O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) lançou nesta segunda-feira (21/11) a edição 2017 do “Guia dos Bancos Responsáveis (GBR)”, estudo que avalia as políticas socioambientais de crédito e de investimento declaradas pelos oito maiores bancos brasileiros em total de ativos – Banco do Brasil, Bradesco, BTG Pactual, Caixa, Itaú, Safra, Santander e Votorantim.
No total, foram avaliados 17 temas, sendo três novos: Setor Imobiliário e Habitação, Inclusão Financeira e Direitos do Consumidor. Essas temáticas aproximam a avaliação das políticas dos bancos aos consumidores, conforme avalia a economista do Idec, Ione Amorim. “No entanto, o que constatamos é que os bancos não avançaram nas políticas de investimentos baseados nas declarações públicas de adesão aos compromissos de pactos globais, o que aumenta os riscos socioambientais”, esclarece.
Como na edição anterior, as instituições financeiras tiveram um melhor desempenho em temas como Direitos Trabalhistas, Meio Ambiente e Inclusão Financeira, atingindo notas médias acima de 5, em uma escala de 0 a 10. Em seguida, vem Direitos Humanos e Direitos do Consumidor, com média 3,7. Em contrapartida, há diversos temas setoriais em que a pontuação é muito ruim, mesmo diante de sua relevância para o contexto nacional. Entre eles: Setor Imobiliário e Habitação, Mudanças Climáticas, Óleo e Gás, Geração de Energia e Mineração, por exemplo, cujas médias atingem no máximo 3.
Desempenho
Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander tiveram médias semelhantes entre si, com pequena vantagem para o Santander em função de políticas globais que cobrem riscos em diferentes setores, como armas.
Com os piores resultados na avaliação, BTG Pactual, Safra e Votorantim, os dois últimos não analisados pelo GBR nas edições anteriores, precisam deixar mais claro como incluem as questões socioambientais à análise e acompanhamento das operações de investimentos.
Fonte: Idec