Três anos pela frente

Por: Instituto Filantropia
20 Outubro 2012 - 13h26

No dia 26 de março de 2012, assumimos a nova gestão da diretoria nacional da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), e tomei posse como presidente para um mandato de três anos. Será a quinta gestão da ABCR, que já teve três presidentes – Custódio Pereira, Cristina Muraschko e Marcelo Estraviz, este último liderando a organização por seis anos, e a quem substituí.
A equipe que agora assume se formou a partir da união de muitos dos associados que já estavam voluntariamente se dedicando à associação, e também contou com a chegada de novos associados, ávidos para contribuir com o desenvolvimento da ABCR.
O grupo é bastante representativo e com competências complementares: como vice-presidente assumiu a associada Fagna Freitas, captadora da Santa Casa de Misericórdia da Bahia; a nova diretora administrativa e financeira é Daniela Weiers, da Vagalume. Além delas, fazem parte da diretoria Hosana Cabral Santi, de Belo Horizonte, Ana Flávia Godoi e Sandra Helena Pedroso, do Rio de Janeiro, Jonas Leandro Flores, de Porto Alegre, Juliana Barrena e Rodrigo Alvarez, de São Paulo. Além deles, estão ativos os Núcleos Regionais da Bahia, Brasília, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, além do Grupo Temático de Cultura.
Com 12 anos completos desde a fundação, a ABCR inicia um novo ciclo. Seu nome já é conhecido entre os captadores, sendo que mais de 1,7 mil deles, por todo o país (incluindo um em Angola e outro no Canadá), preencheram o formulário de associados nos últimos três anos.
A realização do quarto Festival Latino Americano de Captação de Recursos (FLAC), em São Paulo, reforça nossa ideia de uma associação consolidada, o que fez parte da nossa plataforma eleitoral. Para os próximos três anos, portanto, mais do que querer construir uma organização, pretendemos conduzi-la para uma nova fase, conjugando a representação política com a prestação de serviços aos associados e desenvolvendo uma estrutura institucional que dê suporte ao trabalho realizado.
Na nossa carta-proposta, enviada aos associados antes da eleição, defendemos como prioridades quatro eixos temáticos:

Sustentabilidade: alcançaremos a sustentabilidade financeira própria para a ABCR e desenvolveremos uma estrutura administrativa que garanta isso. O plano estratégico será revisto, demonstrando conexão com a nova fase e com a perspectiva de crescimento institucional. Formaremos uma equipe contratada das áreas de secretariado e administração para cuidar da casa, da burocracia, e para dar suporte à diretoria. A diretoria financeira da ABCR atuará com planejamento financeiro, organizando a estrutura de custos e garantindo o adequado fluxo de caixa.

Associação: vamos fortalecer e ampliar a relação da ABCR com os associados, gerando valor ao indivíduo que se associa e construindo uma ampla estrutura de apoio e prestação de serviços. Vamos organizar melhor a relação ABCR e associado, gerando um reconhecimento espontâneo deste para com a instituição e um desejo genuíno de contribuir, por ver na ABCR o valor da sua anuidade bem investido, mas também reconhecendo nosso papel na sociedade e no Terceiro Setor. Vamos implementar um sistema moderno de relação com associados e entender como funciona a governança de organizações como a nossa para aproveitarmos as melhores práticas da sociedade civil.

Regionalização: a ABCR tem de estar na cidade, nas ruas, próxima à base dos associados, e não somente representada na sua diretoria nacional. O papel da nacional é coordenar, estruturar e estimular, mas quem desenvolve as atividades são os núcleos regionais e os grupos temáticos. Buscaremos uma meta ambiciosa de abertura de núcleos, e pretendemos criar uma grande rede nacional. Vamos garantir suporte logístico e estrutural aos núcleos: recursos financeiros, orientação, acompanhamento e visitas. E vamos fazer da diretoria nacional uma grande gestora dessa rede local da ABCR.

Inserção na sociedade: faremos da ABCR uma entidade representativa e atuante em debates nacionais e de relevância para o Terceiro Setor e para os captadores e mobilizadores de recursos. Queremos ser reconhecidos pela própria sociedade civil como a entidade que fala em nome dos profissionais da área, e desenvolver um trabalho de incidência política que represente os interesses dos nossos associados. A inclusão da profissão no Código Brasileiro de Ocupações, a defesa de um marco jurídico para as ONGs no Brasil e a profissionalização do cargo de captador de recursos serão algumas de nossas bandeiras.
Nossa atuação, no entanto, não se encerrará nesses quatro eixos, e já para 2012 há uma série de ações imediatas que estamos realizando, como a organização do FLAC, a revisão do plano estratégico da ABCR, a elaboração do planejamento financeiro, a contratação de equipe especializada (toda a ABCR é voluntária), a organização de um plano de Comunicação e Marketing, a utilização de melhores ferramentas tecnológicas e a realização de evento em parceria com o evento ONG Brasil no final do ano.
Também, como resultado do crescimento da ABCR, há a necessidade de gerenciarmos de forma mais próxima a atuação dos nossos associados. O Código de Ética e Conduta Profissional da ABCR, até hoje modelo dentre organizações congêneres em todo o mundo, terá sua aplicação reforçada, e abriremos canais de comunicação para acompanhamento.
Pretendemos também investir em pesquisa aplicada no Terceiro Setor, uma área atualmente bastante deficiente no país, o que impossibilita a ABCR, por exemplo, de conhecer e informar o salário médio recebido pelos captadores e mobilizadores de recursos no Brasil. Uma das ideias é a criação de um concurso de artigos acadêmicos, sendo que os melhores serão publicados em revistas científicas qualificadas, proposta a ser futuramente melhor organizada.
Finalmente, há também uma relevante demanda do setor e dos profissionais em captação e mobilização de ampliarmos a transparência em relação aos prestadores de serviços na área. Nossa proposta é desmitificar esse mercado e ampliar o acesso dos associados da ABCR aos prestadores de serviço que são dedicados ao Terceiro Setor, algo semelhante ao que já existe em eventos de captação nos Estados Unidos e na Europa.
Até 2015 temos muito trabalho pela frente e muitos projetos em vista, e apresentei aqui apenas uma parte deles. Acreditamos na proposta da ABCR, e estamos comprometidos em dedicar nosso trabalho voluntário para que a organização seja cada vez maior e melhor.

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