fora do país.

Paulistana, mãe de cinco filhos e avó por 12 vezes, Dorina ficou cega aos 17 anos, em decorrência de uma patologia ocular. Apesar das adversidades, continuou os estudos, teve aulas particulares de línguas, se relacionou com ilustres da arte, da literatura, do jornalismo e da política e se tornou expoente na temática inclusão. Principalmente por ter contribuído para a chegada ao Brasil do livro em braile, garantindo o acesso das pessoas cegas ou com baixa visão à cultura e ao conhecimento.

Apesar de ser esse o nome da seção, entrevista não é a palavra ideal quando se está com dona Dorina. Aos 88 anos, mas com uma memória de dar inveja a qualquer marmanjo, a personagem deixa de lado o seu posto e assume o papel lúdico de contadora de história. E, assim como antigamente as crianças se reuniam em volta dos pais e avôs para ouvir os causos familiares, a reportagem fica hipnotizada por suas histórias, narradas em detalhes, que dariam para preencher todas as páginas desta revista.

Com um sorriso resistente, Dorina Nowill desenrolou, nesta “apresentação” exclusiva à Revista Filantropia, os fios de uma biografia fascinante, marcada por momentos de coragem, dedicação e vontade de vencer, que resultou na consolidação de um dos principais empreendimentos sociais do Brasil.
A fundação começou com muito pouco. Com a ajuda da American Foundation, porém, eu montei uma imprensa braile de US$ 10 mil


Revista Filantropia: A história da sua vida e da criação da fundação são praticamente uma só. Como tudo começou?

Dorina Nowill: A minha madrinha, dona Carolina, me conheceu menina e, quando soube que eu havia ficado cega, ficou impressionadíssima. Ela tinha amizade com o pessoal do Instituto Benjamin Constant, do Rio de Janeiro, porque a família de uma parente dela gostava de ler para os cegos da entidade. Então, um dia, ela me convidou para ir à casa dela, justamente quando essa parente estava em São Paulo.

Depois disso, a dona Carolina começou a me contar mais coisas sobre o Benjamin Constant, e eu fui me envolvendo no assunto. Até que, um dia, essa parente dela sugeriu que minha madrinha me levasse para conhecer um instituto para cegos e aprender braile. Ela disse: “Você vai se arrepender se não levar a Dorina. Tenho certeza que será uma pessoa que vai mudar muita coisa aqui no Brasil”. Engraçado que duas pessoas fizeram isso comigo, mas eu só soube muito tempo depois.

Então, com a autorização da minha mãe, ela me levou ao Instituto Padre Chico, aqui em São Paulo. A madre superiora me mostrou como funcionava o sistema braile, só que eu ainda não tinha equipamento necessário; precisava de reglete, de papel etc. Aos poucos, nós fomos providenciando todo o material.

Em seguida, eu conheci uma amiga da minha madrinha, Regina Pirajar da Silva, que, por acaso, era inspetora da Escola Caetano de Campos, a principal instituição de formação de professores primários. E foi aí que a Regina, quando me conheceu, sugeriu à dona Carolina que eu iniciasse os estudos na Caetano de Campos. Ninguém sabia o que era inclusão ou integração naquela época. Mas, como minha madrinha tinha sido uma grande educadora, ela pensou que, colocando uma aluna cega entre as demais, alguma coisa positiva aconteceria.

Eu não tinha carro particular e precisava atravessar a cidade para chegar à escola. Então, as inspetoras descobriram quatro ou cinco alunas que moravam na redondeza da minha casa. Uma delas, que se chamava Neide, se interessou pelo caso e me ofereceu carona. Foi assim que eu comecei o curso de professora na Caetano de Campos.

Após o teste que demonstrou que eu tinha instrução suficiente para freqüentar a escola, me colocaram na classe do pessoal com maior classificação no vestibular. Porém, dona Carolina não avisou ninguém, nem os professores. Quando eles chegavam na sala, eu me levantava e contava o meu caso. Assim foi se desenvolvendo um relacionamento ótimo, porque foi recíproco. Não teve intervenção de ninguém.

Durante a Segunda Grande Guerra, nós não tínhamos como mandar vir reglete de outros países. Então, a Regina inventou um sistema, com papel braile especial, mata-borrão e um aparelhinho, para que os videntes pudessem aprender a produzir livros em braile. Com o entusiasmo das pessoas e a minha entrada na escola, nós começamos a transcrever livros na Caetano de Campos. E, como eu já tinha um envolvimento antigo com a Cruz Vermelha Brasileira – porque minha mãe era colaboradora –, a presidente nos cedeu uma sala para que nós, alunas da Caetano, ensinássemos o braile. Não tinha seleção; quem quisesse trabalhar no movimento podia ir lá e aprender a transcrever em braile.

