Quase 900 escolas públicas das capitais e do DF tiveram queda no Ideb

Por: Thaís Iannarelli
26 Setembro 2014 - 14h57

Quase um terço das escolas públicas das capitais brasileiras e do Distrito Federal não apenas não cumpriu a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), como teve uma queda entre 2011 e 2013. São 894 escolas de um total de 2.974 que atendem a estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano. Apenas a cidade de São Paulo não está incluída no levantamento porque não teve os resultados divulgados.
Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e foram organizados pela plataforma de dados educacionais QEdu, uma parceria entre a Meritt Informação Educacional e a Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos voltada para a educação. O QEdu classifica essas escolas como em situação de alerta, ou seja, precisam melhorar para garantir mais alunos aprendendo na idade adequada. Essas escolas não atingiram o índice 6, que é a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e a meta brasileira para 2022.
O Ideb é considerado um importante indicador de qualidade do ensino. O índice vai até dez e é calculado de dois em dois anos. No quinto ano, utiliza as notas na Prova Brasil, na qual são cobrados português e matemática, e a taxa de aprovação dos estudantes. O Ideb de 2013 foi divulgado pelo governo no início do mês. A meta estimada de 4,9 para anos iniciais foi a única cumprida pelo país, que obteve um índice de 5,2.
Segundo os critérios usados pelo QEdu, do total de quase 3 mil escolas, 281 devem manter o Ideb, pois alcançaram a meta e o índice 6. Outras 805 devem melhorar, pois, apesar de terem crescido e cumprido a meta, não alcançaram o índice 6. As demais 994 estão em situação de atenção, por não apresentarem um dos critérios considerados. Com exceção do Distrito Federal (DF), cujas escolas são da rede estadual, as escolas analisadas são todas da rede municipal.
O Ministério da Educação (MEC) informou que as prefeituras e o governo DF são os órgãos mais apropriados para comentar os resultados por se tratar de escolas municipais. Mas em coletiva de imprensa, na qual apresentou os dados, o ministro da Educação, Henrique Paim, considerou o resultado geral da etapa positivo e disse que o avanço dos anos iniciais poderá ter impacto positivo nas etapas seguintes de estudo.
Em nota, a prefeitura de São Paulo explicou que solicitou que o Inep não divulgasse os índices da etapa pois uma adesão tardia da rede municipal "ao ensino fundamental de nove anos, pela gestão passada, provocou uma redução do número de alunos matriculados no 5º ano, em 2013, para apenas 7.088 alunos, diferentemente da média histórica de 50 mil estudantes". Além disso a prefeitura avalia que esse total de alunos não conseguia representar a rede municipal "nem qualitativa, nem quantitativamente".

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