O mundo pede socorro

Por: Fernando Credidio
01 Setembro 2007 - 00h00

O aquecimento global é um fenômeno climático de larga extensão; um aumento da temperatura média superficial global que vem acontecendo nos últimos 150 anos. A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40ºC, ciclones atingem o Brasil – principalmente a costa sul e sudoeste –, o número de desertos aumenta a cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição em várias regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo – fator capaz de ocasionar o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas.

O que pode estar provocando tudo isso? Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está relacionado a todos estes acontecimentos.

Pesquisadores do clima mundial afirmam, também, que o aquecimento global está ocorrendo em função do aumento dos poluentes, principalmente de gases derivados da queima de combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, na atmosfera. Ozônio, gás carbônico e monóxido de carbono, principalmente, são gases que formam uma camada de poluentes de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa.

O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colaboram para o processo. Os raios do sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de maneira mais evidente nas grandes cidades, já se verificam suas conseqüências em nível global.

O Protocolo de Quioto é um acordo internacional que visa à redução da emissão dos poluentes que aumentam o efeito estufa no planeta. Entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005. Infelizmente, os EUA, a nação que mais emite poluentes no mundo, não aceitou o acordo, afirmando que ele prejudicaria o desenvolvimento industrial do país.

Conseqüências do aquecimento global

• Aumento do nível dos oceanos: com o aumento da temperatura no mundo, está em curso o derretimento das calotas polares. Ao aumentar o nível das águas dos oceanos, pode ocorrer, futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas.

• Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca a morte de espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais, a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas em nosso planeta.

• Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas.

• Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas têm sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, ondas de calor vêm provocando mortes de idosos e crianças.

O que você pode fazer?
Energia: economize energia utilizando lâmpadas fluorescentes e não as deixando acesas, tampouco aparelhos ligados inutilmente. Sempre que possível, opte por escadas em vez de elevador. Se utilizar chuveiro elétrico, diminua o tempo do banho.

Árvores: plante árvores. Elas absorvem o CO2 do ar, reduzindo o efeito estufa. Uma única árvore absorve, em média, uma tonelada de dióxido de carbono durante sua vida.

Fontes de energia alternativas:
pressione governos e empresas a substituírem a energia negativa: nuclear, advinda de petróleo e de grandes hidrelétricas, por energia positiva: solar, eólica, de pequenas hidrelétricas e biogás.

Dirija menos: caminhe ou ande de bicicleta quando puder. Dirigir o carro gera mais gases do que praticamente qualquer outra coisa. Você deixará de emitir 1 kg de dióxido de carbono por cada 3,5 km que deixar de dirigir.

Confira os pneus: manter os pneus calibrados, corretamente, pode diminuir em mais de 3% o consumo de gasolina ou álcool. Cada litro de combustível economizado reduz cerca de 2,5 kg de emissão de CO2 na atmosfera.

Use menos água: evite o desperdício. Em áreas sujeitas a secas, armazene água da chuva. Aquecer a água demanda muita energia. Instale um chuveiro de baixa pressão e você deixará de emitir 180 kg de dióxido de carbono por ano.

Recicle: o lixo que não é reciclado acaba em um aterro, gerando metano. Além disso, produtos reciclados requerem menos energia para serem produzidos do que produtos feitos do zero.

Consumo responsável: só compre móveis feitos com madeira certificada pelo Forest Stewardship Council (FSC) e pressione a prefeitura do seu município a aderir ao programa “Cidade Amiga da Amazônia”.

Construções sustentáveis: procure se informar sobre as habitações ambientalmente corretas, que aproveitam água da chuva, usam a energia do sol para iluminação e aquecimento e têm climatização natural.

Fernando Credidio. Articulista, palestrante e consultor organizacional em comunicação para o Terceiro Setor, sustentabilidade e responsabilidade socioambiental corporativa.

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