Responsabilidade Social Corporativa

Por: Fabiana Dias
01 Maio 2011 - 00h00

O atual contexto em que vivemos tem sido marcado por uma crescente exclusão social, pelo uso insustentável e predatório de recursos naturais e pela forte acumulação de renda. No entanto, já há uma ampla percepção de que o atual modelo econômico não é a melhor estrutura para basearmos as relações humanas e as relações com o ambiente. Hoje, fala-se em conceitos inovadores, como o da Felicidade Interna Bruta (FIB), empreendedores sociais têm sido reconhecidos como importantes geradores de valor para a sociedade, surgem negócios com finalidade lucrativa aliada à redução de pobreza e inclusão da população de baixa renda e há incipientes iniciativas de “paga-se quanto puder”.
Assim como os indivíduos têm enxergado cada vez com mais entendimento a importância de se comprometer com atitudes que sejam boas para si e para os outros, as empresas também têm assumido um papel significativo de compromisso com a sociedade e com o meio ambiente.
O conceito de cidadania – bastante fortalecido após um período de governos autoritários em diversos países em desenvolvimento, que têm base na ideia de direitos e deveres – transpôs a dimensão do indivíduo e também alcançou as empresas.
A compreensão de que a empresa é um ‘personagem do espaço comum’ e, por isso, deve comprometer-se com o desenvolvimento social, é ampliada com a ideia de sustentabilidade do negócio, porque a atenção com a sociedade implica sua sobrevivência, tanto no que se refere aos insumos de sua produção (relativo à questão ambiental) quanto ao mercado consumidor (relativo às questões sociais).
Evidentemente, as empresas, enquanto organizações de finalidade privada, devem gerar lucro, e não há nada de errado com isso. Pelo contrário, o resultado positivo da empresa é importante para empreendedores, acionistas, empregados, fornecedores e todos aqueles que estão no entorno dessa cadeia. A discussão pode se focar em que tipo de lucro e a que custo.
Essa ideia está dentro do contexto de desenvolvimento sustentável, que representa equilíbrio entre os pilares de desenvolvimento econômico, social e ambiental. Há muitas discussões sobre o posicionamento das empresas, questionando se de fato seu compromisso com a sociedade e o meio ambiente é apenas um recurso retórico para se tornarem mais humanas e conquistarem legitimidade. E esta é uma questão importante, porque deve haver coerência entre o discurso e a prática, por uma questão de ética e respeito com a sociedade e porque, do ponto de vista prático, falar o que não se pratica pode trazer um enorme prejuízo de imagem, de confiança e de resultados.
O fato de os consumidores estarem mais informados e mais críticos faz com que sejam mais participativos e assumam o papel de cobrar por comportamentos éticos e responsáveis das empresas. Isso tem mudado o perfil de consumo e pressionado uma mudança de prática nos negócios, especialmente após a recente crise econômica mundial.
Assim, a responsabilidade social empresarial é uma forma de assumir compromissos com o coletivo e gerar benefícios não só para os donos da empresa, mas para toda a sociedade. Este conceito vem evoluindo. Já se definiu por doações e filantropia, já se discutiu a ideia de reverter lucros para a comunidade, e mesmo de diminuir impactos ao ambiente. Essas discussões colocavam a empresa num papel muito restrito e não eram capazes de dimensionar adequadamente todos os seus relacionamentos.
No Brasil, muitas organizações têm se dedicado a esse tema, mas uma das mais notórias delas, o Instituto Ethos, tem fomentado a discussão sobre o conceito e a adequação de práticas a cada tipo e tamanho de negócio. Uma definição muito clara sobre o que é responsabilidade social corporativa é dada pelo Ethos:
“Responsabilidade social empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética, transparente e solidária da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona – acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, clientes, comunidade, governo, sociedade e meio ambiente – e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, de forma a preservar recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitar a diversidade e promover a redução das desigualdades sociais”.
Essa definição amplia o entendimento do papel da empresa e considera uma quantidade maior de relacionamentos fundamentais que ela estabelece. Assim, a política de responsabilidade social (ou socioambiental) de uma empresa começa a ser construída a partir da definição de seus valores e de sua forma de governança. Discute sua postura e suas práticas com colaboradores (empregados ou prestadores de serviço), fornecedores, clientes, com a comunidade do entorno e com o meio ambiente, e também se coloca diante da relação com o poder público e a sociedade de forma ampla.
Assim, falamos de práticas éticas, de uma atitude estratégica, de geração de valor para a sociedade e da capacidade de tornar-se agente de uma nova cultura, em que as empresas não restringem sua preocupação apenas ao seu próprio crescimento financeiro. E isso exige um repensar de todo o negócio.
O ideal é que a responsabilidade social corporativa deixe de ser um programa e passe a formar um conjunto de valores que ilumine todas as suas práticas. E que a empresa se avalie e demonstre com clareza os resultados e os impactos de sua postura.
Há muitos benefícios para a empresa e para a sociedade. A responsabilidade social corporativa contribui, por exemplo, para a preservação e uso correto de recursos naturais, para a redução da desigualdade e para a promoção da diversidade. E o negócio se beneficia com a valorização da imagem institucional, com o reconhecimento e fidelidade do cliente, com o aumento da motivação da equipe, com a facilidade de atrair e reter talentos e, ainda, com o acesso a diferentes capitais e mercados.
Mas talvez o maior benefício para o negócio seja a longevidade da empresa e a capacidade de deixar um legado positivo para a sociedade. Qual será a sua escolha?
O ideal é que a responsabilidade social corporativa deixe de ser um programa e passe a formar um conjunto de valores que ilumine todas as suas práticas

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