ABC do Braille

Por: Valeuska de Vassimon
01 Janeiro 2010 - 00h00

No ano em que se comemora o bicentenário do nascimento de Louis Braille, criador do sistema de leitura e escrita para deficientes visuais, é importante discutir a inclusão escolar desse grupo no Brasil. Segundo o manual A inclusão do aluno com baixa visão no ensino regular, uma publicação do

Ministério da Educação (MEC) e da Secretaria de Educação Especial em parceria com a ONG Laramara, a educação da criança com deficiência visual deve considerar fatores como a fase da vida em que ocorreu a perda da visão, o tempo transcorrido desde então, como ocorreu o problema, entre outros.
A pedagoga Cristina Nassif trabalha há mais de 35 anos na área, tendo começado sua carreira na Fundação para o Livro do Cego no Brasil (atualmente Fundação Dorina Nowill para Cegos), no setor de Reabilitação. Para ela, “o aluno com cegueira ou visão subnormal sempre estudou em classes comuns”, embora o MEC afirme que ainda existam escolas apenas para alunos com deficiência visual. Aos poucos, no entanto, tais escolas vão desaparecendo.

É importante destacar que, em uma escola regular, o aluno tem o apoio de uma professora especializada que também tem como função adaptar materiais e orientar os professores que o atendem nas diferentes áreas de estudo.

A Organização Nacional dos Cegos do Brasil defende, ainda, a educação inclusiva, embora reconheça que o grande problema seja a falta de suporte necessário para que o deficiente visual tenha êxito. Segundo o presidente da instituição, Antônio José do Nascimento Ferreira, hoje é garantido o acesso de cegos a qualquer escola, mas não é garantido o acesso ao livro em braille, à tecnologia que dê a ele autonomia na sala de aula e que proporcione igualdade no acesso à informação.

A pedagoga Cristina lembra que as principais dificuldades enfrentadas pelos deficientes visuais nas escolas regulares são o desconhecimento, por parte da equipe da escola, em relação às especificidades da deficiência visual – o que pode levar ao preconceito – e à pouca atenção da escola em relação ao papel e orientação à família. Ela também destaca a falta de recursos pedagógicos, principalmente de livros em braille e com variedade de tipos. “Sem material, é impossível haver inclusão”, afirma.

Além disso, a falha na formação de profissionais pode levar a um atendimento que não auxilia adequadamente o aluno com deficiência visual. Ainda faltam profissionais especializados, por ausência de cursos ou desinteresse/desconhecimento do alunado para essa área de atuação.

Embora a lista de dificuldades seja extensa, nota-se cada vez mais o surgimento de tecnologias avançadas incorporadas pelo sistema braille. “As novas tecnologias estão voltadas ao aparecimento de impressoras e programas computadorizados, que facilitam a digitação e a impressão de material nesse sistema, tornando-o mais ágil e econômico”, afirma Cristina.

Para ela, o desenvolvimento tecnológico ofereceu novos instrumentos para otimizar o manuseio do computador pelas pessoas com deficiência, proporcionando a democratização do ensino, da informação e da socialização, além de oferecer o acesso ao mercado de trabalho e o desenvolvimento cognitivo e socioafetivo.

O Brasil ainda pode melhorar a inclusão escolar de deficientes visuais. “Para os profissionais de educação, o conhecimento do verdadeiro significado de inclusão tem importância capital. Eles devem estar atentos à mudança do perfil da população escolar”, afirma a pedagoga. Partindo dessa premissa, segundo Cristina, é importante que principalmente os governantes facilitem o acesso dessa clientela ao atendimento especializado e aos recursos especiais, visando à sua inclusão escolar e social.

Apoio à inclusão

Além da Fundação Dorina Nowill, onde a pedagoga Cristina Nassif trabalha até hoje, a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual (Laramara) apoia a inclusão educacional e social do deficiente visual em parceria com a família, escola e comunidade. As ações da organização incluem avaliação oftalmológica especializada, avaliação das necessidades educacionais especiais referentes à deficiência visual e atendimento específico de crianças e jovens de todo o Brasil.
Já o Instituto Paradigma tem auxiliado gestores e profissionais da área de educação, de diversas prefeituras, na elaboração do planejamento estratégico e na adoção de metodologias e políticas públicas para a inclusão educacional das pessoas com deficiência em todas as modalidades de ensino (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Profissionalizante e Superior).

Tudo o que você precisa saber sobre Terceiro setor a UM CLIQUE de distância!

Imagine como seria maravilhoso acessar uma infinidade de informações e capacitações - SUPER ATUALIZADAS - com TUDO - eu disse TUDO! - o que você precisa saber para melhorar a gestão da sua ONG?

Imaginou? Então... esse cenário já é realidade na Rede Filantropia. Aqui você encontra materiais sobre:

Contabilidade

(certificações, prestação de contas, atendimento às normas contábeis, dentre outros)

Legislação

(remuneração de dirigentes, imunidade tributária, revisão estatutária, dentre outros)

Captação de Recursos

(principais fontes, ferramentas possíveis, geração de renda própria, dentre outros)

Voluntariado

(Gestão de voluntários, programas de voluntariado empresarial, dentre outros)

Tecnologia

(Softwares de gestão, CRM, armazenamento em nuvem, captação de recursos via internet, redes sociais, dentre outros)

RH

(Legislação trabalhista, formas de contratação em ONGs etc.)

E muito mais! Pois é... a Rede Filantropia tem tudo isso pra você, no plano de adesão PRATA!

E COMO FUNCIONA?

Isso tudo fica disponível pra você nos seguintes formatos:

  • Mais de 100 horas de videoaulas exclusivas gratuitas (faça seu login e acesse quando quiser)
  • Todo o conteúdo da Revista Filantropia enviado no formato digital, e com acesso completo no site da Rede Filantropia
  • Conteúdo on-line sem limites de acesso no www.filantropia.ong
  • Acesso a ambiente exclusivo para download de e-books e outros materiais
  • Participação mensal e gratuita nos eventos Filantropia Responde, sessões virtuais de perguntas e respostas sobre temas de gestão
  • Listagem de editais atualizada diariamente
  • Descontos especiais no FIFE (Fórum Interamericano de Filantropia Estratégica) e em eventos parceiros (Festival ABCR e Congresso Brasileiro do Terceiro Setor)

Saiba mais e faça parte da principal rede do Terceiro Setor do Brasil:

Acesse: filantropia.ong/beneficios

PARCEIROS

Incentivadores
AudisaDoação SolutionsDoritos PepsicoFundação Itaú SocialFundação TelefônicaInstituto Algar de Responsabilidade Social INSTITUTO BANCORBRÁSLima & Reis Sociedade de AdvogadosQuality AssociadosR&R
Apoio Institucional
ABCRAbraleAPAECriandoGIFEHYBInstituto DoarInstituto EthosSocial Profit
Parceiros Estratégicos
Ballet BolshoiBee The ChangeBHBIT SISTEMASCarol ZanotiCURTA A CAUSAEconômicaEditora ZeppeliniEverest Fundraising ÊxitosHumentumJungers ConsultoriaLatamMBiasioli AdvogadosPM4NGOsQuantusS&C ASSESSORIA CONTÁBILSeteco Servs Tecnicos Contabeis S/STechsoup