O macaco cabeçudo

Por: Marcelo Torrecilas
01 Janeiro 2004 - 00h00
Depois de passar por tudo o que passou, eis aí o ser humano, em pleno século 21. Quem diria! Desde que o tal primata se deu conta de que pensava, começou a achar que sabia de tudo.

Até o final da Idade Média, princípio da era industrial, ele ficava séculos no mesmo lugar, fazendo a mesma coisa, geração após geração, sempre do mesmo jeitinho. Nem causava tanto estrago assim, mas os últimos 100, 150 anos, em especial, foram demais! Quando parecia que o macaco estava pegando o jeito desse negócio de pensar, fez um monte de bomba barulhenta e se matou de tantas maneiras diferentes que não dá nem pra contar.

Nesses primeiros dias de 2004, o Homo sapiens já domina muita tecnologia, diversas formas de energia e um conhecimento do próprio mapa genético que pareceriam ficção científica um século atrás!

Contudo, a vida do primata no início desse milênio não é ficção científica... é pra­ticamente filme de terror! Hoje em dia, matar, violentar, seqüestrar, roubar, enganar, passar a perna – tudo virou banalidade de notícias policiais, e o público quer sempre mais! Quanto mais escabroso o caso, melhor e, depois do comercial, a mais nova tramóia. O mundo gira em função do dinheiro, o macaco só quer saber quanto vai embolsar na jogada... mesmo que crianças morram pela fome ou pela sede de sangue. Assim, quem busca o justo é otário, quem faz por caridade então...

Tá maluco, macaco?!

Dormir com a janela aberta, andar pelo bairro, passear de trem, trabalhar sem preocupação, crianças aprendendo coisas construtivas, sorvete na praça numa noite quente de verão... O que era normal antigamente hoje é novela de época.

Que tal voltar a ser feliz? Começando com as pequenas coisas: não jogar lixo na rua, não furar fila, não roubar uma balinha, não queimar a faixa ou o farol vermelho, fazer por merecer o voto recebido, executar o trabalho a que se propôs dando o melhor de si e respeitar o trabalho do outro, seja ele qual for... Aos poucos dá pra reconstruir um mundo muito melhor, mais justo, mais... humano. Vamos lá, macacada! A gente consegue!

Utopia?

Só se o macaco cabeçudo inventar uma bomba ainda mais barulhenta, ou se a idéia morrer comigo.

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