Em 2002, um professor do Colégio Pontagrossense, de Ponta Grossa (PR), atento à questão da gravidez na adolescência, propôs a algumas alunas do ensino médio o projeto Menarca de promoção à saúde. Diferentemente de outros projetos de conscientização, a abordagem é feita pelas próprias adolescentes, de 13 a 16 anos, em linguagem própria. O objetivo é levar informações úteis a garotas de 12 a 15 anos.
O trabalho está dividido em dois módulos. No primeiro, são dadas palestras sobre o corpo humano e os alunos aproveitam para esclarecer dúvidas e conversar com as palestrantes. As palestras do segundo módulo abordam temas específicos como DSTs, menstruação, câncer de mama e métodos contraceptivos.
Para tudo dar certo, o coordenador pensou em todos os passos. Primeiro, ele recruta as alunas palestrantes, selecionadas com base nas respostas dadas na ficha de inscrição e na atitude delas no colégio. Uma vez aprovadas, elas assistem a palestras para refletirem se realmente querem participar. A etapa final é o treinamento, quando as alunas aprendem alguns conceitos centrais e como abordar assuntos delicados. Depois, têm a liberdade de encontrar uma linguagem própria para retransmitilos.
Bem estruturado, o projeto ganhou fôlego e passou a contar com a parceria de um plano de saúde local. Além de custear as despesas de transporte das palestrantes, a empresa também oferece orientação psicológica e dicas para que as meninas possam administrar situações difíceis e embaraçosas.
