Em tempos de pandemia, o Terceiro Setor vem demonstrando a sua força nas ações em busca de qualidade de vida, combate à fome, respeito à diversidade e muitas outras. O trabalho sobre-humano dos voluntários vai desde construir, arrecadar produtos, cozinhar e entregar alimentos, roupas e comunicar. Sim! A comunicação solidária aos poucos vai fazendo muito. No Primeiro e Segundo Setores, desde 2012, com o aprimoramento do Marco Legal do Terceiro Setor, tanto as empresas como o governo vêm promovendo o voluntariado corporativo e as organizações apresentam resultados em prol dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
Ou seja, o voluntário é o elo que faz acontecer, seja apoiado por uma Organização da Sociedade Civil (OSC), seja pelo Indivíduo Não Governamental (ING), que é o cidadão indignado com o descaso humanitário, que coloca a mão na massa para ajudar, apoiar e transformar a sociedade em que vivemos.
Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU, resumiu bem o significado do desenvolvimento humano quando falou sobre a qualidade do futuro resultante das atitudes do presente — e que essas atitudes só poderiam ser tomadas por meio do conhecimento.
Eu realmente acredito nisso. Acho que transformar informação em conhecimento, transmitir esse conhecimento e colocá-lo a serviço de causas sociais deve ser a maior realização de qualquer estudante, professor e profissional de comunicação. Conciliar essas atividades é uma ideia que me move desde a adolescência — que foi quando senti que havia alguma conexão entre “conhecimento, comunicação e futuro”. Desde então, a Comunicação Social é a minha paixão.
Há 20 anos, já especializado em Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Marketing — vivendo por muitos anos no mundo da comunicação corporativa em agências de propaganda, anunciantes, veículos de comunicação —, cheguei ao mundo acadêmico. Assim conheci o Centro Universitário Armando Alvares Penteado. Meu coordenador de curso na ocasião, professor Edson Gardin, me ensinou algo que muito contribuiu para a minha realização profissional e como cidadão. Ele disse: “nós envelhecemos a cada ano, mas os nossos alunos não”. E isso é ótimo. Essa carga crescente de questionamentos, somada a um grande interesse em ajudar, nos movimenta em direção à reinvenção e à inovação.
Atuo no Primeiro, Segundo e Terceiro Setores, mas foi no mundo acadêmico, ao assumir a responsabilidade de ensinar, que percebi a importância de me relacionar com as outras disciplinas — as específicas e as de humanidades — para atender ao cidadão estudante.
A tecnologia vem nos possibilitando uma nova forma de aprender e de ensinar. O custo da comunicação não é mais determinado pela distância, como explicou a professora doutora Margarida Kunsch, em sua palestra “Novos tempos e o fim das distâncias”.
Pequenos globais, grandes locais — pequenas empresas de alcance global; grandes empresas se especializando no domínio de localidades, além de atuar globalmente; convergência entre TV, celular e internet. Possibilidades diversas de informação personalizada. Competitividade forçando a redução dos custos — e retorno proporcional ao alcance do negócio. Valorização do capital humano, do profissional especializado. Transformação de residências em estações de trabalho. Cidades, ao mesmo tempo, abrigando centros culturais e sendo palco de choques culturais. Inglês como idioma padrão. Acontecimentos em um canto do mundo afetam com grande intensidade os demais pontos do globo — e a interdependência força as negociações pela paz e pela democracia entre os países.
E uma grande massa de excluídos, sem acesso à informação — em um mundo em que informação é sinônimo de liberdade. Para os incluídos, aqueles que têm informação correta, na hora certa, o poder de decisão nas mãos. Em outras palavras, sociedades virtuais com grande poder de influência política, cultural, econômica. Ampla difusão de ideias e culturas, com o acesso a qualquer conteúdo, a qualquer hora, em qualquer lugar. Interação maior com as mídias — conteúdo personalizado etc. Comunidades de lazer e conveniência — subdivisão social de acordo com interesses específicos para atividades de interesse mútuo.
Como lidar com tudo isso? O futuro está em cada um de nós. Será conjugado de acordo com nossos interesses e nossas necessidades. Cabe a cada um contribuir com um futuro ético, verdadeiro e justo.
Essa dinâmica reforça minhas ideias expostas no livro “O papel do educador na era da interdependência”. Conforme explico na abertura, eu queria muito pensar as relações humanas entre educadores, alunos e profissionais de comunicação e mostrar como é possível resgatar valores essenciais para a construção de uma comunicação ética e solidária.
Na universidade, meu desafio é o de um empreendedor social que, a cada semestre, tem de motivar os alunos e gerar projetos que os incentivem a criar produtoras experimentais que contribuam para o trabalho das OSCs, como um exercício que reúne cidadania, empreendedorismo e o estudo da comunicação. Ou seja, conhecimento, comunicação e futuro!
No projeto Transform(ação), possibilitamos aos alunos exercer uma cidadania participativa, ao mesmo tempo em que promovemos o desenvolvimento do Terceiro Setor, área que carece muito de apoio. Essa é uma forma de fomentar o empreendedorismo social entre os estudantes, uma vez que são criadas agências experimentais para acolher essas causas. Em dezembro, entregamos mais três projetos. Isso é muito gratificante! Para chegar ao resultado — a campanha de comunicação que dá visibilidade à causa —, eles tiveram de pesquisar, se aproximar e entender melhor os problemas sociais e qual o papel da comunicação na agenda de soluções.
Nossos alunos já estão pensando, criando e fazendo comunicação para a sociedade!
Os projetos foram criados para: Banco de Alimentos, Catalyst 2030 e Instituto Velho Amigo.
O projeto Transform(ação) foi criado para ampliar as discussões e reflexões entre a academia (alunos e professores), os parceiros internos, como a FAAP Social, FAAP Business Hub, Agência Oboé de Comunicação, FAAP Eventos, e os departamentos de Rádio, TV e Internet da FAAP.
Os vídeos produzidos pelos alunos podem ser visualizados nos links abaixo:
Catalyst
https://www.instagram.com/produtorapprove/tv/CXML3k5jUne/?utm_medium=copy_link
Instituto Velho Amigo
https://www.instagram.com/agenciatri_/tv/CXMEWCRpO5Y/?utm_medium=copy_link
Banco de Alimentos
https://www.instagram.com/agc.integra/
Imagine como seria maravilhoso acessar uma infinidade de informações e capacitações - SUPER ATUALIZADAS - com TUDO - eu disse TUDO! - o que você precisa saber para melhorar a gestão da sua ONG?
Imaginou? Então... esse cenário já é realidade na Rede Filantropia. Aqui você encontra materiais sobre:
(certificações, prestação de contas, atendimento às normas contábeis, dentre outros)
(remuneração de dirigentes, imunidade tributária, revisão estatutária, dentre outros)
(principais fontes, ferramentas possíveis, geração de renda própria, dentre outros)
(Gestão de voluntários, programas de voluntariado empresarial, dentre outros)
(Softwares de gestão, CRM, armazenamento em nuvem, captação de recursos via internet, redes sociais, dentre outros)
(Legislação trabalhista, formas de contratação em ONGs etc.)
Isso tudo fica disponível pra você nos seguintes formatos:
Saiba mais e faça parte da principal rede do Terceiro Setor do Brasil: