Para tornar o mundo um lugar melhor, é preciso que todos tenham consciência dos seus direitos e deveres e lutem por eles no dia a dia. Este comportamento é esperado de todos, ou seja, pessoas, grupos, governos, empresas etc.
Do que estamos falando? De participação, cidadania, interatividade, solidariedade e também de voluntariado. O trabalho voluntário é algo que a pessoa oferece à sociedade como sua contribuição para este mundo melhor. Expressa e fortalece uma cultura de participação que é muito positiva para o desenvolvimento.
E o mundo corporativo, como pode fazer sua parte? Além de conduzir seus negócios de forma socialmente responsável, pode incentivar o trabalho voluntário. Muitas empresas consideram o movimento do voluntariado importante e rico para a cultura organizacional, a gestão de pessoas, a ampliação da visão de mundo. Portanto, voluntariado também é bom para os negócios. Quanto mais ele estiver alinhado com a identidade da empresa, mais estará compondo com outros projetos ou ações da organização, deixando de ser algo à parte.
Como as empresas podem desenvolver programas legítimos e efetivos? Cabe a elas refletir, planejar e dar a ênfase que achar mais interessante com base nessa sua identidade e estratégias de negócio. O quadro, elaborado por Reinaldo Bulgarelli, mostra os objetivos e abordagens que um programa de voluntariado e seu(s) foco(s) resultante(s)
podem ter.
Vamos analisar cada um dos itens apresentados no quadro detalhadamente:
Mobilização social/sensibilização
A organização pode fazer uma opção de apenas chamar a atenção para o tema do voluntariado, ou seja, sensibilizar seus colaboradores sobre a importância da interatividade, cooperação e da vida em sociedade. Afinal, tudo está interligado e o ideal seria sempre pensarmos e agirmos no coletivo.
É essencial que a empresa promova uma reflexão para que o funcionário entenda que seu trabalho é importante e faz parte de um contexto maior. Essa mobilização visa incentivar a realização de atividades para causas sociais e comunitárias. Isso pode ser feito por meio de palestras, workshops, reuniões, materiais de comunicação, plataformas virtuais que formam redes, ou ainda, pelo reconhecimento dos trabalhos desenvolvidos nesta arena.
Usando a mesma estratégia de mobilização, engajamento e comunicação, a empresa pode estimular a contribuição para causas sociais relevantes, ou seja, que tenham sintonia com interesses da sociedade. Deve considerar em suas ações as políticas públicas e as agendas locais e globais: Declaração Universal dos Direitos Humanos, Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso, Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Direitos da Pessoa com Deficiência, Movimento de Sustentabilidade e Responsabilidade Social, Objetivos do Milênio da ONU, entre muitas outras.
Quando o objetivo é aproximar a empresa da comunidade do entorno, o voluntariado pode contribuir. A empresa pode articular a ação do voluntário criando uma estrutura de apoio, troca e formação. A primeira etapa é realizar um diagnóstico da realidade desta comunidade, entender o público alvo, suas necessidades e interesses, potencialidades e receptividade ao trabalho voluntário. A construção coletiva é sempre o melhor caminho para desenvolvimento de projetos de qualidade e que sejam interessantes às duas partes.
É necessário reforçar o entendimento de que a comunidade não é apenas o local onde a empresa atua. Ela está presente na própria operação empresarial e o sucesso dos negócios está ligado a esse bom relacionamento. A empresa é parte da comunidade.
Um dos benefícios valorizados pelas empresas em seus programas de voluntariado é o desenvolvimento de profissionais e líderes corporativos. Atualmente, percebe-se a tendência de que a formação de profissionais se dê também pela experiência em realizar um trabalho voluntário e as empresas precisam de pessoas que compreendam diversas realidades culturais, sociais, políticas, ambientais e econômicas e que saibam operar em um mundo integrado. O funcionário aprende a lidar com a diversidade e a otimizar recursos, além de ser estimulado a exercer liderança, a reflexão e a cooperação.
De acordo com a pesquisa BRIC Giving, realizada em 2008 pela organização britânica Charities Aid Foundation, 61,5% da população brasileira realizou doações para causas sociais nos 12 meses anteriores à pesquisa. Concluímos que grande parte das pessoas deseja fazer doações para o enfrentamento de problemas e desafios, tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo. Isso soa simples, não é? Mas o doador voluntário acaba encontrando dificuldades em saber quem é quem, o que faz cada organização e as propostas de trabalho. As empresas podem ajudar os colaboradores nessa questão, pois têm mais condições na busca e avaliação de projetos interessantes para serem financiados.Essa modalidade de doação de recursos deve ser organizada, a empresa precisa sensibilizar e engajar os colaboradores na causa proposta e aumentar o interesse deles em se envolverem além do simples ato de doar.
À medida que as empresas definem um foco para realizar seu investimento social, elas passam por um processo de reflexão e planejamento em torno de causas que tenham relação com sua identidade. Portanto, é previsível que os colaboradores sejam incentivados a canalizar suas energias em torno do foco definido pela empresa.
Para obter sucesso e conquistar o apoio de voluntários, a empresa precisa ser transparente, demonstrando seus objetivos, ações planejadas e realizadas e os resultados esperados e conquistados. Enfim, precisa fazer uma boa gestão de seu programa de voluntariado. Essas são algumas alternativas de abordagem, mas deve ficar claro que ênfases não excluem outras possibilidades.
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