Captação de recursos para projetos na área esportiva e a utilização de incentivos fiscais

Por: Ader Assis Jr.
01 Maio 2010 - 00h00

Sempre ouvi falar que o Brasil é o país do futuro. Daí surgiram teorias, movimentos e siglas que caracterizam o potencial de nossa nação. Somos comparados a países como China, Índia e, até mesmo, alguns países europeus. Realmente, o Brasil vive uma das melhores fases de sua história, com uma expectativa de desenvolvimento de longo prazo muito forte. Alguns chegam a afirmar que a questão da pobreza extrema será totalmente solucionada até 2016. Diante de tantos avanços e pesquisas, será que podemos realmente dizer que o futuro chegou?

Bem, pensar o desenvolvimento brasileiro na atualidade é um enorme desafio. Há alguns anos, movido pelo sonho de um futuro melhor, o Brasil começou a dar alguns passos em direção ao desenvolvimento. Afinal, um país rico, desenvolvido, com justiça social, sempre foi o desejo dos brasileiros. Ainda temos muitos problemas para serem resolvidos internamente. Todos sabem que o Brasil ainda necessita de investimentos sociais por apresentar uma das maiores desigualdades de renda do mundo. A boa notícia é que esse tema tem ganhado relevância junto à sociedade e tem estado cada vez mais presente na agenda de diversas empresas e indivíduos.

Recentemente, o Grupo de Institutos Fundações e Empresas (Gife) anunciou a Visão do Investimento Social Privado para 2020. “Embora seja um material ainda em construção, a Visão já deixa claro quais são os desafios, as principais linhas de ação e os indicadores propostos para o aprimoramento e expansão do setor no Brasil”, comentou Fernando Rossetti, secretário-geral do Gife. Além do enfoque tradicional de legitimidade social e relevância do setor, que se traduzem no desafio da transparência e na busca de indicadores de impacto e gestão que norteiam estrategicamente o investimento social privado, a Visão 2020 lança dois novos desafios: a abrangência e a diversificação de fontes financiadoras do Terceiro Setor.

A abrangência tem foco não só na concentração do investimento no Sudeste e no Sul do Brasil, mas também nas temáticas mais consensuais e menos polêmicas, como educação, saúde, cultura e juventude. Deixa alguns assuntos e públicos descobertos. Como resposta a esse desafio, surge a necessidade de ampliar a prática de doação e diversificar as estratégias de mobilização de recursos. Assim, torna-se fundamental fomentar um ambiente mais propício à diversificação de fontes financiadoras da área social, incluindo a sociedade civil e indivíduos nesse contexto. Em países desenvolvidos, onde a filantropia é madura, 80% dos investimentos do Terceiro Setor vêm de indivíduos, famílias e organizações independentes. Apesar da escassez de dados sobre os níveis de doações no Brasil, apenas 15% do setor social é financiado por indivíduos e famílias, o que demonstra um potencial de crescimento enorme.

Enquanto alguns alertam para a falta de cultura de doação, prefiro acreditar na ausência de investimento para o desenvolvimento das atividades de mobilização de recursos, incluindo investimento em capacitação e infraestrutura necessária para o crescimento do Terceiro Setor. Para agravar o quadro, há grande desinformação. Fale para um brasileiro que você trabalha na área social e muitos deles não terão nenhuma ideia do que você faz. Muitos ainda pensam que as atividades desenvolvidas pelas organizações da sociedade civil devem envolver apenas o voluntariado, e quando se fala em fazer uma campanha, a primeira ideia que surge é a de “passar a sacolinha”, ou fazer as famosas campanhas do agasalho, do brinquedo ou do quilo. Se você tentar usar siglas como ONG, CPA, ROI, ou falar da área social, as pessoas vão pensar que estamos falando de algo de outro mundo. Entretanto, o Brasil possui grandes potencialidades de desenvolvimento e dispõe de capacidades consideráveis, se observarmos alguns movimentos e indicadores recentes.

O Brasil é considerado um dos países em desenvolvimento com crescimento mais rápido. Tem se tornado um dos mais atraentes mercados de mobilização de recursos em todo o mundo – esse mercado tem chamado a atenção de várias organizações e organismos internacionais. O reposicionamento de muitas organizações, como Unicef, ChildFund Brasil e Instituto Ayrton Senna, e a entrada de outras organizações no mercado brasileiro, como a ChristianAid e, mais recentemente, a Save the Children, trará uma revolução, uma vez que tais organizações começam a inovar e lançar novos produtos no mercado. Há também um número de organizações brasileiras, como o GRAACC e a Fundação Semear, que estão buscando profissionalmente o financiamento de seus programas, com um especial interesse em implementar ações que mobilizem indivíduos (pessoas físicas) em sua estratégia de marketing.

Com toda a diversidade étnica, o Brasil representa cerca de um terço da população da América Latina e, em 2010, deve manter a oitava posição entre as principais economias do mundo, com o PIB alcançando US$ 2 trilhões. Em apenas quatro anos, o PIB brasileiro passou de US$1 para 2 trilhões, e até o final da década deve dobrar novamente. Das 500 maiores empresas globais, 420 possuem operações no Brasil, o que revela a dimensão do mercado brasileiro, assim como seu verdadeiro potencial.
Uma vez que a busca por parcerias de diversas naturezas se torna necessária e importante para o crescimento do setor, a profissionalização desses processos é o passaporte para uma aproximação mais efetiva com os potenciais doadores. Essa não é uma ideia recente; mobilizar e diversificar recursos sempre foi uma preocupação presente no Terceiro Setor. Entretanto, as organizações ainda precisam reconhecer que terão de investir no processo de ensaio e aprendizagem por meio da experiência – learning by doing. A experiência e a capacitação geradas a partir do processo de teste e inovação serão cada vez mais importantes para tornar esse processo mais profissional, e as novas alternativas que têm surgido na atualidade mostram grandes oportunidades na área.

Mobilizar recursos não é um evento, mas um processo que valoriza o exercício da liberdade de comprometimento e participação de todos os atores da sociedade civil, partindo de seus talentos e capacidades pró-ativas, de forma que estes se tornem corresponsáveis pelas atividades sociais da organização. O objetivo é obter a confiança dos atores envolvidos e construir relacionamentos fortes e duráveis, de modo que saibam que vale a pena investir e apoiar o seu trabalho, suas ações, propostas e ideias.

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