Cantor Daniel doa seu talento para promover o bem e apoiar diversas causas sociais
Quando nasceu em Brotas, no interior de São Paulo, em 1968, José Daniel Camillo não sabia o que a vida lhe reservaria. Mesmo assim, já aos 8 anos de idade ganhou um presente que o levaria para este caminho: um violão, dado seu pai quando percebeu a paixão de seu filho pela música. O nome de carreira ficou conhecido como Daniel e, em 1980, formou uma dupla sertaneja com João Paulo. Em 1997, com a morte do parceiro, Daniel decidiu seguir carreira solo com o apoio de parentes e amigos.
O artista já foi premiado quatro vezes como melhor cantor do Brasil, pela Rede Globo, e já recebeu o prêmio SBT Internet em 2004, 2007 e 2008. Em 2009, Daniel recebeu o Grammy Latino, com o álbum “As músicas do filme O Menino da Porteira”. Em toda a sua carreira, Daniel lançou oito CDs pela dupla João Paulo & Daniel, 17 CDs na carreira solo e cinco DVDs. Ao todo, acumula mais de 13 milhões de discos vendidos.
Com sucesso inegável na carreira artística, o cantor também é ligado a diversas ações sociais. Recentemente foi condecorado com o título de embaixador da Apae de Porto Alegre, que prevê a escolha de uma personalidade pública que tem como missão, entre outras cosias, divulgar as campanhas e ações desenvolvidas pela instituição. Em outubro, o cantor apoiou outra organização – Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual –
por meio de show beneficente cujos recursos serão revertidos para a instituição.
Em entrevista à Revista Filantropia, o cantor fala sobre seu engajamento social e a importância do Terceiro Setor para o desenvolvimento social.
Revista Filantropia: Para você, sendo um artista de grande visibilidade na mídia, qual é a importância de se engajar em causas sociais?
Daniel: Na minha opinião, ajudar outras pessoas é um grande prazer. Acho que ter como contribuir de alguma forma com causas importantes, que de fato fazem a diferença na vida das pessoas, é como revigorar a alma!
RF: Como começou sua parceria com a Laramara?
Daniel: Recebemos o convite para participar e, após conhecer o trabalho realizado pela instituição, não poderíamos ficar de fora desta iniciativa. Sempre costumo dizer que, se muitos de nós fizermos pouco, conseguiremos fazer grande diferença no final.
RF: Você também já participou do Criança Esperança e outras iniciativas do tipo. Na sua opinião, qual é o impacto causado por este tipo de ação, que envolve vários artistas?
Daniel: Independentemente do projeto, porque costumo participar de muitos diferentes, se o resultado chegar realmente à vida das pessoas, vale muito – não tem preço. Não se trata de ir atrás de holofotes ou reconhecimento por isso. Queremos doar o que recebemos, ou seja, talento e exposição na mídia, para uma ou várias causas maiores. Todos os projetos nos quais estou engajado são sérios e comprometidos com a assistência às pessoas que precisam de ajuda de diversas naturezas. Para mim é um privilégio poder utilizar o que eu sei fazer para ser parte de tantas iniciativas positivas.
RF: Na sua opinião, entre as tantas necessidades que o país ainda tem em termos de desenvolvimento social, qual seria o problema mais urgente a ser resolvido?
Daniel: Sempre tive consciência de que a educação é a base de tudo. Com tantas coisas a serem melhoradas, é difícil eleger por onde começar, mas diria que um povo que tem educação pode conseguir algumas soluções por si próprio, ter mais autonomia.
RF: O que você espera do futuro do país, em termos de desenvolvimento social, para os próximos anos?
Daniel: A gente sempre espera que as coisas melhorem, é claro. Gostaria que houvesse menos desigualdade social, mais acesso à educação e à cultura, pois dessa forma o país sentiria o progresso em todos os sentidos. Não podemos perder as esperanças e devemos fazer a nossa parte continuamente para que isso aconteça, começando sempre ao que está ao nosso redor, ao nosso alcance.