O número de crianças de 5 a 13 anos que trabalham no país caiu 23,5% entre 2009 e 2011. Apesar disso, o contingente de trabalhadores nessa faixa etária ainda soma 704 mil pequenos em todo o país. Os dados constam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 (PNad), divulgada em 21 de novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Brasil, a atuação profissional de crianças com 13 anos ou menos é ilegal. A maior parte desses trabalhadores tem de 10 a 13 anos (615 mil) e são meninos (497 mil), e 63% dos casos ocorrem no campo. Em média, os 2,5% dos brasileiros de 5 a 13 anos que trabalham no país dedicam 17 horas por semana à atividade e conseguem renda de R$ 178 mensais.
A maioria (53,4%), no entanto, sequer recebe pela atividade executada. Entre as regiões brasileiras, a Nordeste concentra o maior contingente de trabalhadores com essa faixa etária (336 mil), por questões econômicas. Na Região Sul, onde 80 mil crianças trabalham, há o fator cultural pelo qual os pais têm o costume de ensinar o ofício aos filhos. Já entre os adolescentes de 14 a 17 anos, faixa etária em que a atuação profissional é permitida sob determinadas condições, houve também queda no número de trabalhadores, passando de 3,35 milhões em 2009 para 2,97 milhões em 2011.
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