Doando e Captando, Captando e Doando

Por: João Paulo Vergueiro
05 Maio 2015 - 00h00

doando-captando

O propósito deste artigo é debater o contexto atual da captação de recursos e da doação no Brasil. Para isso, há uma afirmação essencial – e atualíssima – para quem atua viabilizando recursos para organizações da sociedade civil: para o trabalho dos captadores dar certo, é preciso que ampliar a doação no país!

E, pensando dessa maneira, pode-se dizer que o ano de 2014 foi marcante no Brasil, com a realização nacional do #diadedoar, campanha que mobilizou mais de 500 parceiros por todo o país e em lugares inesperados, como o interior da Bahia, Mato Grosso do Sul e Ceará. Em todas as regiões, organizações se mobilizaram para realizar ações de captação no #diadedoar, alinhadas com o objetivo da campanha, que é promover a conscientização da importância da doação para as organizações da sociedade civil, ampliando-as.

O compromisso que temos com campanhas como essas, e com o incentivo à doação, não é mais uma “jaboticaba brasileira”: nos países em que a sociedade civil é forte, independente e democrática, quem as financia são as pessoas. Em todo o mundo, o setor social é vibrante e atuante, e quem possibilita que isso aconteça são indivíduos, de todas as classes sociais, que acreditam nas causas promovidas e as apoiam financeiramente.

Já no Brasil ainda vigoram com muita intensidade duas opiniões contraditórias, mas igualmente inadequadas:

  • É o governo que tem a obrigação de bancar as ONGs (organizações da sociedade civil);
  • As empresas deveriam dar o retorno à sociedade do lucro que dela tiram, e sustentar as organizações.

De fato, tanto o governo como empresas continuarão financiando organizações e projetos pelo país, mas não é deles que se espera que venha a contribuição principal, e não é com recurso público ou corporativo que se garantirá a sustentabilidade das entidades.

O Brasil está, neste momento, consolidando esse caminho, aproximando-se da realidade dos demais lugares no mundo em que a sociedade civil é independente e ativa: já são mais de 33 milhões de doadores individuais, conforme a pesquisa World Giving Index, da Charities Aid Foundation (no Brasil, representada pelo IDIS - Instituto pelo Desenvolvimento do Investimento Social), publicada em 2014.

Pois bem, sabemos que as organizações podem se tornar independentes a partir das doações individuais, e estamos realizando campanhas nesse sentido, como o #diadedoar. Qual é, então, o cenário atual para os captadores de recursos junto às organizações?

CAPTADORES NO BRASIL

Primeiramente, nunca o mercado esteve tão propício para os profissionais que atuam na área. O ano de 2014 foi o que mais vagas abriu em organizações por todo o país, para captadores e mobilizadores, e 2015 já começou quente, inclusive com organizações internacionais também contratando no Brasil.

Se há cada vez mais vagas, isso significa que há cada vez mais organizações contratando captadores, e isso é muito positivo. Toda organização da sociedade civil precisa ter sua área de mobilização de recursos estruturada: desde uma organização milionária,  que terá uma Diretoria de Captação, a uma de porte médio, com uma Gerência, até uma entidade pequena, com um analista (ou o diretor presidente respondendo pela área).

Essa área, porém, deve ser permanente, pois captar é um processo contínuo – e não uma ação pontual –, que demanda planejamento. O plano de Captação de Recursos é o nome do documento que exprime esse planejamento. Precisa estar alinhado ao planejamento estratégico da organização e receber atenção especial da liderança para que seja executado plenamente, de forma monitorada. Cada vez mais organizações estão atentas a isso, preparando seus planos e estruturando a sua área de captação.

Sim, as perspectivas são positivas: a doação e a captação estão sendo promovidas no Brasil, e há cada vez mais atenção ao tema, tanto de quem está dentro das organizações como de quem está fora delas – a imprensa, os cidadãos, o governo etc.

Ainda há muito a ser feito e áreas onde investir, como a capacitação dos profissionais, a publicação de conteúdo de referência – tão escasso no Brasil –, o advocacy por uma legislação que seja favorável ao Terceiro Setor e às doações, além de pesquisas, para divulgar o quanto se doa no Brasil todos os anos, etc.

O panorama, porém, é positivo. Pode-se dizer que o copo está “meio cheio”. Agora devemos trabalhar para enchê-lo completamente, para que tenhamos um país mais justo e democrático, e organizações verdadeiramente sustentáveis.

captacao.org

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