Expedições em busca dos bons encontros

Por: Felipe Mello, Roberto Ravagnani
01 Março 2011 - 00h00
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Reflexão

Em 2007, cinco anos após a fundação do Canto Cidadão, começamos a aceitar e procurar oportunidades de presença em situações de desastres naturais. A partir de então, algumas expedições sociais foram realizadas, confi rmando a suspeita inicial: a alegria pode contribuir para a organização do caos; ou, nas palavras da mineira Adélia Prado, “pode com a tristeza quem não perdeu a alegria”.
Antes de mais informações sobre essas iniciativas, em especial a última realizada em fevereiro de 2011, bate o desejo de agradecer, pelo reconhecimento compreensivo, a tantas e tantos que nos permitiram descobrir a coragem e habilidades necessárias para visitar ambientes atingidos por desastres, entregando o melhor que possa ser oferecido sem causar danos a visitantes e visitados. O Canto Cidadão e seus voluntários são gratos aos milhões de pacientes de hospitais públicos e asilos já visitados em todo o Brasil e outros países, em especial na região da Grande São Paulo. Pessoas que, embora na maior parte das vezes castigadas pela incompetência e descaso estruturais, ainda assim aprovam a aposta da realização de bons encontros como forma de recuperação física e
emocional.
Este novo ano, que avança velozmente, começou com chuvas intensas. Nenhuma surpresa em um país tropical. O que vem se alterando ao longo dos verões é a localidade que sucumbe mais tragicamente ao imenso volume de água que desce. Em 2010, São Luiz do Paraitinga-SP fi cou submersa, e lá estivemos com um grupo de 30 voluntários.
Além de circular por toda a cidade, escolas, hospital, igreja, obras etc, dialogando, abraçando, brincando, fazendo apresentações teatrais e valorizando o esforço de moradores e voluntários, identifi camos uma oportunidade adicional de contribuição: as duas bibliotecas da cidade tinham sido destruídas, tanto em relação às suas estruturas físicas quanto aos seus acervos. Dois meses depois, após uma campanha de sensibilização e arrecadação, doamos oito mil livros à cidade. Um ano depois, foi a vez da região serrana do Rio de Janeiro enfrentar momentos desafi adores. Ficaram registradas inúmeras imagens de intensos duelos entre vida e morte, com uma linha muito sensível separando ambas. Decidimos fazer mais uma expedição social, motivados e apoiados pelos voluntários e parceiros da organização e pelos amigos do Viva Rio, instituição que assumiu importantes tarefas no momento pós-tragédia. As cidades escolhidas para as visitas foram Nova Friburgo- RJ e Teresópolis-RJ, duas das mais castigadas. Entre 18 e 20 de fevereiro, um grupo de 35 doutores cidadãos (palhaços hospitalares) e encantadores (brinquedistas hospitalares) embarcaram. Na bagagem: ansiedade e dúvidas. Mas não só: também havia esperança, desejo de ajudar e mais de três mil brinquedos novos e em bom estado a serem distribuídos.
Se o nobre editor desta revista permitisse, o colunista teria assunto para preencher todas as páginas de uma edição, tantos foram os fatos, depoimentos, sensações e imagens observadas, ouvidas, sentidas e registradas durante aquele dias. Mas como há de se manter espaço para tantas outras matérias importantes, exercitaremos o fugidio e arisco poder de síntese. Nas expedições sociais realizadas nos últimos anos, percebemos um punhado de coisas. Algumas delas gritam escandalosa e recorrentemente, sendo ouvidas durante as tragédias e talvez por algumas semanas adicionais, mas esquecidas logo a seguir: a força implacável da natureza e o descaso de tantos governantes e populações frente aos riscos iminentes. Mas para além da usual tendência de privilegiar as sombras de um fato, vamos às luzes. Todos os grandes momentos da viagem à região serrana estiveram conectados uns aos outros por uma única premissa: gente organizada e motivada em busca de bons encontros. Cada visita feita (abrigos, orfanato, hospital e comunidades) foi bem-sucedida em razão do imenso desejo de usar a arte a serviço da vida, que nitidamente pulsa mais vibrante em meio aos encontros positivos. Por arte entendemos além do que é feito em espaços tradicionalmente reservados à promoção cultural.
Abraçamos, motivados pela comprovação prática, o que Stella Adler apresenta em um de seus pensamentos: “a vida bate e estraçalha a alma da gente, e a arte nos lembra que temos uma”. Ao final de cada missão, batem mais forte ainda o saber e o sabor quase indizíveis das possibilidades que moram dentro das práticas que unem ética, talento e acolhimento animado.

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