Eu tô que tô

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23 Outubro 2018 - 00h00

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Estava tudo certo para o início deste texto. Sabe quando vem aquela ideia que parece perfeita para resolver algo empacado? Tão boa a sensação de eureca, desde os tempos de Arquimedes de Siracusa. Sob o sol paulistano, invasor querido deste inverno esquisito, pensei em começar misturando cultura popular brasileira com rompantes agudos de filosofia contemporânea, a partir de trechos de uma música da Simone chamada “Tô que tô”.

Como você já deve ter percebido, o plano não foi adiante, ao menos não em sua pretensão original. Isso porque, ao buscar a letra toda, percebi que eu teria enorme dificuldade em colocar para papear os versos da canção com a temática do texto. Contudo, como você também deve ter notado, botei a expressão central da música no título, porque é dessa sensação que eu quero tratar, aqui. Eu tô que tô! Minha inspiração veio a calhar, afinal.

Sabe quando a gente se sente assim? Quando a gente tá que tá? Penso que nem preciso explicar muito, porque é mais sobre sentir do que falar. Tem gente da pesada estudando isso, como o psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, que trouxe a teoria do flow (que significa fluxo, em português). O breve resumo desse conceito é que se trata de um estado mental que podemos atingir pelo envolvimento total em uma determinada atividade.
Ou ainda, um contexto em que estamos absolutamente focados, tornando a atividade espontânea, produtiva e gostosa de se fazer.

Ando pensando, estudando e falando muito sobre ideias e práticas relacionadas a essa possibilidade de entrega ao que escolhemos fazer. São muitas as minhas motivações, desde o contato frequente com o voluntariado desde 2001 e a vontade de despertar em mim e no outro o engajamento no fazer social.

Mas quanto eu e você estamos onde estamos? Quanto eu e você estamos com quem estamos? Parecem perguntas sem nexo, pois, se estamos onde estamos e com quem estamos, lá estamos com quem estamos. Será? Eu e você, possivelmente, sabemos que não é bem assim. Há momentos em que sentimos que estamos mais. Ou menos. Ou mais ou menos. O risco, se ignoramos essa reflexão, é a gente se acostumar a fazer mais ou menos, investindo, perigosamente, na mediocridade crônica.

Para tentar lidar melhor com essa sensação de traidor do potencial individual, sinto borbulhar cada vez mais a potência do protagonismo. Há tantas maneiras de cercar esse assunto, mas a brevidade deste encontro escrito me faz escolher a lembrança de que o protagonismo tem como consequência possível, sim, o tal estado de flow, mas também tem a ver com as causas às quais estamos consagrando a nossa vida. Sem clareza da relevância do que escolhemos como causas nossas, a chance de engajamento parece reduzir, progressivamente. Ainda, sem respeito pelo que escolhemos como causas nossas, parece se ampliar a chance de nos tornarmos consequência de escolhas alheias, com alienação em nossa própria jornada, pela terceirização de responsabilidades sobre as nossas atitudes.

Quero me lembrar da relevância dos meus propósitos, pois já percebi o quanto ganho quando banco minhas escolhas e as abraço de corpo e, especialmente, alma. Os resultados dessa postura de abraçar as escolhas de corpo e alma são celebrados também pela ciência. Entre outros estudos disponíveis, cito um realizado pela University College London, Princeton University e Stony Brook University, que pesquisou 9.050 ingleses com idade média de 65 anos e descobriu que as pessoas que sentiam que aquilo que faziam realmente valia a pena tinham 30% menos chances de morrer que as demais.

Ai, ai. Neste momento, eu tô que tô. Termino, agora, e vou buscar um café fresco, mas antes, registro a minha torcida genuína para que eu você estejamos cada vez mais onde estivermos e com quem estivermos, em estado de presença consciente e interessado, ao menos a maior parte do tempo.

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