Filantropia: A partir daí, como se desenvolveu a fundação?

Dorina: Na cadeira de Metodologia, da professora Zuleika de Barros Martins Ferreira, eu comecei a participar de estágios. No primeiro deles, nós conhecemos todas as principais escolas públicas de São Paulo. Então, eu pedi para a dona Zuleika nos deixar fazer estágio no Instituto Padre Chico, com as crianças cegas. Assim, nós passamos a aplicar lá tudo o que fazíamos nos estágios com crianças videntes. E o movimento foi tomando conta.

Quando eu fui falar com dona Carolina que não achava justo todas nós (éramos em oito) fazer estágio duplo, dar aula para os cegos e não receber nem um certificado, ela me incentivou a fazer a solicitação ao Departamento de Educação. E lá fomos nós, com a cara e a coragem, pedir a aprovação do curso. Por conta do interesse do departamento, o nosso trabalho chamou a atenção da imprensa e eu fui convidada a dar uma entrevista no Diário da Noite, para o grande jornalista Fúlvio Abramo.

Com isso, o nosso trabalho se popularizou, e nós fomos tornando a coisa cada vez mais profissional. Após a nossa formatura, o então governador José Carlos de Macedo Soares criou o primeiro curso de especialização de professores no ensino de crianças cegas, com base em nossa experiência. Na época, o dr. Moacir Álvaro, oftalmologista, tinha mandado duas assistentes sociais para os Estados Unidos, que foram aprender como trabalhar com a cegueira. Ao visitarem a American Foundation for the Blind (Fundação Americana para Cegos), elas contaram dos projetos brasileiros. Eles se interessaram pelo nosso trabalho, e nós conseguimos bolsas para estudar nos EUA.

Um dia, minha madrinha me apresentou uma moça muito interessante, que gostava de escrever e queria aprender o braile. Adelaide Reis de Magalhães era uma moça muito rica, filha de donos de uma grande companhia. Ela se envolveu em nosso projeto e começou a ensinar braile na Cruz Vermelha, enquanto que nós cuidávamos da formação de professores. Até que um dia, nós discutimos a necessidade de criarmos uma organização, já que a Cruz Vermelha cedia um espaço e a Padre Chico e a Caetano colaboravam.

Então, Adelaide foi para o Rio de Janeiro e consultou um grande advogado, que disse que o melhor era criarmos uma fundação – coisa avançadíssima naquela época. Foi assim que, no dia 11 de março de 1946, nós instituímos a Fundação para o Livro do Cego no Brasil. Como a Adelaide deu o primeiro patrimônio, ela assumiu a presidência; até porque a Neide, a Regina e eu embarcamos para os EUA no dia 3 de maio daquele mesmo ano.

Filantropia: Quais eram as motivações do grupo envolvido com a fundação naquela época?
Dorina: A fundação nasceu para suprir uma necessidade. Nós queríamos imprimir mais livros e precisávamos de uma imprensa braile. O governador Macedo Soares ainda mandou produzir, na Cia. Paulista de Estrada de Ferro, algumas regletes no modelo francês, com o que nós começamos o curso. Já que, para ensinar, só o método da Regina era pouco.

Daí, quando nós voltamos ao Brasil, a Adelaide passou a presidência para mim. Ela nos ajudou muito, porque deu o primeiro patrimônio. Aliás, a fundação começou com muito pouco. Com a ajuda da American Foundation, porém, montei uma imprensa braile de US$ 10 mil. Mas havia muita descrença. Uma das professoras americanas, que foi à reunião para aprovar a liberação da verba, votou contra. Assim mesmo nós conseguimos, o que foi um grande sucesso para a fundação.

Depois, os diretores da entidade visitaram o projeto e ficaram radiantes; deram ainda mais bolsas de estudo. Assim, nós conquistamos muita credibilidade nos EUA. Olha, nós não sabíamos que éramos voluntárias; nada disso passou pela nossa cabeça, nós só estávamos fazendo. Nós trabalhávamos como professoras nas escolas e de graça na fundação.

