Parece que a discussão sobre as transformações da sociedade, atingindo o ambiente corporativo, chega ao seu ápice. Empresários conscientes, ligados ao novo olhar do cliente/consumidor que espera da sua relação com as empresas a fidelização pelas boas práticas, percebem nitidamente que a busca do lucro só não basta.
| Há algo de superior nesta história. Pela estratégia, pela sensibilidade, pela própria pressão do mercado. As ondas da consciência já são reconhecidas através de ciclos baseados em três fatores-chaves incorporados agora na “alma das empresas”: responsabilidade social, responsabilidade socioambiental e sustentabilidade. | Para evitarmos o negro destino anunciado do planeta, a nossa obrigação é agir já |
Cada um, a seu tempo, foi incluído ao dia-a-dia das organizações, inspirando iniciativas que amenizam o desequilíbrio social e valorizam a própria consciência ambiental. No entanto, a mais nova concepção sobre sustentabilidade atrai a inteligência das empresas para algo muito mais sério e superior: “Como garantir o futuro sustentável da sociedade por meio de atitudes diferenciadas que visam ao futuro das gerações?”.
O fato é que depois da apresentação do Terceiro Relatório do Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC), divulgado pela ONU, o mundo não é mais o mesmo. A nossa nave-mãe, a Terra, começa a dar sinais claros de desestabilização.
Nações, governos, empresas e cidadãos estão sendo chamados a rever seus comportamentos e agir em prol de um novo entendimento coletivo. Para evitarmos o negro destino anunciado do planeta, a nossa obrigação é agir já.
Uma pesquisa, uma pequena amostra feita entre as 30 principais empresas brasileiras coordenada pela Fundação Dom Cabral, no entanto, nos coloca a outra face corporativa: as empresas têm consciência da questão da sustentabilidade, mas não a praticam.
O que será que está faltando? O que é preciso para que empresários do Brasil e, principalmente, governadores e legisladores acordem para o desenvolvimento sustentável; e que este seja bem aproveitado pelas gerações futuras? Responda você e cobre deles. Com sua atitude e pela nossa sobrevivência.
| Lívio Giosa. Vice-presidente da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) e coordenador geral do Instituto ADVB de Responsabilidade Social (Ires). |