Quanto tempo tem o tempo?

Por: Instituto Filantropia
21 Junho 2013 - 22h23

Já estamos no final do primeiro semestre de 2013! Sim, não é o de 2012. É deste ano, e, a cada dia, parece que o relógio está mais rápido.

Se relembrarmos nossa infância, lá quando tínhamos 10 ou 12 anos, de um Natal a outro demorava uma eternidade. Parecia que não chegava nunca o nosso aniversário ou o Dia das Crianças. Nos dias atuais, de um Natal a outro tem pouco mais de 30 dias, ou, pelo menos, parece!

Parafraseando nosso colunista Felipe Mello, a vida é uma verdadeira montanha-russa. Até nossos 18 anos, é aquela interminável subida, que nos dá frio na barriga e não sabemos ao certo o que nos espera depois de chegar ao topo. Quando atingimos a “maioridade”, a vida nos encarrega de descer ladeira abaixo numa velocidade alucinante e frenética.

Mas a velocidade é benéfica? Sim, se estivermos no caminho certo. Pois se estivermos trilhando o Norte errado, com velocidade, será bem mais difícil voltar para recomeçar.

No entanto, como saber se estamos no rumo certo?
Em minhas aulas, digo sempre que o objetivo máximo de uma organização do Terceiro Setor deveria ser ‘encerrar as atividades em X anos’. Se minha missão é ‘erradicar o analfabetismo’, por exemplo, o dia que tivermos toda a sociedade alfabetizada, eu posso encerrar as atividades dessa organização não governamental (ONG) e focar minha energia em outra causa.

Portanto, é necessário fazer uma análise sincera de todas as atividades que seu projeto social desenvolve, desde ações com os beneficiários diretos e indiretos, promoções, eventos e toda atividade que a ONG gaste recursos (financeiros, materiais e humanos).

Questione cada uma dessas atividades: isso vai contribuir com o ‘encerramento das atividades’ da ONG? Se sim, ou seja, se essa atividade afeta direta ou indiretamente a resolução da causa com que lidamos, é sinal que o barco está navegando para o porto certo. Se não contribui em nada para isso, não pense duas vezes: exclua-a do planejamento e simplesmente não a realize mais.

Lembre-se, o tempo é o único recurso que não é renovável. Jamais o desperdice!

Boa leitura!

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