Cooperativismo,economia solidária e software livre

Por: Revista Filantropia
01 Dezembro 2005 - 00h00

Com a revolução tecnológica, surge uma nova concepção de cooperativismo, fazendo-se necessária a revisão dos esquemas de geração de trabalho

No Brasil e no globo ainda não foi realizada a verdadeira proposta do cooperativismo de organizar o capital sem dano ao social. O surgimento dessa proposta foi durante a predominância do capitalismo em uma crise socioeconômica. Atualmente, estamos vivendo a mesma época em que o regime capitalista tira partido de tudo para dominar a humanidade, que passa por miséria e desemprego,
sem defesa desse poder econômico.

O cooperativismo surgiu com muitas outras sugestões ainda atuais. Além de ter uma presença forte para a organização socioeconômica, chegou a prever as etapas do desenvolvimento futuro, com possibilidade de vitória devido aos seus princípios ativos. Os pioneiros diziam: “Todos que trabalharam e contribuíram na formação da riqueza deviam ter parte na distribuição”. Outro problema levantado era resolver o desemprego, por meio das indústrias criadas pelas cooperativas de consumo. Até hoje não se encontrou o meio de superar a dificuldade de organizar o mercado de trabalho devido à manutenção do modelo de empresa seguido pelo capitalismo.

Que soluções as empresas têm trazido para organizar o socioeconômico? Nem as cooperativas têm feito isso, pois mantiveram os mesmos modelos mantidos pelo capitalismo. Um programa completo tendo como base os princípios teóricos e as regras práticas da organização e do funcionamento sempre foi uma das grandes revoluções aos sistemas socioeconômicos, em que as idéias e as realizações são inseparáveis. A participação no lucro da empresa foi um dos princípios cooperativistas, graças aos maus resultados nas empresas capitalistas e do problema da organização do mercado de trabalho. Porém, a repartição eqüitativa do lucro e o problema do trabalho não foram resolvidos, inclusive, nas empresas industriais criadas pelas cooperativas de consumo.


A era da informação

Agora, na terceira revolução industrial e tecnológica, a do computador, cria-se uma nova concepção e adaptação à geração de trabalhos pelos meios de comunicações, com a internet e a iTV (TV virtual), entre outros. A liberdade é por meio do software livre; e uma empresa é um modelo que deve pertencer à sociedade para resolver o problema do desemprego e distribuir renda entre todos, fixando o homem em seu local de trabalho, com respeito a sua geopolítica e em desenvolvimento dos recursos humanos, uma vez que todos são cooperadores/donos e usuários do capital.

Os princípios cooperativistas podem contribuir na organização socioeconômica, mas precisam ser criadas novas regras práticas, para a autonomia na organização e o funcionamento das empresas. Entretanto, examinam-se cuidadosamente para uso útil em um software livre, com planejamento e programações para compartilhar os recursos humanos, materiais e econômico-financeiros, em benefício de todos.

É uma moderna ferramenta que deve pertencer a todos, mas é necessário que se apresente com novas associações de idéias à fraternidade e igualdade. Por outro lado, precisa dar outra direção para a interdependência entre os meios tecnológicos, via software livre e o mercado interno, em respeito à geopolítica, a fim de organizar a mão-deobra e gerar trabalho. Essa é a verdadeira revolução/evolução socioeconômico.

O software livre faz uma interdependência com o mercado interno de cada país, por meio de um moderno Federalismo em ação global, para que pertença à humanidade. Apesar de estar dentro de um entendimento da época atual, precisa ser revisto para que o cooperativismo possa integrar o social com o econômico de maneira clara e transparente. A preocupação é de apresentar aspectos modernos que possam conduzir as efetivas mudanças, no sentido de satisfazer as necessidades humanas.


O conceito de “iempresa”

A sociedade precisa se organizar para compartilhar as formas de solidariedade social. Na moderna tecnologia, a do computador, precisa acompanhar as necessidades humanas, implementando decisões adequadas aos seus diversos níveis. Despertando para as novas técnicas, o desenvolvimento será delineado conforme a realidade existente, de baixo para cima, em beneficio de todos e não de poucos. Nesta era da globalização, todos indistintamente serão atingidos.

O que parecia indispensável era que o cooperativismo adquirisse uma identidade, para que os objetivos fossem atingidos. O modelo por si só não era suficiente, era preciso encontrar um sistema que tornasse viável a sua atuação no mundo moderno. Uma nova empresa capaz de trazer discernimento à situação presente, criando uma possível consciência social signifi cativa. A “iempresa” é o meio de implementar as novas regras, por meio do software livre, para gerar trabalho em um novo modelo socioeconômico, com autonomia na organização e distribuição de renda. Uma questão simples que pode organizar um meio de compartilhar e cooperar para organizar a mão-de-obra.

O problema da organização do patrão/consumidor não foi resolvido, o mercado de consumo, a produção e a geração de trabalho, porém, buscam solucioná-los na “iempresa”. Ao organizar necessidades, interesses e reivindicações, o modelo torna de forma transparente a maior produção da humanidade: a informação. É a heterogeneidade na homogeneidade. O mercado financeiro passa a ser regulamentado pelo humano sistema de equilíbrio, que é o controle democrático da produção, pela cooperação, de baixo para cima, para adaptar os indivíduos às transformações constantes da sociedade.

Segue uma Revisão dos Princípios Cooperativistas, em que se criam sugestões com novas regras aos universais princípios:


Adesão livre

A adesão é livre, mas tem como suporte um estudo anterior no mercado, a fim de organizar o processamento das novas regras para estabelecer a simbiose socioeconômica e formar os valores prefixados em eqüidade A/B/C/D, via software livre.


Controle e gestão democrática

O controle democrático se fortalece pelo mesmo nível de decisão em horizontalidade entre todos os cooperados/donos, em uma dinâmica gestão administrativa e democrática, por meio de novas regras e fixação do homem em seu local de trabalho.


Participação econômica dos sócios

A cooperação econômica é feita em simbiose socioeconômica via software para estabelecer as bases dos cooperadores/donos, prefixando os valores A/B/C/D e organizando o capital associado ao trabalho.


Autonomia e independência

A autonomia na organização da “iempresa” em seu funcionamento é em interdependência socioeconômica. Inverte-se o papel das empresas pela autonomia, pois, ao ficarem independentes da interferência estatal, passam a colaborar com o Estado na independência socioeconômica do país.


Educação, treinamento e informação

Organiza a educação, o treinamento e a informação por meio de valores sociais, para formar seus recursos humanos. O sistema de informação solidário é em cooperação social, e compartilha os recursos humanos em desenvolvimento do capital produtivo.


Intercooperação

Organizar a “iempresa” em semi-integração, cooperação, integração e interação para interligar e suprir todas as necessidades, as reivindicações e os interesses dos cooperadores/donos de baixo para cima. Porém, precisa unir a organização técnica de uma extremidade a outra, ou melhor, de uma pertinência da necessidade de um indivíduo em interação e relevância do globo, via software livre. Entretanto, precisa de uma governança na internet.


Preocupação com a comunidade

Tem como saída o sistema de informação solidário para suprir todas as necessidades, gerando trabalhos, uma vez que todos devem trabalhar para viver bem. Organiza o valor da moeda preestabelecido, prefixado e pós-fixado A/B/C/D.

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