Em um país repleto de “primeiras-damas” de gerentes de bancos, destacam-se algumas mulheres que fazem realmente a diferença no mundo em que vivemos.
São esposas, mães, irmãs, fi lhas. São mulheres. Sobretudo, são humanas. No mais perfeito entendimento da palavra filantropia: a junção de filos e tropos – o verdadeiro amor à humanidade. Sarah Kubitschek, Zilda Arns, Viviane Senna, Regininha Moraes... Ruth Cardoso. Mulheres que são ou que foram grandes personalidades à frente de nossa sociedade, desesperada e carente de um seio repleto de afeto pelos nossos compatriotas menos providos de apoio – seja ele econômico, cultural ou, principalmente, afetivo.
Talvez a trajetória da própria natureza feminina, por sua incrível faculdade de dar à luz e amamentar uma criança, ofereça à mulher um sentimento que se sobrepõe ao masculino quando o assunto é solidariedade. Homens são vis, técnicos, capazes de se impor pela força. Enquanto isso, a mulher, com afago e coração valente, prospera e faz mudar o mundo usando o dom da delicadeza, da sabedoria e da soberania familiar, já que compete a ela a condição biológica de genitora.
É como nossa poderosa mente que, com seus lados esquerdo e direito, forma o equilíbrio. Nessa junção, o setor social é a prova de que necessitamos sempre de dois pesos e duas medidas. O amor sentimental feminino se une à racionalidade masculina, a fi m de fortalecer a luta pela construção de um mundo mais justo, mais saudável e mais pacífi co, já que as guerras e violências mundanas são justamente caracterizadas pela ausência desse equilíbrio.
Da união entre feminino e masculino formou-se o casal Ruth e Fernando Henrique Cardoso, a quem dedico este editorial, e que serve de exemplo ao Terceiro Setor quanto à necessidade de se praticar a sensibilidade e a racionalidade conjuntamente em suas ações, no processo de sustentabilidade social.
Ruth, seus ensinamentos foram bem aprendidos e, como os passos de Sarah Kubitschek, serão seguidos por longos anos pelos que atuam no setor social.
Fique com Deus.
“Espero que nosso discernimento cresça juntamente com nosso poder, e nos ensine que quanto menos usarmos o poder maior ele será”
(Thomas Jefferson, ex-presidente dos EUA)