Livros Que Falam à Família

Por: Tânia De Oliveira
03 Fevereiro 2016 - 17h56

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Convivência e fortalecimento de vínculos

Em agosto de 2014, a Obra Social Dona Meca (OSDM) foi convidada a participar do Programa Direito e Cidadania, realizado pelo Núcleo PAULUS de Formação, Pesquisa e Disseminação Social, no âmbito do assessoramento a profissionais do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos.

Durante a capacitação, foram realizadas diversas dinâmicas que incentivavam a criação para um projeto de ação prática. O objetivo considerado na elaboração do projeto inspirava a ver além dos muros (família e comunidade), tendo como janela os livros; estes colocavam os leitores como transformadores, multiplicadores e protagonistas, sujeitos da própria história.

Pôde-se verificar que a prática de algumas dinâmicas não seria aplicável ao perfil dos atendidos pela OSDM. Propus-me a repensá-las para o cotidiano no Serviço. Na etapa final da capacitação, a missão foi dada! E, nesse instante, começou o desafio da criação de projetos que abrangessem o público e os objetivos específicos, a partir da ferramenta literária. O kit de livros trazia uma abordagem didática comum ao cotidiano, provocava a reflexão sobre a convivência e o fortalecimento de vínculo.

Observando que o público da OSDM é de crianças com deficiências diversas, optamos por trabalhar com os responsáveis. O objetivo era simples: que pudessem conversar e pensar sobre assuntos diferentes do seu cotidiano. Por meio dos temas propostos, fazê-los refletir sobre como a correria do dia-a-dia nos torna seres humanos automatizados, ou seja, pessoas que não param, não veem além do muro, têm medo de ousar e fazer diferente. Contar histórias de uma maneira dinâmica e participativa para, assim, habilitá-los a contar histórias para seus filhos, criando um momento de vínculo afetivo, atividades dinâmicas e diálogo sobre a leitura.

O projeto foi idealizado para ser aplicado em dois módulos: o primeiro com os livros infantis, e o segundo com os livros infantojuvenis. Utilizamos um livro por encontro, sendo executados em seis encontros com duração de 35 minutos. No final, houve um encontro de avaliação do projeto. A cada encontro realizamos três momentos: a contação de história, a atividade escrita e a tomada de consciência.

Na contação de história, fizemos a leitura de maneira leve, descontraída, com entonação para que os pais pudessem aprender a tornar este momento com os filhos mais dinâmico e prazeroso. Na tomada de consciência, o debate relacionava o tema do livro com a atividade escrita. Neste momento, os responsáveis saíam um pouco do papel de pais e exercitavam seu pensamento como cidadãos, homens e mulheres. As atividades escritas foram transformadas em cartazes, que ficaram expostos no pátio da OSDM, local onde as mães e as crianças permanecem nos intervalos das terapias. Como finalização dos módulos do projeto, realizamos uma avaliação com os pais, cujo objetivo foi verificar o impacto da ação.

Surpreendentemente, 100% dos participantes aprovaram a experiência, e isso provavelmente se deve ao fato de que a ideia presente em cada livro nos permitiu abordar assuntos intrínsecos à vida diária. As tomadas de consciência e os debates acerca dos temas permitiram aflorar e redescobrir coisas que estavam esquecidas dentro de cada um de nós, por exemplo: quando listamos o que gostamos e o que não gostamos sobre nosso local de moradia, descobrimos que os pontos positivos superam os negativos, e isso nos faz gostar de ficar onde moramos.

Perguntamos o que, de verdade, é um presente especial, e todos mencionaram questões relacionadas aos filhos, à família e à saúde, sem desvalorizar o lado material, que ficou em segundo, com base no livro O Presente, de Luciano Costa. Olhamos para dentro de nós mesmos e, sem nos vitimarmos diante das circunstâncias da vida, nos perguntamos: “O que podemos mudar em nós mesmos para melhorarmos nossa convivência com a família, vizinhos, no trabalho etc.?” E descobrimos que temos papel de protagonista nas nossas relações interpessoais, onde quer que elas ocorram, com Claudiano Avelino dos Santos, em Na minha casa é assim.

Conversamos sobre a necessidade de encorajar pessoas que cruzam nosso caminho e que convivem conosco. E que, quando temos um objetivo, não podemos nos deixar abater por aqueles que não comungam dos mesmos ideais, com O Grãozinho de Areia em cordel, de Fernando Paixão.

Em Brincando com trava-línguas, de Jackson de Alencar, refletimos sobre as coisas que nos travam, que nos deixam apáticos, estáticos e que não têm explicação. Para muitas pessoas são coisas simples, como matar uma barata, andar numa passarela, ficar em local fechado etc. Pensando a partir de nós mesmos, reavaliamos se estamos sabendo lidar com as limitações daqueles com quem convivemos, e, principalmente, com nossas crianças com deficiência.

Durante os encontros, obtivemos vários relatos dos responsáveis que verbalizaram ter utilizado os livros com outras crianças e outros membros da família - “brincando” com a contação de história e promovendo atividades. Os pais se reencontraram com o livro. Entenderam que contar história é um ato dinâmico e participativo. Que os temas podem ser discutidos e que do livro também é possível tirarmos atividades, lições e reflexões.

 

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