No Brasil, 29% das pessoas realizam doações mensais. Na faixa etária acima de 50 anos, 26% costumam doar, em média, mais de R$ 100 mensais; entre os mais jovens, o índice é de 17%. Doadores há mais de três anos, para 50% desses cidadãos maduros, as ações individuais somadas podem mudar o mundo; 81% dos entrevistados acreditam que é muito importante a transparência na prestação de contas para as organizações sem fins lucrativos e institutos; e 74% destacam o comprometimento de proteger informações financeiras e pessoais dos doadores contra violações de dados. Quando o tema abarca as principais causas, as primeiras posições são ocupadas pelas temáticas crianças e jovens (44%); animais domésticos (32%); causas humanitárias (27%); fome e sem-teto (26%) e saúde (23%).
Essas são algumas das conclusões do mapeamento inédito Doador brasileiro: o potencial de doação no segmento maturidade, conduzido pela Noz Pesquisa e Inteligência em parceria com a Trackmob e Pitanga.Mob entre março e maio de 2019, com 1.212 entrevistas – sendo 789 de pessoas com mais de 50 anos (65%); 5% com mais de 70 anos; 15% entre 60 e 69 anos; 45% entre 50 e 59 anos; 10% com menos de 30 anos; 13% entre 30 e 39 anos; e 12% entre 40 e 49 anos.
A pesquisa contou com 72% moradores da cidade de São Paulo; 9% na região metropolitana; 8% no interior e litoral; e 12% em cidades das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. No perfil da amostra, 82% são mulheres; 53% são casados/união estável; 24% solteiros; 16% divorciados; e 7% viúvos. A análise da situação profissional mostra que 28% têm vínculo empregatício; 22% são consultores, autônomos ou freelancers; e 18% são empreendedores. Sobre a escolaridade, 43% têm ensino fundamental, médio ou superior incompleto; 37% ensino superior; 16% possuem pós-graduação; 5% mestrado e/ou doutorado. Na análise da renda, 28% têm renda até R$ 2.500; 27% estão na faixa entre R$ 2.501 e R$ 5 mil; 14% entre R$ 5.001 e R$ 7.500; 8% mais de R$ 12.501; 7% entre R$ 7.501 e R$ 10 mil; e 12% não possuem renda própria.
A pesquisa quantitativa on-line contou com questionário de autopreenchimento voluntário, sem incentivo.
Cenário: Com os avanços na expectativa de vida e queda na taxa de fecundidade, as faixas etárias de brasileiros com mais de 50 anos são as que mais crescem. Em 2019, o país contava com 24,21% de brasileiros sêniores; em 2030 o índice será de 31,18%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um quarto da população com mais de 60 anos está conectada à internet; metade da força de trabalho terá mais de 50 anos em 2040, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Diante desse significativo percentual da população que é prateada, a pesquisa buscou entender quais as oportunidades de ampliar as doações entre quem tem mais de 50 anos (50+).
Segundo Juliana Vanin, coordenadora da pesquisa, interessante notar que a causa “crianças e jovens” ocupa o primeiro lugar no ranking entre os maduros e os com menos de 50 anos – assim como a causa de animais domésticos. Em contrapartida, a temática de direitos humanos ocupa 11ª posição entre os prateados e é sétima no ranking entre os mais jovens.
Outro ponto relevante é que os entrevistados com menos de 50 anos disseram se interessar mais por causas de direitos humanos do que os acima de 50 anos, que vivenciaram em sua grande maioria processos como o de redemocratização do país e luta por direitos, comenta Marcelo Jambeiro, executivo da Trackmob. “O interesse das pessoas com menos de 50 anos a causas ligadas aos direitos humanos me parece reflexo dos tempos atuais, porém, me intriga o apoio menor entre os acima de 50”, salienta.
Apesar dos 45% citarem doação financeira como forma de apoio às causas, quando questionados se já realizaram doação financeira, 67% entre os entrevistados com menos de 50 anos afirmam que sim; entre os maduros, o índice sobe para 74%.
