Alfabetização: Instrumento De Inclusão Social

Por: Agenor Basso
07 Julho 2015 - 15h03

rf72 33Circunstâncias

As circunstâncias da nossa existência fazem com que, ao  nascermos, estejamos inseridos em um contexto físico, social,  econômico e cultural em alguma parte do nosso globo terrestre.  Já ao nascer todos os sentidos da criança agem voltados para  que nos adaptemos ao novo e difícil ambiente, pois que a busca  pela sobrevivência é um fato natural. Todavia, se os sentidos  procuram a inclusão, as circunstâncias econômicas, sociais ou  culturais podem formar barreiras que, separadamente ou em  conjunto, excluem o indivíduo, marginalizando-o e tornando-o  um verdadeiro pária social, à mercê, normalmente, de situações  negativas e que, somente através de canais-de-ajuda, poderão  tirá-lo daquela condição.

Ação Da Criatividade Humana

Desde os primórdios da nossa existência, os humanos vêm  criando instrumentos para melhorar a vida, facilitar o trabalho,  ter mais alimentos e usufruir bens culturais em um processo de  verdadeira espiral de descobertas e novas criações. Assim, cada  geração deu sua contribuição para que a sociedade tenha chegado  ao progresso que temos, e que continuará cada vez mais  veloz. Uma das mais extraordinárias criações humanas foram as  letras, ou seja, o alfabeto. Inicialmente, as figuras de objetos ou  a escrita cuneiforme dos Sumérios era a maneira existente para  preservar ou passar informações. Entretanto, a fase mais genial  que tivemos do poder inventivo humano foi quando se concretizou  a passagem das figuras para os símbolos abstratos, ou seja,  para as letras, e estas passaram a ter vida própria. Isso ocorreu há  aproximadamente 5 mil anos, principalmente com os Fenícios.  Com o passar dos anos, cada povo foi adotando e adaptando o  conjunto de letras conforme a peculiaridade da respectiva língua,  havendo uma estruturação lógica das mesmas: como são  grafadas e a maneira como interagem. A partir de então, passamos  a ter um dos mais importantes instrumentos de transmissão  do conhecimento.

Inserção Atual Do Cidadão

Atualmente, quando uma pessoa conhece o alfabeto, sabe  ler, entende o que leu e sabe escrever, diz-se que está alfabetizada,  ou seja, possui o instrumento para adquirir conhecimento, tem  condições de se localizar, de saber o que assina, pois está, através  das letras, no mundo criado para nos comunicarmos. Assim,  por meio da alfabetização corretamente feita adentramos para o  mundo da informação escrita, que independe de outras formas  de comunicação.

Excluídos Sociais

Nas condições em que a sociedade se encontra hoje, alguém  que não sabe ler e escrever é um excluído social. Está à margem  dos acontecimentos divulgados em jornais, revistas ou  livros. Não possui perspectivas para exercer um trabalho que  lhe proporcione melhor gratificação. Está mergulhado em um  mundo de informações escritas, mas algemado pelos grilhões  da ignorância, vivendo a escuridão do analfabetismo. A pergunta  que brota de maneira natural é: como a população brasileira  se encontra nessa área? É doloroso constatar que pesquisas  nacionais e estrangeiras de muitos anos vêm demonstrando que  temos aproximadamente 75% da população na condição de  analfabeta funcional. O mais triste é a pesquisa do IBGE publicada  no final de 2012, a qual constatou que 38% dos nossos  universitários leem e escrevem mal. Diante dessa lamentável  realidade, qual é a perspectiva de o Brasil ter um desenvolvimento  sustentável? De seus cidadãos terem melhores perspectivas  de vida? Certamente, muito poucas.  

Construtivismo Aleatório

A partir principalmente de 1980, os orientadores pedagógicos  passaram a insistir para que fosse adotado nas escolas o  denominado “construtivismo”, e que se mantém na maioria  das estruturas oficiais como uma verdade única até hoje, mas  cujo resultado é um país com a maioria da população na condição  de analfabeta funcional: quase 40% dos nossos universitários  leem e escrevem mal, crianças passam anos para serem  alfabetizadas, é uma verdadeira desgraça nacional. É o círculo  vicioso da ignorância funcionando, colocando os cidadãos e  o próprio país na perspectiva de serem dominados pelos que  possuem conhecimento e tecnologia.    

Construtivismo Lógico Na  Alfabetização: A Mudança Necessária

Começou no Rio Grande do Sul uma verdadeira revolução  pedagógica na área da alfabetização, tendo em vista que o  Programa de Alfabetização com Construtivismo Lógico proporciona  sua realização em quatro meses, de maneira lúdica, lógica  e natural. Assim, tendo a “lógica” como elemento central das  ações pedagógicas, a mesma faz um enlace entre os elementos  positivos dos métodos analíticos (construtivistas) e dos métodos  sintéticos (ditos tradicionais) em favor dos alfabetizandos.  Façamos uma comparação: atualmente, se dermos para uma  criança um celular, um tablet ou a colocarmos frente a um computador,  em dois toques ela estará nos dando aulas de como  esses instrumentos da modernidade funcionam, pois ela imediatamente  capta a “lógica” do seu funcionamento. Mas, então,  por que as crianças em sala de aula demoram tanto tempo para  serem alfabetizadas? É porque o construtivismo aplicado não  possui lógica, é aleatório. Os professores alfabetizadores ficam  como meros espectadores das “descobertas” dos alfabetizandos,  quando deveriam ser os condutores ou indutores de uma boa,  correta e rápida alfabetização. 

O já citado programa de alfabetização, por ter a lógica  como elemento condutor das ações pedagógicas, possibilita  que seja aplicado como instrumento de resgate social para  qualquer público-alvo. Na cidade de Vacaria foi aplicado para  pessoas adultas e, entre elas, alguns garis. Em Porto Alegre  e Caxias do Sul, em escolas infantis do Pré 2, a maioria das  crianças foi alfabetizada antes de entrar na 1ª série do ensino  fundamental. Em Jaquirana, para alunos que não se alfabetizaram  até a 3ª serie do ensino fundamental. Em Tramandaí  e Caxias do Sul, em turmas de currículo normal e, em 2015,  em São Leopoldo, para crianças carentes, e também em turmas  de deficientes.  

A Verdade Vence

Contra fatos não há argumentos, e o construtivismo lógico na  alfabetização vai firmemente demonstrando que é o instrumento  adequado de inclusão social e resgate dos socialmente excluídos, pois  rapidamente os coloca na condição de cidadãos, dando-lhes dignidade  e instrumentalizado-os para o mundo do conhecimento, contribuindo  para que a educação formal melhore, iniciando pela base.

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