Engana-se quem pensa que a maior dificuldade das ONGs é resolver problemas mundiais. Aliás, deveria ser. Mas, a maior dificuldade delas, na verdade, é arrecadar recursos para seus projetos sociais. E o crowdfunding vem como uma solução de custo baixíssimo, gerando resultados rápidos para esse problema. E mais, com o crowdfunding a ONG pode arrecadar fundos antes do período de maturação exigido pelo Governo, que é de dois anos (afinal, as ONGs possuem necessidades imediatas, não podem esperar dois anos!).
A palavra crowdfunding, traduzida ao pé da letra, significa ‘financiamento feito por uma multidão’. É quando várias pessoas resolvem se engajar em um projeto com o qual se identificam, ajudando a financiá-lo com seu próprio dinheiro. Não existe uma quantia fechada, cada um colabora com o valor que pode. Baseado na economia colaborativa, tem como fundamento a premissa de que, juntos, todos podem conquistar seus objetivos.
Dentre os diferentes objetivos de ONGs que criam campanhas de crowdfunding, destacam-se:
Geralmente, quando se arrecada fundos para uma causa nos métodos tradicionais, é preciso contratar uma equipe para gerenciar a campanha. No entanto, a plataforma de crowdfunding realiza todos os papéis: recebe e registra as contribuições feitas por você; contabiliza a quantidade já arrecadada e estima quanto ainda falta para alcançar o objetivo financeiro; algumas oferecem dicas e estratégias de divulgação; e, por fim, o site também registra os dados dos apoiadores da causa para o seu controle e para, eventualmente, ao final das arrecadações, retribuir quem doou com recompensas simbólicas.
Mas, as plataformas de crowdfunding tiveram de se adaptar para atrair as ONGs. O grande aumento de campanhas de crowdfunding de ONGs em 2014 foi resultado do surgimento da opção da campanha flexível, trazida pela plataforma da Kickante. Antes, no Brasil, só havia a opção de ‘campanhas tudo ou nada’, ou seja, a ONG só recebia o valor arrecadado se batesse ou ultrapassasse a meta estabelecida. Porém, sabemos que qualquer valor de doação é bem-vindo para as ONGs. Com a opção da campanha flexível, a ONG leva o que arrecadar, independentemente de atingir ou não a meta. Este é um diferencial que vem atraindo ONGs grandes, como Médicos Sem Fronteiras, mas também organizações pequenas. Segundo uma declaração do Médicos Sem Fronteiras, “escolhemos a plataforma da Kickante pois é mais focada em fundraising do que as plataformas de crowdfunding tradicionais, em que só há o processo de ‘tudo ou nada’. Qualquer valor é bem-vindo, não podemos perder as doações!”.
Outra vantagem do crowdfunding para projetos sociais é que as ONGs podem receber doações das mais diversas cidades do Brasil e do mundo – algumas plataformas já aceitam doações do exterior. Estes doadores nem saberiam da existência da instituição ou do projeto social se não fosse pela ferramenta, e isso contrasta com a teoria de que doadores e instituições precisam estar próximos, ou de que as instituições só devem arrecadar doações pela comunidade, ou de pessoas próximas. Aliás, esta dispersão geográfica talvez seja uma das características mais marcantes do crowdfunding. Quando o contribuidor se identifica com o projeto social realizado pela ONG, ele contribui e ajuda a transformar a vida de diversas pessoas.
Além disso, ao final da campanha de crowdfunding, algumas plataformas disponibilizam a lista de todos os contribuintes. Essas pessoas passam a fazer parte do mailing da ONG, o qual poderá ser utilizado em outras divulgações, fora da plataforma – antes de iniciar a sua campanha, certifique-se com a plataforma sobre esta funcionalidade. Por isso, é importante que a ONG trabalhe o relacionamento com estes doares, pois eles podem se tornar fiéis a Instituição.
Este é um mercado que está em pleno crescimento no Brasil, e já há novidades sendo lançadas. Uma delas é o Clube de Contribuição Mensal, pelo qual as ONGs podem arrecadar doações continuamente para seus projetos sociais. Elas criam um campanha com as mesmas configurações de uma campanha de crowdfunding comum, mas podem arrecadar de forma recorrente. Esta é uma opção que pode ser realizada após uma campanha de crowdfunding normal, pois já houve uma divulgação prévia da ONG, do projeto social e de suas necessidades.
Outra novidade lançada recentemente é o Kick Solidário. Neste caso, o contribuidor se torna um voluntário digital e pode criar uma campanha de crowdfunding para arrecadar fundos para uma ONG de que goste. A plataforma já possui o cadastro prévio de dezenas de ONGs, e todas as doações vão diretamente para a Instituição escolhida pelo voluntário. Se você se identifica com algum projeto e deseja mudar a vida das pessoas, esta é uma ótima oportunidade!
2014 foi o ano em que o Terceiro Setor realmente passou a conhecer o crowdfunding e todas as suas vantagens. Também foi o ano em que recordes de arrecadação foram batidos. A campanha #Torcida MSF, para o Médicos sem Fronteiras, foi a maior arrecadação em crowdfunding para entidades de terceiro setor no país – um total de R$ 143.263,00, em 2.698 contribuições. A segunda maior arrecadação para o Terceiro Setor, a campanha Artic Sunrise, para a recuperação do navio do Greenpeace, arrecadou R$ 106.225,00, em 1.841 contribuições.
Para este ano, a tendência é que mais ONGs utilizem o crowdfunding para viabilizar projetos sociais, e também que as plataformas inovem para se adaptar cada vez mais às necessidades do Terceiro Setor. Mas, é realmente positivo saber que as ONGs podem diversificar as maneiras de arrecadar recursos. O sucesso do crowdfunding para o Terceiro Setor mostra que a população está ao lado da ONG, e não quer que projetos sociais fiquem somente no papel: eles querem ajudar a transformar a sociedade!
www.kickante.com.br
Imagine como seria maravilhoso acessar uma infinidade de informações e capacitações - SUPER ATUALIZADAS - com TUDO - eu disse TUDO! - o que você precisa saber para melhorar a gestão da sua ONG?
Imaginou? Então... esse cenário já é realidade na Rede Filantropia. Aqui você encontra materiais sobre:
(certificações, prestação de contas, atendimento às normas contábeis, dentre outros)
(remuneração de dirigentes, imunidade tributária, revisão estatutária, dentre outros)
(principais fontes, ferramentas possíveis, geração de renda própria, dentre outros)
(Gestão de voluntários, programas de voluntariado empresarial, dentre outros)
(Softwares de gestão, CRM, armazenamento em nuvem, captação de recursos via internet, redes sociais, dentre outros)
(Legislação trabalhista, formas de contratação em ONGs etc.)
Isso tudo fica disponível pra você nos seguintes formatos:
Saiba mais e faça parte da principal rede do Terceiro Setor do Brasil: