Lula no País das Maravilhas

Por: Marcio Zeppelini
01 Março 2003 - 00h00
Nem bem Lula subiu a rampa como presidente da República, já tinha popularidade maior do que o número de votos que o levou até lá.

Fascinados com a promessa de um Brasil mais justo, pelo menos no que se refere à desigualdade social, pessoas comuns e famosos se engajam na campanha petista contra a fome e outros programas sociais emplacados (ou sugeridos) pelo PT. É o que todos sempre sonharam e hoje vêem uma luz no final do túnel, ou (desculpe o trocadilho) uma “estrela” no final do túnel...

Gisele Bündchen já entregara cheque de alguns milhares de reais em favor do “carro-chefe” do Governo Lula. Disse estar “à disposição de Lula” além de prometer a fundação de uma ONG ainda este ano que apoie o menor desamparado e junte-se ao rol de entidades que irão emplacar o Fome Zero.

Lula hoje é o mocinho sedutor que vem atraindo, através de seus discursos, sempre em tom ainda de campanha, adeptos ou, no mínimo, simpatizantes ao seu jeito de governar. Caiu do cavalo quem o atacou enfatizando sua falta de experiência e inaptidão nas relações exteriores. Lula arrancou um caloroso aplauso em Davos, onde apenas chefes de estado e cargos da maior importância mundial se faziam presentes. É reverenciado por metalúrgicos, donas-de-casa, empreiteiros, banqueiros, presidentes de repúblicas, reis e rainhas. Lula está longe de ser unanimidade, mas pode se considerar numa situação bastante confortável para quem é o primeiro presidente de esquerda do Brasil.

Seus programas sociais, bem como a própria ideologia petista têm a fama de serem paternalistas – e realmente são. Afinal, devemos dar o peixe ou ensinar a pescar? Dar o peixe mata a fome de hoje, mas é impossível ensinar a pescar quem não tem força para segurar a vara. Eis um paradigma que deverá ser respondido pelo governo – e rápido.

Enquanto houver pobreza, fome e desemprego, essa discussão sempre estará nos corredores sociais do Terceiro Setor e ocupando páginas da mídia sem, claro, achar uma resposta que realmente convença. Por isso, Lula, faz seu papel, sem dar muito ouvidos a críticas, tentando governar de sua maneira.

Como disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lula ainda deverá “comer muito angu quente”, mas, para os primeiros 100 dias de governo, ele está se saindo melhor que a encomenda.

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