O afeto nosso de todos os dias

Por: Felipe Mello, Roberto Ravagnani
01 Janeiro 2009 - 00h00

Como pode ser interessante conhecer o sentido original das palavras, sua ascendência e berço, relacionando-os com o nosso cotidiano! É uma experiência que me fascina muito, pela oportunidade de beber goles da fonte que transformou em código um sentimento, comportamento ou fato.

A língua portuguesa tem em sua árvore genealógica o latim, predominantemente, idioma cada dia mais condenado ao ostracismo. Mesmo assim, sempre que consigo, descubro as palavras latinas que deram origem àquelas que ainda utilizamos em nosso dia-a-dia. Tenho especial predileção pelas palavras que apontam sentimentos, sensações ou comportamentos, pois essas expressões humanas me espantam e excitam cada vez mais. Quando descubro a origem de uma palavra que respeito e pratico, busco logo reter em mim a informação.

Assim foi com a palavra “afeto”, derivada do latim afettare. O que significa esta última? “Ir atrás”. Meus olhos brilham ao descobrir tais diamantes linguísticos. Pode ser um exagero, mas mesmo assim fico emocionado. Afinal, em algum momento a decisão de “ir atrás”, “colocar-se em movimento”, “buscar o que se deseja”, teve o seu caminho cruzado com os nobres sentimentos de “carinho”, “gentileza” e “elevação de alma”.

De acordo com a origem da palavra, ter afeto é ir atrás de algo. Sonhos, pessoas amadas. Fatos, ideias. Prazeres e sentimentos. Afeto não é passivo, reativo. Afeto é ativo. Podemos até brincar de inventar novas origens das palavras, como a somatória de “afeto” e “ativo” gerando “afetivo”. Obviamente uma fraca concorrência à original fonte criadora.

Você está afetado? Estou eu afetado? As pessoas estão afetadas? O que nos afeta tem caráter afetivo? Ou estamos nos deixando afetar apenas de forma reativa e burocrática? Se vale esta última forma, estamos na contramão da alma da palavra, possivelmente na contramão daquilo que afetiva e efetivamente queremos e precisamos.

Estou afetado pela janela que o afettare colocou em minha casa. Plantar e colher afeto nos coloca em movimento. Viva o movimento! Estou um tanto incomodado pela altíssima velocidade paquidérmica que nos cerca. Por vezes sinto-me uma lebre em uma corrida de tartarugas. Como em um sonho irritante, tento correr, mas as pernas não respondem prontamente. Tudo se embaralha, transformando um simples movimento em uma odisséia homérica. Lebres correndo uma corrida de tartarugas. Muito esforço para pouco resultado.

Talvez o combustível esteja errado, o que nos custa muito caro. O desperdício de potencial dá força à sensação de incompletude que paira no ar poluído dos tempos modernos, alimentando a ansiedade do “não foi isso que sonhei para a minha vida”. Talvez o segredo seja o estímulo, a meta, a cenoura que põe a lebre em movimento.

A janela do afeto volta à minha casa. Abro-a. Encho o meu olhar com o cenário possível. Já sei o que quero. Quero afetar e ser afetado. Quero respostas do mundo (interno e externo) às minhas inquietações, sorrisos sinceros às minhas emoções, ouvidos atentos às minhas ideias.

Não creio que seja diferente com os outros. Todos querem afeto. Todos querem encontrar a direção daquilo que lhes é caro. Todos. Quantos efetivamente empreendem tal jornada na vida pessoal, profissional ou social?

Faço votos sinceros que neste novo ano o afeto seja o combustível e a bússola de nossa caminhada.

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