Pressão pela responsabilidade

Por: Fernando Credidio
01 Maio 2009 - 00h00

Dentro do processo de evolução, o conceito de sustentabilidade está incorporando uma série de outras condições, que tendem a criar um mundo melhor. O esforço não se restringe a preservar a natureza ou promover o desenvolvimento econômico e social; ele atinge as relações e o respeito às pessoas. Por isso, são também pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável, a estabilidade política, a democracia, a ética e a transparência.

As pressões para que uma empresa seja sustentável, produzindo lucros, mas, ao mesmo tempo, respeitando o meio ambiente e o bem-estar das pessoas, vem de várias frentes. Uma delas é imposta pelo setor financeiro, desde 2002, quando os maiores bancos do mundo se reuniram e definiram um conjunto de normas a serem aplicadas na hora da concessão de crédito. Esses critérios receberam o nome de “Princípios do Equador”. Por eles, só recebe financiamentos a empresa que, entre outras exigências, apresentar projetos que preservem a flora, a fauna e os recursos naturais; que garanta compensações em dinheiro para populações que, eventualmente, sejam afetadas pelo projeto; que garanta a proteção ambiental a comunidades indígenas; e que não faça uso do trabalho infantil ou escravo.

O objetivo é garantir a sustentabilidade, o equilíbrio ambiental, o impacto social e a prevenção de acidentes de percurso que possam causar embaraços no transcorrer dos empreendimentos, reduzindo também o risco de inadimplência.

A cada ano, as normas se tornam mais rígidas com a intenção de a empresa provar que está apta a cumprir esses preceitos, além de permitir auditoria externa sempre que o projeto for considerado de alto risco ambiental e social.

Transparência é fundamental

A transparência é ponto-chave nessa transformação. No livro O bom negócio da sustentabilidade, o autor Fernando Almeida argumenta que tanto as empresas como os governos e organizações da sociedade civil precisam se preocupar com a transparência que, nesse contexto, deve ser entendida como ausência de corrupção ou subsídios, uma vez que esses elementos não são compatíveis com a concorrência existente em um mercado livre e saudável.

Numa empresa, segundo o autor da publicação, transparência significa ouvir e considerar as opiniões e expectativas de todos os públicos com que ela se relaciona. Vale dizer que a empresa precisa dialogar com seus colaboradores e suas famílias, com seus fornecedores, clientes, comunidades e habitantes da região em que atua. Esse é o novo modelo de atitude a ser seguido por corporações que se preocupam com a sua solidez e perenidade.

Ecoeficiência

Para ser sustentável, uma empresa tem de buscar de modo contínuo em suas decisões a chamada ecoeficiência, ou seja, a possibilidade de produzir mais e melhor seus bens e serviços, com menos poluição e uso de recursos naturais. A ecoeficiência é uma espécie de responsabilidade ambiental corporativa, e toda empresa que pretende abraçar e traduzir esse conceito em ações deve, também, intensificar a reciclagem de materiais e prolongar a durabilidade dos seus produtos – abandonando, assim, a prática da obsolescência planejada (a expectativa curta de duração de algum bem ou produto) – buscando a excelência ambiental.

Além disso, a empresa deve se valer de técnicas avançadas para conhecer bem o seu público consumidor e as suas necessidades. Dessa forma, poderá produzir na medida certa, reduzindo o desperdício. Mas é fundamental que a alta direção das empresas esteja à frente desse movimento e, com isso, seja capaz de conscientizar não apenas os colaboradores, mas, igualmente, os seus fornecedores e clientes.

Índice de Sustentabilidade

Além de saber que a empresa é sólida e que vai continuar crescendo e dando lucros aos investidores, outros critérios também devem ser levados em conta na hora de comprar uma ação negociada na Bolsa de Valores. É preciso saber se a empresa é sustentável, ou seja, se além de rentável, ela se preocupa com a preservação do meio ambiente, respeita seus colaboradores, promove e permite o crescimento social, entre outros fatores.

Esse conceito tem sido levado tão a sério que foi criado na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) o Índice de Sustentabilidade das Empresas. Esse índice é composto por diversas empresas, selecionadas entre as mais negociadas no “pregão” (sessão durante a qual são realizadas as operações nas bolsas de valores e mercadorias). Elas pertencem a diferentes setores econômicos: alimentação, financeiro, transportes, energia elétrica etc.

O índice reflete o desempenho das ações dessas empresas que, para fazer parte desse seleto grupo, são submetidas à avaliação de um Conselho, liderado pela própria Bovespa. A ideia é que uma empresa sustentável tende a ser rentável e produtiva por um prazo mais longo, pois terá menos problemas com a mídia, com a opinião pública e, principalmente, com a Justiça, seja na esfera ambiental, trabalhista ou social.

O fato é que as pressões para que uma empresa seja sustentável vêm crescendo gradativamente. Nas discussões do dia-a-dia ou interna corporis aumenta o número de debates sobre cuidados para a preservação do meio ambiente, desafios para a melhoria de vida e bem-estar social e como conciliar o crescimento econômico com os dois primeiros itens.

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