Filantropia: A fundação também tem forte atuação pela inclusão do deficiente visual no mercado de trabalho. Como aconteceu essa expansão para além da área educacional?

Dorina: Nós começamos a integrar os cegos no mercado de trabalho, porque eu já tinha visto os cegos trabalhando em fábricas e empresas. Certa vez, eu cheguei a São Paulo e minha mãe me contou que o vizinho era o Cícero Pompeu de Toledo, na época presidente do São Paulo Futebol Clube. Como no Padre Chico tinha um aluno muito inteligente, formado em massagem, eu fui até a casa dele pedir um emprego para o rapaz no clube. Esse foi o primeiro emprego que eu consegui para um cego em uma empresa comum. Não era fazer vassoura, nem espanador. Eu tinha horror dessas coisas, porque era só isso que se fazia nas oficinas para cegos.

Em outra ocasião, nós fizemos um convite para a Helen Keller vir ao Brasil, e a American Foundation nos encarregou a organizar as visitas. Então, nós sugerimos uma palestra dela na Federação de Indústrias de São Paulo (Fiesp). Com isso, nós começamos a trabalhar com os Senais, primeiramente aqui em São Paulo. Nós cedemos um colaborador, Geraldo Sandoval, para a Fiesp, e ele fez um levantamento de todas as posições que os cegos poderiam ocupar com eficácia. Não por favor, sempre por competência. Foi assim que começou a colocação de cegos no mercado de trabalho por meio do Senai.

Filantropia: A fundação conta com o apoio de um grande número de voluntários. Qual o perfil dos colaboradores?

Dorina: Nós criamos o primeiro Centro de Reabilitação de Cegos da fundação, que depois foi evoluindo cada vez mais, porém, sempre contando com profissionais. Nós temos muitos voluntários, sim, mas eles estão aqui para facilitar o trabalho dos profissionais. Quem disser o contrário está mentindo.

Porque saiu numa revista que eram as voluntárias da fundação que ensinavam as crianças cegas a andarem sozinhas. Loucura! Nós nunca faríamos isso. Não que as voluntárias tivessem culpa, mas elas não estão aqui pra isso. Elas têm um trabalho maravilhoso na captação de recursos, nas demonstrações, nas feiras, na televisão, no escritório. Contudo, elas não têm nenhuma atividade profissional.

Aliás, todos os diretores da fundação, inclusive eu, somos voluntários. Isso também vale para o nosso diretor presidente. Em 1990, eu disse para os conselheiros que não queria mais ser presidente. Trabalhei mais meio ano, muitos diretores também pediram demissão e os cargos começaram a ser ocupados por profissionais, empresários ligados ao Terceiro Setor. Hoje, o diretor presidente voluntário é Alfredo Weiszflog, presidente do conselho de administração da editora Melhoramentos.

Eu tenho um amor imenso pela fundação, tenho confiança no que eu contribuí. Mas, eu não queria que, com a minha presença na presidência, a fundação deixasse de crescer como empresa. Hoje ela está cada vez mais com o perfil de uma empresa. Eu sou agora “dona Emeríta”, como eles caçoam de mim (risos). [Em alusão à função de presidente emérita vitalícia, que ocupa hoje]

Eu sabia que poderia ainda dar muito de mim, mas que era mais importante para a fundação, e para os cegos, principalmente, que o empresariado contribuísse. É preciso tarimba numa organização técnica, numa empresa, para que seja possível o desenvolvimento da mesma, acompanhando o desenvolvimento do país e do mundo. Apesar de ser “dona Emeríta”, eu continuo aqui, mas a cada três anos tem a eleição de um novo presidente, sempre escolhido entre uma pessoa do empresariado ligado ao Terceiro Setor. E o que esses dois presidentes que nós tivemos neste sistema, cada um deles com dois períodos, desenvolveu pela imprensa braile não está escrito. O que a fundação evoluiu como empresa é uma coisa maravilhosa.

Filantropia: A senhora acredita que a falta de profissionalismo seja um entrave para o crescimento do setor social brasileiro?

Dorina: Com certeza é a causa do atraso das entidades. Não só do atraso, mas do desaparecimento. Eu já vi aqui e em outros países organizações que desapareceram porque não se modernizaram, não aceitaram a contribuição de outros – que poderiam modificar a sua estrutura, como nós fizemos. Não é fácil você trabalhar com empresários. Mas, eu acho que o mais importante é a aceitação, a contribuição e o trabalho de equipe. É preciso que cada um reconheça o que o outro faz. É isso que garante o sucesso, o respeito mútuo, o respeito pelo saber do outro. Ninguém sabe tudo, e ninguém faz nada sozinho. Inclusive você precisa de pai e mãe para nascer. (risos)

Filantropia: Quais as dificuldades encontradas pelo deficiente visual na educação e no mercado de trabalho?

