Artigo: Um novo (e promissor) modelo de programa social

Por: Carolina Toffoli
16 Setembro 2020 - 00h00

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Por Carolina Toffoli (*)

Em quase 20 anos de história, o Instituto Algar – órgão responsável por coordenar e dar as diretrizes de todas as ações sociais do Grupo Algar – já passou por muitos desafios, mas nunca precisou se adaptar tão rapidamente quanto neste ano, com a chegada do novo coronavírus. A partir de meados de março, encaramos de frente a missão de nos transformar, mantendo nossos programas sociais ativos e assegurando a continuidade das atividades. Hoje, passados alguns meses desde o início da pandemia, tivemos perdas, é claro, só que também passamos a enxergar uma série de novas possibilidades.

Aprendemos, na prática, que é possível realizar com sucesso programas sociais no formato digital, total ou parcialmente. Exemplo disso é o Talentos do Futuro, que desde 2016 prepara jovens para ingressarem no mercado de trabalho. Pensando em sua continuidade, realizamos uma pesquisa com nosso público e constatamos que a maior parte contava com acesso à internet e conseguiria, portanto, participar de atividades online.

Com isso, o programa foi remodelado e passou a promover lives todas as quintas-feiras, discutindo temas como a importância de estar preparado na hora de buscar um emprego ou o quanto o mercado deve ser impactado após a pandemia, por exemplo. As atividades se tornaram remotas, mas seguimos com o propósito de desenvolver habilidades e competências. Aumentamos, inclusive, o tamanho da nossa influência – já que as transmissões foram abertas para pessoas que não estavam inscritas anteriormente.

Outra iniciativa que tivemos que repensar foi o Programa Transforma, que em 2006 passou a oferecer oficinas no contraturno escolar para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Com a pandemia, apoiamos os educadores sociais (tanto das artes e cultura quanto do esporte) para que pudessem se reinventar para ministrar suas aulas e não perder a proximidade que tinham antes com os alunos. Para isso, eles começaram a utilizar ferramentas e plataformas como grupos no Whats App ou vídeochamadas via Zoom.

Além disso, lançamos o Projeto Live Kids, criado para entregar conteúdo de qualidade para o público infantil durante o período de isolamento social. As transmissões ao vivo passaram a ser realizadas diariamente, de segunda a sexta-feira, no perfil do Instituto no Instagram. Desse modo, pudemos reforçar nosso compromisso de estimular aprendizados além da escola, mesmo no contexto da pandemia.

Esses foram apenas alguns dos exemplos que nos mostraram que é viável, sim, fazer diferente. Mesmo quando tivermos uma vacina e isso tudo finalmente passar, não acredito que voltaremos totalmente ao modelo anterior. A forma como realizamos programas sociais também estará dentro de toda a transformação sem volta gerada pela pandemia.

Possivelmente, muitos programas passarão a ser híbridos (parte presencial e parte digital) e isso não significará que perderemos, muito pelo contrário. Nesse novo formato, teremos a chance de aumentar e muito a escala de atuação e a capacidade de atendimento, ampliando ainda mais o impacto positivo que geramos na sociedade.

(*) Carolina Toffoli é diretora do Instituto Algar

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