Feliz ano novo, de novo

Por: Marcio Zeppelini
01 Março 2010 - 00h00

É sempre assim. Passam as festas de final de ano e o ritmo do Brasil começa lento. Muitos aproveitam as férias da prole para viajar e também descansar, e acabamos nos deparando com diversos argumentos do tipo: “assim que Fulano voltar de férias, podemos retomar o assunto”. Aí, quando Fulano retorna, é Ciclano que não está para dar o aval dele neste ou naquele projeto.

Sol forte em praticamente todo o território do Brasil e capitais submergidas pelas águas de março que, desta vez, resolveram aparecer mais cedo. E a lentidão se prorroga até a folia do Carnaval mostrar suas escolas de samba campeãs e a ressaca terminar.

Como faz quase dois meses que os projetos estão “semiparados”, é preciso uma semana para se organizar novamente e, enfim, poder dizer: “o ano começou”.

No artigo E se o Carnaval fosse em julho, escrito por meu amigo Rafael Baltresca, ele provoca: “Uma reflexão atenta sobre isso pode ser uma boa oportunidade para revermos nossos paradigmas, descartando pensamentos limitantes e abraçando os possibilitadores”.

Os problemas sociais no Brasil não possuem mês para começar ou terminar; simplesmente estão aí e acontecem todo dia. Como, então, ter recursos nos meses de janeiro e fevereiro se o investidor social está no Guarujá com a família?

Planejamento prévio é a única resposta que posso afirmar ser uma equação positiva. Mas a criatividade na geração de recursos para as entidades deve ser ampliada a patamares fora do padrão de captação realizados ao longo do ano inteiro.

E, como Baltresca diz, é muito mais produtivo e melhor enfraquecer os paradigmas coletivos que podem nos levar ao abismo e começar a exercitar as crenças positivas, mesmo que remando contra a maré: “O Brasil começa em janeiro e minha ONG (empresa) também”, “fevereiro é o melhor mês do ano porque me dá a oportunidade de sair à frente.”

A prática do pensamento positivo é a principal arma para que barreiras sejam quebradas e passem a fazer parte do passado. A ação deve ser sempre imediata e pautada em objetivos pessoais e institucionais – novamente por meio de um planejamento bem detalhado.

Pensem nisso! Um ótimo ano novo para todos os leitores.

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