Dorina: Tudo aquilo que exige a visão, não é? Até o momento, eu não posso pilotar um avião. Mas será que eu não vou poder pilotar no futuro? Porque hoje se pilota com botões, e assim eu também posso aprender. Eu sofro muito com o computador, mas o cego precisa dominar a tecnologia. O destino é a facilidade.

A fundação está trabalhando nisso. Estamos analisando como trazer para a vida do cego cada um desses pequenos objetos que existem no dia-a-dia. Por exemplo, tem um equipamento que indica se a luz está acesa quando você o aponta para um abajur ou castiçal. Esse tipo de coisa já existe. Nos EUA é comum e custa muito pouco, mas nós não temos acesso no Brasil. Ainda é muito caro para a empresa comercial produzir esse tipo de equipamento, porque nós não somos um número tão grande se comparado ao todo. Você não fabrica milhões de equipamentos especiais como você fabrica milhões de colheres, por exemplo.

Outro trabalho da fundação neste sentido é o Centro de Memórias, que agora começou a trabalhar com os museus. Antes, você levava uma criança cega ao museu e ela só ouvia a explicação. Hoje, muitos museus nos EUA e na Europa já têm elementos para que a criança cega possa tocar sem preocupação. Isso é uma coisa que nossa legislação poderia fazer.

Assim como a nossa fundação está fazendo, em parceria com a USP. Uma de nossas técnicas, que é museóloga, está estudando, em todos os museus de São Paulo, quais as possibilidades de os cegos interagirem com as obras. Aí vale a pena você levar um grupo de cegos para conhecer o museu, porque nem tudo, mas muita coisa, você pode sentir.

Filantropia: Como a senhora classifica a legislação que trata do direito das pessoas com deficiência?

Dorina: Quer saber de uma coisa? Eu acho que a legislação não devia ser tão necessária. Porque é típico de brasileiro não cumprir a lei, não é? Eu não digo que no Brasil é assim, porque eu acho muito desaforo a gente classificar o nosso país. A gente deve tentar melhorar, mas é difícil. Agora, eu acho que o nosso governo e o nosso Legislativo precisam ter mais senso de responsabilidade.

As Nações Unidas têm um lema: “Um país só é realmente nação quando todos os seus cidadãos se sentem responsáveis pela felicidade e o bem-estar dos seus co-cidadãos”. Todos nós somos responsáveis por aqueles que nos cercam, em qualquer área da vida. Você vê as catrástofes naturais que vêm acontecendo. A gente sabe que não é impossível que um dia São Paulo vire praia e as outras cidades fiquem submersas.

Filantropia: De zero a dez, que nota a senhora daria para o Terceiro Setor brasileiro?

Dorina: Sem a participação do Terceiro Setor na sociedade, eu penso que o mundo não teria o mesmo sentido. E não é somente no Brasil. Eu não dou dez porque ainda não é perfeito. Mas tenho vontade de dar; já progrediu muito. Quando eu procurava uma pessoa para a diretoria da fundação, você acha que foi fácil? Hoje, se você não fechar a porta enche de gente. (risos) Quer dizer, evoluiu muito. Não é mais aquela coisa proibitiva, mas acho que para o dez ainda precisa pensar mais um pouco.

É assim que eu vejo o Terceiro Setor, pela experiência da fundação. Com toda nossa estrutura, como eu vou dizer que o Terceiro Setor não funciona? Aqui ele funciona. O nosso presidente, por exemplo, do mesmo jeito que ele se dedica à sua empresa, ele faz aqui na fundação. É o senso de responsabilidade social. Isso que o Terceiro Setor deve ter.

Dar dinheiro, destinar recursos são importante, mas, pra mim, mais importante ainda são aqueles que podem doar o seu tempo, conhecimento, know-how, capacidade. O mundo hoje é administração e gestão, não é? Aí se concentram as grandes forças. E é isso que as obras do Terceiro Setor precisam: gestão e administração, para poder progredir e absorver o que o mundo de hoje nos fornece de ciência e de conhecimento.


Fundação Dorina Nowill
www.fundacaodorina.org.br

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