Construindo relações fortes e duradouras

Por: Felipe Mello, Roberto Ravagnani
01 Novembro 2003 - 00h00

A organização social catarinense CVM completa 25 anos de existência, comemorando o atendimento de milhares de pessoas e com muitos projetos para o futuro

“... tudo começou em uma casa pequena e alugada, possibilitando atendimento a 22 crianças na educação infantil,a nossa creche”

Completar bodas de prata nos dias modernos é motivo de muita festa, especialmente quando o casamento passou por diversos desafios e momentos de provação. A celebração deve ser ainda maior se o resultado do matrimônio for valioso. Trata-se dos 25 anos de existência da CVM – Creche e Orfanato “Vinde a Mim as Criancinhas”, entidade filantrópica com sede em São José, Santa Catarina. E a comemoração é muito pertinente, uma vez que o casamento entre a organização e a comunidade catarinense é motivo de orgulho para muitos que por ali passaram e tiveram a própria vida transformada para melhor.

O início e as atividades

A CVM foi fundada no dia 1º de novembro de 1978, tendo como principal objetivo apoiar crianças e adolescentes abandonados e em situação de risco. Assim se iniciou o trabalho e outras atividades foram criadas, atendendo à demanda de seu município e de tantos outros, que começaram a enxergar na CVM um ponto de solução. Hoje a instituição mantém um orfanato, uma creche, uma pré-escola, uma escola profissionalizante, um centro de recuperação para adolescentes dependentes químicos, além de promover a distribuição de cestas básicas, roupas e outros itens de necessidade básica. Cada uma das áreas expostas tem estrutura formada e em constante aprimoramento, fazendo o atendimento ganhar em qualidade com o passar do tempo. Para tanto, o desenvolvimento de novas parcerias é sempre necessário e bem-vindo. A CVM ainda oferece às crianças, jovens e idosos carentes assistência médica, odontológica e farmacêutica, sempre dentro de uma política de gratuidade total, democratizando o acesso à educação, cultura, lazer, bem-estar e saúde.

Segundo Artur Feijó, diretor geral da entidade, “tudo começou em uma casa pequena e alugada, possibilitando atendimento a 22 crianças na educação infantil, a nossa creche”. Nesse período, todos os custos da instituição eram supridos pelos próprios fundadores. A motivação partiu de Dona Jandira, que realizava um trabalho de evangelização e tinha percebido a carência da comunidade local.

Hoje, a organização já atendeu a mais de 7 mil pessoas e é declarada de utilidade pública pelos governos federal, estadual e municipal em São José, Biguaçu e Palhoça. É ainda registrada no Conselho Nacional de Assistência Social e possui o Certificado de Fins Filantrópicos, sendo também registrada nos conselhos municipal e estadual, tanto da Criança como da Assistência Social.

A prioridade da entidade

A CVM oferece atendimento gratuito a variados perfis de necessitados, porém, a atividade prioritária é a educação infantil, que atende à faixa etária de 0 a 3 anos em creche desde o berçário e a crianças de 4 a 7 anos em pré-escola. E os resultados alcançados mostram que não há conflito de interesses ao se trabalhar com públicos diferenciados, desde que haja investimento na estrutura e uma missão que alinhe todos os esforços.

Em 1996, a organização apostou em uma nova estratégia de atuação na área de educação infantil, chamando para o grupo uma pedagoga com pós-graduação, especializada no assunto e com 20 anos de expe­riência em instituições de renome nacional. A nova profissional juntou-se à equipe para trazer diferente forma de pensar e agir. Houve certa transição no enfoque, o que acelerou o processo de adaptação iniciado com a aprovação do ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente. Uma das características marcantes do novo momento foi a integração com a direção da instituição, já que treinamentos mensais começaram a ser efetuados. Assim, o senso de equipe ganhou força, promovendo melhores resultados finais. A visão educacional nessa faixa etária tende a progredir ainda mais com a formação dos monitores que estão no quadro e dos que a ele estão se integrando. Tal avanço conquistado pela CVM prova que o investimento em profissionais de qualidade é fundamental para a melhoria da qualidade das atividades.

Outras frentes de trabalho e a captação de recursos

Além do atendimento às crianças, a entidade dedica esforços a muitos outros públicos. Dentre eles, destacamos o orfanato e a profissionalização de adolescentes. O primeiro recebe crianças que aguardam por adoção e, para que o processo não seja muito lento, a organização auxilia na busca por famílias interessadas, estimulando o cadastro junto ao fórum, responsável legal pelos trâmites. A instituição desenvolve ainda cursos profissionalizantes para jovens, como uma marcenaria-escola, um laboratório de datilografia, uma padaria-escola, uma lavanderia industrial, uma gráfica-escola e um laboratório de informática com computadores atualizados. Feijó acredita que “facilitando o acesso dos adolescentes carentes a uma profissão, é possível mudar as perspectivas de vida deles”.

Não é segredo que a captação de recursos é um dos principais combustíveis de qualquer entidade. O diretor geral da CVM esclarece que, com 25 anos de atuação, o “trabalho já tem seu nome consolidado em muitos municípios e, por esse fato, conta com percentual de mantenedores, tanto de pessoas físicas como jurídicas, que ajudam mensalmente”. Fora essa fonte, Artur completa ao informar que “a maior parte dos recursos financeiros vem do Projeto Viva Criança pela gráfica Elshadai, empresa criada pela CVM como forma de geração de capital, tendo 100% do lucro repassado para a manutenção da instituição”. Os resultados comprovam que a correta utilização dos recursos é sentida na ponta, já que, mesmo com orçamento limitado, a organização tem conseguido superar o número de atendidos previamente planejado. Buscando dar transparência às atividades, o balanço social e financeiro é divulgado anualmente em uma revista interna, além de jornais externos, como o Diário Oficial do Estado de Santa Catarina e O Estado.

Voluntariado e ampliação dos projetos
Segundo Feij

Os resultados comprovam que a correta utilização dos recursos é sentida na ponta, já que, mesmo com orçamento limitado, a organização tem conseguido superar o número de atendidos previamente planejado

Olhando para o futuro, a direção da entidade elege como principal desafio o equilíbrio entre as receitas e despesas, mantendo firmes os pilares atuais e lançando novos alicerces. É necessário finalizar a ampliação da comunidade terapêutica que oferece atendimento a meninos com dependência química, assim como o orfanato que abriga meninas encaminhadas pelo conselho tutelar. Em busca das bodas de ouro, ou seja, da continuidade do casamento organização-comunidade, Artur esclarece que há um processo de reciclagem periódico, oferecendo treinamento aos colaboradores e buscando a qualificação e aperfeiçoamento de cada profissional que atua na entidade.

Os números da CVM
– 25 anos de atuação
– 7 mil pessoas atendidas
- 1 mil voluntários já desenvolveram atividades

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