A Gerando Falcões, organização que atua nas periferias e favelas do Brasil, lançou o Programa Decolagem, sistema inédito capaz de informatizar o processo de erradicação da pobreza e da miséria.
Desenvolvida em parceria com a Accenture, multinacional de consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing, a iniciativa visa criar um aplicativo e reunir informações sobre famílias moradoras de favelas que irão passar por um processo de desenvolvimento e ascensão social.
A ação faz parte do projeto Favela 3D (Digna, Digital e Desenvolvida), da Gerando Falcões, que atua em segmentos como moradia digna, acesso à saúde e direito à educação para promover mudanças sistêmicas nas favelas e periferias do Brasil.
A tecnologia do app começará a ser aplicada no primeiro trimestre de 2022. Nesse início, irão participar 500 famílias das favelas Marte, em São José do Rio Preto, interior paulista, e Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, mas a ideia é expandir posteriormente para todas as comunidades atendidas pela organização.
A primeira etapa é fazer com que as famílias respondam um questionário de 150 perguntas para analisar o grau de pobreza e as principais dificuldades que enfrentam. Depois, os assistentes sociais da organização poderão criar um programa específico junto de cada família para que ela possa evoluir gradativamente em suas questões sociais. Segundo a Gerando Falcões, o aplicativo facilitará o acompanhamento das famílias e a comunicação com elas.
“Não estamos criando procedimentos novos de combate à pobreza, mas estamos colhendo informações de todos os melhores modelos que conhecemos no mundo e informatizando todos esses dados. Seremos os primeiros a aplicar o sistema de forma digital e não analógica. Com a tecnologia como nossa aliada, nossas ações ganham escala e os resultados no combate à pobreza serão inéditos”, explica Nina Rentel, diretora de Tecnologias Sociais da Gerando Falcões.
O Programa Decolagem é vencedor de um desafio de inovação para os membros da Rede de Líderes Fundação Lemann e recebeu o aporte de R$ 1 milhão para o início de sua execução.
Fonte: Observatório 3º Setor