Na manhã do primeiro dia (08/04) da
edição de 2025 do Fórum Interamericano de Filantropia Estratégica (FIFE), duas
palestras chamaram a atenção ao tratar de forma complementar um tema
frequentemente negligenciado no cotidiano das ONGs: o orçamento. Enquanto
Adriana Souza Silva e Luiz Sérgio Pereira discutiram como alinhar campanhas de
comunicação aos objetivos de captação de recursos, Jonathan Mendes apresentou
ferramentas práticas para o acompanhamento de custos em projetos sociais.
Em comum, ambas as falas mostraram que o orçamento não deve ser visto apenas como instrumento burocrático, mas como uma ferramenta estratégica de gestão, planejamento e relacionamento com parceiros.
Na primeira apresentação, os palestrantes mostraram que nem sempre o que você quer dizer é aquilo que seu interlocutor vai entender. Por isso, é importante seguir algumas dicas, como adotar uma linguagem clara, objetiva e didática para descrever os custos dos projetos, antes de encher o texto com adjetivos sobre sua ação social. Além disso, a dupla ensinou que, para que a comunicação contribua efetivamente com a captação, a mensagem deve respeitar os canais adequados, o perfil dos públicos e o momento certo de engajamento. “Traduzir o impacto social em dados compreensíveis aumenta a confiança dos financiadores”, afirmou Pereira.
Já na palestra de Jonathan Mendes, o foco foi a estruturação e o acompanhamento financeiro de projetos. Ele defendeu que o orçamento anual precisa ser construído com antecedência e de forma detalhada, mês a mês, permitindo identificar picos de despesas, oportunidades de parcerias e gargalos na operação. Mendes explicou como calcular o custo da hora trabalhada de cada colaborador e o valor da “hora técnica” da organização — métrica que considera também os custos fixos, como aluguel, energia, ferramentas de gestão etc. Esses dados, segundo ele, são fundamentais para precificar projetos e negociar com transparência com apoiadores e patrocinadores.
Ambas as palestras enfatizaram que o orçamento precisa estar acessível para diferentes áreas da organização. Na comunicação, serve para orientar narrativas e justificar pedidos de apoio. No campo financeiro, permite ajustes em tempo real, evita imprevistos e reforça a sustentabilidade institucional. “Projeto não pode ser 0 a 0”, disse Mendes ao defender a inclusão de margem de contingência no orçamento.
Segundo ele, o orçamento deve ser entendido como um instrumento vivo, que organiza os esforços internos e orienta os diálogos externos. Isso não se encerra na prestação de contas, mas começa na definição de metas e se prolonga na construção de parcerias duradouras. No cenário atual de incertezas e alta competitividade por recursos, alinhar planejamento financeiro e comunicação é essencial para garantir o impacto e a continuidade das ações sociais.
Sobre o FIFE 2025
Realizado de 8 a 11 de abril, o evento contou com mais de 100 atividades, a participação de 90 palestrantes do Brasil e exterior, que versaram sobre os temas de legislação, tecnologia, comunicação, marketing, captação de recursos e voluntariado, além de uma feira com prestadores de serviços para as organizações sociais.
O FIFE 2025 recebeu o apoio de parceiros como Movimento Bem Maior (Patrocínio Ouro); Lima & Reis Sociedade de Advogados (Patrocínio Patra); Agência Pauta Social, Psicólogos Sem Fronteiras, M. Biasioli Advogados, TechSoup Brasil (Patrocínio Bronze). Saiba mais em https://www.filantropia.ong/.
Fonte e foto: Pauta Social
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