“Entre os entrevistados com menos de 50 anos, a abordagem nas ruas é efetiva para 23% contra 13% dos maduros. Isso pode indicar que faltam captadores prateados para conversar com esse potencial doador de igual para igual”, analisa Flavia Lang, fundadora da Pitanga.Mob. A mala direta, instrumento tradicional, foi apontado por 8% dos entrevistados com menos de 50 anos e 11% dos 50+. Na última posição, o rádio com, respectivamente, 6% e 5%.
Segundo Flavia, a pesquisa mostra que 31% dos entrevistados com mais de 50 anos doam mensalmente e, mais da metade também conduz doações adicionais. Entre os entrevistados, 28% atualmente fazem doações pontuais, mas já fizeram mensais. “As organizações buscam aumentar a base de doadores recorrentes, pois isso garante a sustentabilidade e a previsibilidade da entrada do recurso. Temos um grande potencial de crescimento e, aliando à comunicação com uma boa jornada do doador, as organizações podem potencializar os recursos dos doadores atuais e dos novos”, afirma.
Entre as modalidades preferidas pelos doadores pontuais, 52% dos maduros optam por dinheiro; 32% por boleto bancário; 25% transferência bancária, TED ou DOC; 12% cartão de crédito; 11% débito em conta. Entre os doadores mensais, 78% realizaram doações nos últimos 12 meses; o valor médio pontual foi de R$ 475 no período. “A pesquisa aponta que o potencial de doação dos prateados não está condicionado diretamente à renda, mas ao engajamento e aderência às causas”, avalia a coordenadora da pesquisa.
Ateliê de pesquisa e inteligência de negócios, o trabalho desenvolvido pela Noz é baseado em ouvir, observar e integrar para entender desejos e comportamentos humanos que se tornam insumos para a construção de novas ideias. Por meio de metodologias de inteligência de mercado e pesquisas, atua em todo ciclo de negócio de empresas. A empresa foi fundada por Juliana Vanin, especialista em estratégia empresarial, pesquisa, análise de mercado e concorrência. Há mais de 14 anos atua na área de Inteligência de Negócios, Planejamento Estratégico e Financeiro. A executiva é Economista formada pela Universidade de São Paulo (USP); pós-graduada em Finanças pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e moderadora de discussões em grupo certificada pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP).
Especializada em captação de recursos de indivíduos, visa o crescimento das organizações com custos por doador mais acessíveis. A empresa acredita no poder das pessoas para mudar o mundo, ou seja, trabalha para engajar e mobilizar pessoas a contribuírem com as causas que mais se importam e, com isso, fazerem a diferença. Fundada em 2018 por Flavia Lang Revkolevsky, profissional com mais de 20 anos de experiência na área de mobilização de recursos e engajamento, a Pitanga.Mob está antenada com o mundo de hoje, oferecendo soluções e programas baseados nas melhores opções de crescimento e a melhor otimização do seu investimento – ou seja, maior impacto possível com a verba disponível e pagamento atrelado a resultados.
Ecossistema financeiro para impactar e conectar pessoas que queiram um mundo melhor, a Trackmob oferece soluções de ponta a ponta para todo o processo de doação – do momento em que o doador conhece a causa até a organização aplicar o dinheiro em uma ação social. Por meio de um conjunto de soluções de SaaS (Software as a Service), BI (Business Intelligence) e serviços financeiros, cria uma experiência de doação incrível, que estimula as pessoas a doarem mais, com mais frequência e por mais tempo. Já foram processados mais de R$ 100 milhões em doações de pessoas físicas destinados a diferentes tipos de causas, ONGs e projetos socioambientais. Dessa quantia, R$ 40 milhões foram processados somente em 2018. Isto representa mais de 400 mil doadores individuais cadastrados e mais de 500 mil doações individuais realizadas.
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