A busca pela inclusão social e preservação do meio ambiente fazem parte do dia-a-dia da Fundação Odebrecht. Criada em 1965, a instituição privada sem fins lucrativos é mantida pela Organização Odebrecht e tem como missão promover a educação de jovens para a vida e o trabalho, visando à sua formação como cidadãos responsáveis, conscientes, participativos e solidários. “Acreditamos que estamos ajudando a formar uma nova classe média rural estruturada para a vida produtiva, educada e saudável, e também contribuindo para a realização pessoal e profissional de jovens nos lugares onde nasceram e querem viver”, explica Maurício Medeiros, presidente executivo da fundação.
A atuação principal da fundação se concentra na região do Baixo Sul da Bahia, com foco na Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratigi. “Desde 2003, a Fundação Odebrecht apoia o Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável dessa região, beneficiando as comunidades de 11 municípios”, conta Maurício.
Segundo ele, a estratégia de ação do programa encontra inspiração na própria natureza. “Funciona como as partes de um único ecossistema: o capital humano, que se refere à educação de qualidade adaptada à realidade do campo; o ambiental, com a utilização racional dos recursos naturais; o produtivo, com a geração de trabalho digno e justa distribuição de renda por meio da implantação de cadeias produtivas; e o social, garantindo o acesso à justiça e aos direitos básicos. Esses itens são fomentados de forma concomitante, sinérgica e interdependente, tendo como referência os Oito Objetivos do Milênio e a Carta da Terra”.
Outro objetivo da fundação é consolidar um modelo de desenvolvimento integrado e sustentável para áreas de proteção ambiental. “É importante que esse modelo seja passível de replicação em outros contextos e tenha potencial para se tornar política pública no Brasil”, diz Maurício.
Responsabilidade social
O comprometimento com a qualidade e a produtividade sempre figuraram na pauta da empresa. “A organização cumpre a responsabilidade social ao apoiar projetos necessários às comunidades, gerar recursos para o Estado, criar oportunidades de trabalho e desenvolvimento pessoal e dividir os resultados com seus integrantes e acionistas”, conta Maurício.
Em 2007, a empresa Odebrecht investiu R$ 41,1 milhões em 47 projetos culturais, 176 projetos sociais e 30 projetos ambientais. O trabalho realizado pela fun-dação, entretanto, não está ligado a nenhuma obra da construtora. Segundo Maurício, “a nossa contribuição é extra e tem como meta contribuir com uma causa”.
Projetos desenvolvidos
Ao todo, são 13 Oscips (organizações da sociedade civil de interesse público) e cooperativas ligadas ao Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Baixo Sul da Bahia. Para formar essa integração, leva-se em conta o capital produtivo, social, humano e ambiental, abordados em diferentes projetos do Baixo Sul da Bahia:
Outra iniciativa é a Casa Jovem, em Igrapiúna, que se propõe a promover a educação de qualidade no campo por meio da capacitação de professores de estabelecimentos públicos de ensino e do desenvolvimento de uma tecnologia educacional orientada para o trabalho rural.
Parcerias
A Fundação Odebrecht atua diretamente com parcerias com instituições locais, facilitando seu acesso a grandes empresas e organizações. “Anualmente, é elaborado um programa de ação por instituição apoiada, no qual resultados, orçamentos e prazos são pactuados e acompanhados mensalmente por meio de relatórios”, explica Maurício. “Nesse processo, nossa participação é constante, permitindo a transferência de tecnologia empresarial para profissionalizar as organizações de base sem, no entanto, ferir a cultura e a identidade das comunidades”, complementa.
No lugar de ações assistencialistas, é praticado o investimento social privado, ou seja, o repasse de recursos é feito de maneira sistemática e monitorada. “Esse tipo de apoio permitiu, por exemplo, que, em 2006, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aportasse US$ 1,1 milhão no programa, reconhecendo internacionalmente seu impacto positivo, a consistência dos resultados já obtidos e seu potencial de reaplicação”.
Em 2007, a Organização das Nações Unidas também se tornou parceira da iniciativa após identificar que a proposta do Baixo Sul da Bahia convergia com os Oito Objetivos do Milênio.
Metas para o futuro
A Fundação Odebrecht pretende aprimorar seus trabalhos daqui para frente. De acordo com Maurício Medeiros, o sonho é que a fundação seja referência em ações sociais, transferindo o aprendizado já adquirido.
“Temos três metas básicas: formar jovens lideranças locais que possam assumir projetos em andamento no Baixo Sul; fortalecer as cadeias produtivas, alcançando a auto-sustentabilidade e buscando a certificação dos produtos; e, por fim, consolidar e sistematizar um modelo de manejo sustentável de APAs passível de replicação em outros contextos, com potencial para se tornar política pública no Brasil.
Link
www.fundacaoodebrecht.org.br