FIFE 2024: palestras sobre voluntariado corporativo e gamificação expandiram ideias de gestores na primeira manhã do evento

Por: Instituto Filantropia
25 Abril 2024 - 00h00

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Voluntariado corporativo como estratégia de ESG, diagnóstico social para levantamento de demandas sociais, gamificação e muito mais! Esses foram alguns destaques da manhã desta quarta-feira, primeiro dia do evento do FIFE (Fórum Interamericano de Filantropia Estratégica), que acontece até sexta-feira, 26, em Belo Horizonte, no Minascentro.

Sobre voluntariado corporativo, Thiago Marques, gerente de desenvolvimento institucional e parcerias da JA Rio de Janeiro, iniciou sua palestra enfatizando o conceito desta prática e apresentando como é possível identificar uma relação assertiva entre a aplicação no cenário corporativo e as práticas ESG.

"Por meio de programas de voluntariado corporativo, as empresas investem em seus colaboradores e na produção de uma cultura organizacional solidária; e ainda, reforça o sentimento de pertencimento, cria a oportunidade de desenvolvimento de competências, fortalece vínculos entre as equipes, entre uma série de outros benefícios", ressaltou o especialista.

Ainda como case de sucesso, Thiago apresentou dados da JA Rio de Janeiro, instituição voltada para a educação de jovens, contemplada com o Prêmio Melhores ONGs 2023. "Atuamos em escolas públicas com o auxílio de professores e voluntários corporativos, por meio do apoio financeiro de empresas. Acreditamos que cada uma dessas mãos faz a diferença para a transformação que pretendemos ver no mundo".

Na palestra de Paula Silva Leão, o tema em destaque foram os desafios que as OSC enfrentam e que podem levar ao fechamento de suas atividades. A falta de administração é um dos principais motivos. “Muitas vezes, o Terceiro Setor é caracterizado pela prática de colocar a mão na massa para fazer as coisas acontecerem, porém, há uma carência de profissionalização e gestão eficaz por parte dos dirigentes e trabalhadores”, disse.

O fechamento das OSCs no Brasil também ocorre pela queda no volume de financiamentos (nacionais ou internacionais), exigências burocrático-administrativas para captação de recursos e falta de execução de projetos em parcerias com o poder público, além da crise econômica e social decorrente da pandemia. A inaptidão ou omissão junto à Receita Federal também contribui para o fechamento dessas organizações.

Para enfrentar esses desafios e aumentar as chances de permanência, é essencial promover uma comunicação interna eficaz, alinhando os colaboradores com os objetivos da organização. A palestrante reforçou durante o evento a importância de conhecer, ter uma intenção estratégica, diagnosticar, planejar, implementar, medir e monitorar, relatar e comunicar as ações da organização.

fife-2024-manha-do-primeiro-dia-do-evento-reune-palestras-sobre-voluntariado-corporativo-gamificacao-e-muito-mais-v12169.jpg?1714084678O FIFE também abordou, nesse primeiro dia, a importância do diagnóstico social, uma ferramenta crucial para entender as necessidades de uma comunidade e traçar estratégias. Stellinha Moraes, assistente social, destacou a importância desse processo para compreender o público-alvo, identificar demandas genuínas e explorar as potencialidades dos stakeholders envolvidos.

"Entender bem o território e coletar fatos é essencial para encontrar as melhores soluções. É como dizem, conhecimento é poder! E quando as pessoas locais se envolvem na busca por soluções, os resultados costumam ser muito mais eficazes", afirmou Stellinha. Ela ressaltou a necessidade de uma pesquisa de campo abrangente, considerando elementos como território, cultura, população e vínculos comunitários.

A palestrante respondeu dúvidas dos participantes, incluindo como realizar o diagnóstico social com equipes reduzidas. "Existem ferramentas que mapeiam e pesquisas estratégicas que podem ser utilizadas", explicou.

Ao longo da palestra, a assistente social ressaltou a importância de ferramentas como pesquisa documental, mapa de stakeholders, árvores de problemas e indicadores.

A pauta da diversidade foi outro destaque desta quarta-feira. Sua prática não pode ser apenas uma causa, mas também uma realidade dentro das organizações. Essa foi uma das mensagens que os participantes do FIFE aprenderam com a palestra de Tatiana Silva, mestre em geografia (Unesco-IHE/UFMG), cofundadora e diretora-executiva do FA.VELA.

Segundo ela, a gestão da diversidade no Terceiro Setor deve ser um processo bem estruturado, tendo um plano de ação e estabelecendo diretrizes para chegar ao planejamento final. “É importante primeiro entender o modelo de negócio da ONG e organizar o pensamento rumo a este lugar”, afirmou Tatiana.

Implementação de políticas públicas, vagas afirmativas, ascensão na empresa, planos de cargos e salários, campanhas internas e benefícios especializados são alguns dos princípios para se ter uma organização diversa.

Para Tatiana, a diversidade no Terceiro Setor assegura a efetividade de impacto - o que busca toda organização social. “Empatia não substitui vivência. Por isso, para a implementação de qualquer solução aos desafios da nossa sociedade, uma transformação significativa só ocorrerá, de fato, se isso for coerente com a realidade e as especificidades enfrentadas no dia a dia pela organização. E só a gestão da diversidade proporcionará isso.”

Os simpatizantes de novas tecnologias contaram com a palestra de Bianca Porto sobre a relação entre gamificação e comunicação. Elementos lúdicos podem tornar a experiência do público mais dinâmica e atraente e aumentar o engajamento e participação de colaboradores e voluntários da própria organização.

Como exemplo, ela relembra a experiência do Balde de Gelo, realizado pela Associação Americana de ELA (esclerose lateral amiotrófica) em 2014. O dinheiro arrecadado permitiu avanços importantes na compreensão da doença, resultando em US$ 115 milhões. Para ela, a gamificação no Terceiro Setor é importante para a captação de recursos.

“Estamos todos acostumados a jogar desde crianças, gostamos de brincar e interagir. Então, quando temos uma competição, normalmente as pessoas se envolvem mais com o que está sendo falado. Na captação de recursos, por exemplo, é possível fazer um jogo para ver quem consegue mais doadores. E, com isso, as pessoas se engajam e chamam mais gente para poderem, de fato, ganhar o jogo”, finalizou Bianca.

Sobre o FIFE 2024

Até o dia 26 de abril, haverá mais de 100 atividades programadas, com 90 palestrantes do Brasil e exterior, sobre os temas de legislação, tecnologia, comunicação, marketing, captação de recursos e voluntariado, além de uma feira com prestadores de serviços para as organizações sociais.

O FIFE 2024 conta com apoio do Lima & Reis Sociedade de Advogados (Patrocínio Ouro); WebTGI e Blois & Oliveira Assessoria Contábil (Patrocínio Prata); Agência Pauta Social, Conecta Brasil, Criando, Mariz Advocacia e VRS Consult (Patrocínio Bronze); ABCR, Escola Aberta do Terceiro Setor e Fundamig.

Saiba mais em https://www.filantropia.ong/.

Fonte: Rede Filantropia
Fotos: Divulgação

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